Análises
Proteção mínima
De Cyl Bom dia Andreia, Vc deve lembrar das mensagens que enviei a você sobre a APA do Pau-Brasil. Gostei da matéria Proteção mínima. Certamente você contou com importantes depoimentos sobre a questão oportunista das APAs, e em se tratando da costa brasileira (leia-se restingas!) a coisa é muito crítica já que poucas UCs cobrem esse ecossistema chamado de "associado" à Mata Atlântica: o número de perde aí em função da escala! Essas estreitas e cobiçadas faixas costeiras tem pouquíssimas UCs federais que a cobrem, menos ainda Ucs estaduais e uma farra de APAS. A diversidade florística da extensa faixa costeira brasileira (sabemos até o momento que a maior riqueza de espécies está concentrada no Sudeste-RJ/ES/Nordeste-BA) está sendo ameaçada flagrantemente por essas APAS. Veja o caso do litoral da Bahia e dos Resorts. Aqui no Rio o exemplo está para ser inaugurado em Cabo Frio, com a pretensão de se ocupar a Praia do Peró (área de ocorrência de Formicivora litorallis, única espécie de ave endêmica das restingas do Brasil e que só ocorre entre Araruama e Cabo Frio e de outras espécies da flora que estão na lista das espécies ameçadas de extinção, área de ocorrência de peixes anuais (peixes das nuvens) endêmicos. Dentro do Plano Diretor/Manejo chamaram de Zona de Ocupação Controlada áreas que a legislação considera de Proteção Integral. Solicito, mais uma vez, que seu veículo dê cobertura a esta situação. Retornaram as reuniões do Conselho Gestor da APA (04/04), justamente no momento em que o grupo emprendedor terminou o seu dever de casa. Desde a audiência pública no ano passado, nenhuma outra reunião foi realizada. Coincidência não? Arrependo-me muito em ter colaborado com um Parecer Técnico sobre a vegetação para justificar sua criação. Mais de 60% do território da APA são compostos pelhas ilhas e faixa oceânica, o restante são trechos terrrestres (cerca de 50% Floresta Estacional e 50% o que sobrou de vegetação de restinga em Cabo Frio na fachada costeira). Um abraço,