O Movimento Cerrado Vivo (MCV) realizou esta semana sua primeira reunião de planejamento do ano. Uma das ações mais urgentes elencadas pelo grupo foi defender o parque ecológico Bernardo Sayão, que abrange cerca de 200 hectares de Cerrado e fica próximo às quadras 27/29 do bairro Lago Sul, em Brasília, apesar da falta de sinalização e precário cercamento.
Segundo os ambientalistas, o local vem sendo agredido continuamente com fogo, despejo de lixo e passagens ilegais usadas por moradores de condomínios. Sem falar no descaso do poder público. Eles farão nova visita ao parque, com especialistas em botânica, para mostrar à população local a importância da participação de todos para reverter este quadro. A data será marcada em breve. O governo do Distrito Federal prometeu no início do ano fechar os acessos irregulares e recolher o entulho na unidade de conservação. Um plano de uso e ccupação do parque está pronto, mas não há dinheiro definido para sua implantação.
O MCV também reforçou a necessidade de seguir pressionando o governo e informando a população sobre os desvarios do PDOT – Plano Diretor de Ordenamento Territorial, que “irá acabar com o meio ambiente e a qualidade de vida do Distrito Federal”, projetou o lançamento da Brasil, um país inteiro, pelo reconhecimento do Cerrado, da Caatinga e do Pampa como patrimônios nacionais na Constituição, “que atualmente cria um país partido, com alguns biomas que devem ser preservados em detrimento de outros que estão condenados a desaparecer”, e ainda sua adesão ao movimento em defesa da Chapada dos Veadeiros, que “está com a sua biodiversidade ameaçada pelo avanço indiscriminado das centrais hidrelétricas”.
Leia também
Manguezais da Baía de Sepetiba passarão por ação de limpeza
Com participação de caiçaras da Ilha da Madeira, projeto LimpaOca será realizado durante o período de defeso do caranguejo-uçá no Rio de Janeiro →
Mais da metade dos maiores municípios do país não possuem secretaria ambiental
Levantamento do De Olho nos Ruralistas mostra que em 30% dos municípios gigantes o tema ambiental é tratado junto com agro, mineração e turismo →
Jornalismo investigativo na Amazônia: cobertura de crimes ambientais em locais de risco
Seminário de Jornalismo Ambiental ((o))eco discutiu métodos de apuração em diferentes biomas, segurança em campo e programas de mentoria →