Com algum atraso, que peço ao leitor me perdoar, já que foi , motivado por elevada carga de trabalho, volto a atualizar o Palmilhando. Jä é tempo, pois a primavera já vai a meio e as flores sul-africanas continuam mostrando sua cara.
Sem dúvida o lugar mais bonito para vê-las é o Parque Nacional Namaqua, cujos 145 mil hectares estão junto às águas geladas do Atlântico Sul e próximos à fronteira com a Namíbia. Dentro do Parque a área mais rica em flora é a seção Skilpad.
O ecossistema do Namaqua é o Karoo suculento, um dos dois únicos já poucos 34 hotspots do mundo, que é um ambiente completamente árido. O título justifica- se, no Namaqua existem 6.500 espécies e 134 tipos de vegetação, dos quais 34 são endêmicos.
O Parque, que emprega 17 servidores permanentes e 55 temporários, foi consolidado apenas em 2008 graças a uma doação de 35 mil hectares feita pela Companhia Mineradora De Beers ao Serviço de Parques sul-africano.
Como se tratava de área bastante degradada pela mineração diamantífera, a instituição ambiental está agora restaurando a vegetação da zona e reitroduzindo espécies animais, sobretudo os antílopes Gemsbok, Springbok e Hartebeest vermelho.
O Parque é considerado fundamental para a proteção do ecossistema de que um dia fez parte. Explica-se: praticamente 90% da Namaqualândia está degradada e sem possibilidade realista de recuperação. Com efeito, o Parque Nacional faz parte de uma pequena rede de unidades de conservação que garantem a preservação de escassos 4% do que um dia foi o maior tapete de flores da África.
Quem tem a oportunidade, ou a sorte, de vê-lo florindo, agradece!
Leia também
Senado aprova PEC do marco temporal às vésperas do julgamento no STF
Aprovado em dois turnos no mesmo dia, votação contou com discursos racistas e denominação aos povos originários de forma indevida →
Equilíbrio, harmonia e estabilidade podem transformar os cuidados com incêndios em gestão de fogo
A longa travessia entre a teoria do manejo integrado e sua prática no território brasileiro →
Clima extremo desafia restauração em nova estratégia da biodiversidade
Plano incorpora ações até 2030 e exigências internacionais para conter a perda acelerada de espécies nativas no país →













