Uma ação civil pública ambiental foi encaminhada pelos Ministérios Públicos Federal e do estado de Rondônia para que a justiça suspenda o acordo que desmembra a Floresta Nacional do Bom Futuro. Realizado entre Brasília e o governo de Rondônia, o contrato assinado no último dia 2 de junho prevê que a unidade de conservação de proteção integral seja desmembrada em uma Área de Proteção Ambiental, uma floresta estadual e outra unidade de proteção federal de 132 mil hectares. Em contrapartida, o estado transfere para a União um terreno de 180 mil hectares a ser defendido em sua totalidade.
Segundo o MP, o acordo só existe porque o governo federal queria agilizar as obras da hidrelétrica de Jirau e conseguir o licenciamento de Rondônia para a inundação de 600 hectares da Floresta Estadual Rio Vermelho A, fato que ocorreu após a aprovação do Estudo de Impacto Ambiental – uma vez que a localização da barragem foi desviada. Mas, ainda de acordo com os procuradores, a troca acertada se baseia em argumentos políticos, e não técnicos, e a natureza sairia prejudicada. Neste mês, o Exército deu sinais de retirada da Floresta Nacional após três meses de ação mal sucedida, já que Minc decidiu tirar os gados lá de dentro, e não as pessoas que cometem crimes ambientais há mais de uma década.
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