Reservas no buraco
Dos 299 parques, reservas e outras áreas protegidas federais, 58% não têm sequer um fiscal. “Algo vai mal nas unidades de conservação”, reconhece o ministro do Meio Ambiente. →
Jornalista brasilo-luxemburguês cobrindo há mais de duas décadas temas como Conservação da Natureza, Crimes contra a Vida Selvagem, Ciência, Agronegócio, Clima, Comunidades Indígenas e Tradicionais. Atuou em jornais, rádios, agências, organizações não-governamentais, setores privado e governamental. Especializado em Políticas Públicas Socioambientais. Pós-graduado em Meio Ambiente, Economia e Sociedade pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO). Membro da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (RBJA). Com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Dos 299 parques, reservas e outras áreas protegidas federais, 58% não têm sequer um fiscal. “Algo vai mal nas unidades de conservação”, reconhece o ministro do Meio Ambiente. →
Em um rompante de transparência de fazer inveja à ex-ministra Marina Silva, o ministro de Meio Ambinte Carlos Minc, revelou nesta terça-feira o tamanho do abacaxi que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMbio terá que descascar para colocar o mínimo de infra-estrutura e gente nas áreas protegidas do País. “Algo não vai bem no reino das unidades de conservação. O quadro é esse, não vamos esconder”, disse Minc em coletiva de imprensa. →
Nove em cada dez estudos de impacto ambiental recebidos pelo Ibama precisam ser complementados ou refeitos. O principal motivo é a sua má qualidade, dizem fontes ligadas ao licenciamento federal. Resolver falhas nos documentos que devem reduzir os danos à natureza exige mais tempo e dinheiro, atrasa empreendimentos e eleva pressões governistas e privadas sobre o setor ambiental. Em um país que planeja pouco, o licenciamento se tornou a Geni do desenvolvimento econômico. →
Minc quer “agilizar” licenças ambientais. Mas no Ibama, a situação não é fácil: técnicos debandam enquanto empresas continuam a apresentar estudos de impacto de má qualidade. →
Deputado Social Cristão Silas Câmara, do Amazonas, quer reduzir fome e pobreza transformando espécies silvestres em mercadoria. Governo e ONGs estão fulos com a proposta. →
Com frota de um milhão de carros, Brasília e suas cidades satélites sofrem com congestinamentos e com a poluição, que, no Inverno, já ultrapassa os níveis seguros à saúde. →
Moratória à compra de soja plantada em áreas desmatadas vale por mais um ano. Setores de carne e de madeira adotarão medida semelhante nos próximos dias, diz o governo federal. →
Governo federal aplica quase 500 milhões de reais em multas a siderúrgicas que compram carvão produzido ilegalmente no Pantanal e Cerrado. Sessenta empresas estão envolvidas. →
Em seminário na Universidade Federal de Mato Grosso, o secretário adjunto da Secretaria Estadual de Meio Ambiente repetiu mais uma vez a mesma apresentação criticando os números do DETER. Questionado sobre o motivo que levou o estado a conferir, com seu esforço máximo de 47 agentes e sem metodologia reconhecida, os pontos de desmatamentos divulgados em janeiro, Salatiel Araujo respondeu que “o INPE não tem tido retorno das equipes do Ibama que vão a campo verificar, então o estado teve que se mobilizar para fazer isso ”. Ah, bom. →
Desde que foram estabelecidas as bases operativas do Ibama na Amazonia, os fiscais se guiam cotidianamente pelos pontos do DETER para notificar, autuar e embargar desmatamentos. →