Contradições à parte, à frente da comunidade internacional, de representantes das Nações Unidas e de diplomatas estrangeiros, importante é manter as aparências. Em seu discurso, Dilma saudou todas as personalidades presentes que conseguiu avistar num Salão Oeste lotado. De um, que estava bem às suas vistas, ela não se esqueceu: o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), “sob cujo governo ocorreu a Rio 92”. Essa foi a justificativa do cumprimento àquele que hoje diz apoiá-la. Nos bastidores, a realidade é outra. Collor, como presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, não só vetou, em 3 de maio passado, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o projeto do Planalto que libera o acesso a documentos sigilosos após 25 anos – o que revelaria circunstâncias constrangedoras de seu impeachment em 1992; como também pressionou para que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), retirasse as fotos desse momento histórico da política brasileira do “Túnel do Tempo”, corredor no Congresso Nacional que resume a história do Brasil. A presidente, como boa representante da luta armada contra a ditadura militar, deveria ser a favor dessa lembrança.
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