Em 1962, a área de Cerrado que hoje é a Estação Ecológica de Assis, em São Paulo, passou a ser protegida do fogo e do pastoreio pelo gado. Como resultado, daquele ano até 2006, a área de vegetação de campos sujos e limpos caiu de 23% para menos de 1%, enquanto a área de cerradão aumentou de 53% para 91%. Ou seja, sem fatores de perturbação como fogo (originalmente causado por raios) e herbivoria (antes desempenhada pela extinta megafauna, hoje por vacas e cavalos) o Cerrado paulista dá lugar a florestas. O que cria uma sinuca para toda uma grande comunidade de plantas e animais que obrigatoriamente dependem da vegetação campestre e desaparecem quando seu habitat é ocupado por árvores. As opções? Manejo ou extinções. A pesquisa de Eduardo da Silva Pinheiro e Giselda Durigan foi publicada na Revista Brasileira de Botânica e pode ser conferida aqui.
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