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Represas no limite

Cidades de São Paulo e Minas Gerais podem ter de retirar moradores de áreas vizinhas a rios porque represas estão no limite da capacidade e há perigo de transbordamento

Redação ((o))eco ·
11 de janeiro de 2010 · 15 anos atrás

Moradores de áreas de várzea de rios de São Paulo e Minas têm um motivo a mais para querer que as fortes chuvas cessem na região. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), algumas das represas que abastecem cidades paulistas estão prestes a transbordar, o que fará com que os moradores de suas margens fiquem debaixo d água. Sabesp e Defesa Civil já alertaram os municípios cortados pelos rios que formam as quatro represas do Sistema Cantareira – Jaguari Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro)-, por exemplo, que esses reservatórios estão próximos dos seus limites de capacidade e que, caso as chuvas continuem nos próximos dias, elas deixarão de segurar a água.  Isso significaria que a água não seria mais represada, aumentando o nível dos rios podendo provocar mais enchentes nas áreas de várzeas dos rios.

Os governos locais já foram avisados de que talvez tenham que retirar a população que mora nas margens dos rios. Na página da Sabesp na internet, onde é possível acompanhar a situação dos mananciais, o Sistema Cantareira – que abrange 12 municípios, sendo quatro em Minas Gerais e oito em São Paulo -, por exemplo, está nesta segunda-feira (11) com 97,5% de sua capacidade tomada. O Sistema Rio Grande está com 98,1% de seu volume completo e Sistema Rio Claro com 102,2%.

As áreas de várzeas de rios, lagos e lagoas estão protegidas por lei desde o Código Florestal de 1934. Já naquela época, a lei brasileira determinava que as Áreas de Preservação Permanente deveriam necessariamente ter sua vegetação natural preservada. Como na prática não é bem isso que acontece, alertas como o da Sabesp precisam ser dados.

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