Cuidadosamente embalados, 482 insetos estavam indo para Chile quando a caixa da encomenda ficou presa na triagem de rotina no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O Ibama apreendeu a “mercadoria”, que seria enviada para pesquisadores do Chile com documentação de encomenda de artesanato. Segundo nota divulgado pelo Ibama, o remetente foi multado em 20 mil reais.
O envio de amostra de patrimônio genético ao exterior exige uma série de medidas por parte do requerente, como possuir registro no Cadastro Técnico Federal (CTF) e Termo de Transferência de Material (TTM) emitido pelo Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado (SisGen), como regulamentado pela Lei nº 13.123/2015 e o Decreto nº 8.772/2016.
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É um absurdo, ver o desgoverno liberando mais de DUZENTOS agrotóxicos e pesticidas PROIBIDOS EM TODOS OS PAÍSES CIVILIZADOS e ter que aturar essa SATANIZAÇÃO criminosa feita em cima de uma atividade destinada a finalidades científicas, porquanto o remetente é um reconhecido entomólogo que milita tenazmente em favor da preservação ambiental. É uma inversão de valores Simplesmente REVOLTANTE !!!
Este é um assunto delicado e complexo. Quando se aplicam regras contra a biopirataria a insetos e outros invertebrados se esquece que devido a elas se obstaculiza o dificulta tremendamente a pesquisa taxonômica. Menos de 10% dos insetos do mundo estão identificados. Ao queimar milhões de hectares de florestas se aniquilam milhões de insetos por hectare sem que as autoridades se preocupem… mas, ao coletar ou exportar algumas centenas de insetos, a polícia, o Ibama e ajustiça caem acima. E, embora seja possível que essa “captura” não seja para pesquisa científica deve se lembrar que os entomologistas amadoristas são grandes contribuintes ao conhecimento taxonômico. De qualquer modo é mil vezes preferível apreciar insetos numa coleção que calcinados numa floresta queimada.
A diminuição da população de insetos ao nível mundial nada tem a ver com as colheitas cientificas ou amadoristas.