No dia 25 de agosto, policiais do Batalhão Florestal do Paraná realizaram fiscalização em um sítio na região de Guaraquecaba, bairro de Itaqui, A investigação, norteada por denúncias anônimas sobre crimes ambientais na propriedade, levou o grupo de policiais florestais ao local para confrontar o denunciado, acusado de possuir uma pequena fábrica clandestina de palmito jussara – espécie nativa que encontra-se em risco de extinção – além de praticar a caça ilegal de animais silvestres nativos.
A polícia conseguiu revistar a residência do acusado, na qual foram encontradas diversas provas de irregularidades e crimes ambientais. Foram apreendidos 60 unidades de palmito (euterpe edulis), dois panelões, provavelmente utilizados para o cozimento do palmito, e 250 vidros vazios para conserva. Em sua defesa, o proprietário e praticante das atividades ilegais, Dimas Dias, afirmou que o envase dos palmitos era apenas para seu consumo próprio e de sua família que mora em Paranaguá.
Após a apreensão do material ilegal e da comprovação dos crimes ambientais, a polícia solicitou uma averiguação mais profunda na residência. A investigação mais aprofundada apenas levantou mais material comprovado de práticas ilícitas. No frezzer, para supresa dos policiais, estavam estocados vários pacotes de carne congelada, que os policiais identificaram como sendo carne de animais silvestres. A caça de espécimes da fauna brasileira é proíbida de acordo com a LEI 9.605/98 e é considerada um crime contra o meio ambiente. Na propriedade de Itaqui foram apreendidos e levados à DP de Antonina 7 tatus, 2 partes traseiras de cateto e 1 tamanduá. Quando interrogado pela polícia o acusado atestou que fazia a compra dessas carnes para distribuir aos seus filhos, que moram em Paranaguá, como também para consumo próprio.
O acusado já recebeu a voz de prisão, mas ainda não foi efetuada, pois a polícia não lavrou auto de infração ambiental uma vez que o acusado não tinha documentos da propriedade. (Laura Alves)


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