Trabalhar com educação ambiental de espécies que estão longe do convívio do cidadão é um desafio. Principalmente se o animal em questão é um imenso e discreto peixe, que gosta de viver tranquilo entre pedras, estuários ou manguezais. Criticamente ameaçado de extinção, o mero (Epinephelus itajara) é o primeiro peixe a ser protegido por norma que proíbe sua captura.
A moratória já dura 16 anos, tempo insuficiente para que o peixe recomponha sua população. O animal demora entre 4 a 7 anos para atingir a maturidade sexual e conseguir se reproduzir. A pesca e a diminuição de ambientes de manguezais, onde o mero passa a infância e parte da juventude, ameaçam a sobrevivência da espécie.
Tornar a espécie conhecida e fazer as pessoas se importarem com ela é um dos objetivos do Projeto Meros do Brasil, que é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
O projeto inaugurou em setembro um estande no Aquário. A exposição é permanente e permite, através de brincadeiras, sons e toque, a sensibilização do público em prol dessa espécie ameaçada. É o que explica coordenadora nacional e pesquisadora do Projeto Meros do Brasil, Maíra Borgonha.
A oceanógrafa, que é mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente e doutoranda em Biologia Marinha pela Universidade Federal Fluminense, falou a ((o))eco sobre como falar sobre conservação marinha de maneira atrativa.
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