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6 de setembro de 2006

Queima controlada

Até o fim desta semana, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) criará novas regras para as queimadas no Vale do Acre. As medidas estão sendo estudadas por técnicos do órgão e por técnicos do Ministério Público Estadual (MPE). As queimadas estão proibidas desde julho, quando o MP expediu uma recomendação suspendendo o uso do fogo em 12 municípios acreanos. Essa decisão causou um impasse na zona rural: nove de cada dez pequenos produtores usam, há décadas, fogo para limpar e preparar a terra para o plantio. Entre as propostas em discussão, a que mais agradou à Sema e ao MPE consiste na liberação da queima controlada em forma de rodízio. Nesse modelo, cada município teria o uso do fogo permitido por um período de tempo. Apesar da proibição do uso do fogo, os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registram diariamente possíveis focos de incêndio em diversos pontos do Acre, a maioria exatamente na parte oeste do território. A notícia saiu no jornal acreano A Tribuna.

Por Carolina Elia
6 de setembro de 2006
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6 de setembro de 2006

Questão de fé

Ciência e religião são potenciais aliados na luta pela proteção do meio ambiente. É o que pensa o professor de Harvard e vencedor do prêmio Pulitzer E. O. Wilson, que lançou um livro sobre o assunto, “The Creation: An Appeal to Save Life on Earth”. Wilson diz que a conexão entre as duas correntes de pensamento (muitas vezes divergentes) está no possível compromisso de pessoas religiosas com a conservação – afinal, trata-se de salvar a criação divina, escreve o Planet Ark.

Por Carolina Elia
6 de setembro de 2006
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5 de setembro de 2006

Desmatamento na Amazônia

Entre agosto de 2005 e agosto de 2006 a Amazônia perdeu 16.700 km2 de floresta. Esta foi a tendência apontada pelo Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real) e representa uma queda de 11% em relação ao mesmo período entre 2004 e 2005, quando foram derrubados 18.793 km2 de mata amazônica, segundo dados consolidados pelo Prodes – um sistema mais preciso que o Deter. Os números do Prodes para o desmatamento da Amazônia Legal em 2006 ainda não foram concluídos.

Por Carolina Elia
5 de setembro de 2006
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5 de setembro de 2006

Desempenho dos estados

O Mato Grosso continua sendo o estado campeão em desmatamento, responsável por 55% de toda a floresta que sumiu no último ano na Amazônia. Ainda assim, a quantidade de mata derrubada em seu território caiu em 34% em relação ao período anterior. O segundo na lista é o Pará, o que preocupa o governo. Lá, o desmate aumentou em 50% em relação ao ano de 2005. Houve também uma alta de 53% no Amazonas.

Por Carolina Elia
5 de setembro de 2006
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5 de setembro de 2006

Operação Daniel

A Polícia Federal deflagrou a 13ª operação em colaboração com o Ibama para repressão de crimes ambientais. Desta vez os estados alvos foram Rondônia e Mato Grosso. O objetivo era desarticular uma quadrilha formada por madeireiros, advogados, contadores e servidores do Ibama que atuavam em diversos municípios rondonienses e retiravam madeira ilegal de terras indígenas e unidades de conservação para serem vendidas a Santa Catarina. Policiais rodoviários federais de Rondonópolis (MT) colaboravam com a quadrilha e não faziam a fiscalização nas estradas.

Por Carolina Elia
5 de setembro de 2006
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5 de setembro de 2006

Origem do nome

As investigações começaram em março deste ano, a partir de denúncias de um servidor recém concursado do Ibama, assediado e ameaçado de morte por companheiros de trabalho para que colaborasse com o antigo esquema de corrupção. O diretor da Polícia Federal Zulamar Pimentel comparou a coragem do analista ao jovem Daniel, que em passagem bíblica é jogado na cova dos leões, mas nada sofre por ter resistido a tentações. O Ibama informou que o servidor que delatou os crimes será removido para outro estado.

Por Carolina Elia
5 de setembro de 2006
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5 de setembro de 2006

Como aconteciam os crimes

Com autorização do Ibama e da PF, o analista simulou conivência com a quadrilha e recebeu mais de 20 mil reais para sumir com a primeira via das ATPFs. Os servidores públicos envolvidos liberavam as autorizações para empresas “laranjas”, que preenchiam as ATPFs com informações falsas sobre o volume de madeira transportado. Cada papel era comercializado por valores entre quatro e cinco mil reais.

Por Carolina Elia
5 de setembro de 2006
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5 de setembro de 2006

Decepção

As águas brasileiras não são tão prósperas em termos de vida marinha quanto se pensava. Por causa da baixa concentração de nutrientes em boa parte dos 3,5 milhões de quilômetros quadrados que compõem a nossa Zona Econômica Exclusiva (ZEE), este mar é pobre em termos de biomassa. Em outras palavras, não há por aqui recursos pesqueiros significativos. Essa é a conclusão do relatório executivo do Revizee (Programa de Avaliação do Potencial Sustentável de Recursos Vivos da ZEE), divulgado nesta segunda-feira no encerramento do programa. “Em pesquisas grandes como esta, alguns mitos também são quebrados”, disse a ministra Marina Silva na cerimônia em que foi lançado o documento.

Por Carolina Elia
5 de setembro de 2006
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5 de setembro de 2006

Jeitinho

Somada a essa escassez de recursos há o fato de que boa parte das espécies pescadas hoje está em condição de sobre explotação (quando a extração ocorre numa velocidade superior à capacidade da espécie manter seu equilíbrio) ou no limite de explotação. Segundo Rômulo Melo, diretor de fauna e recursos pesqueiros do Ibama, para aumentar a produção o jeito vai ser recorrer à piscicultura. Para Marina Silva também será preciso criar Unidades de Conservação marinhas, seja de proteção integral ou de uso sustentável.

Por Carolina Elia
5 de setembro de 2006
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5 de setembro de 2006

Esforço

Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, mas com participação de diversos órgãos do governo e da Marinha, o Revizee durou dez anos e envolveu 300 pesquisadores de 60 universidades. Inventariou as espécies do litoral brasileiro e determinou sua biomassa, além de indicar o potencial de exploração sustentável da ZEE. O programa é considerado o principal esforço nesse sentido já realizado no país. No mesmo dia em que foi encerrado, anunciou-se a criação do seu substituto, o Revimar (Programa de Avaliação do Potencial Sustentável e Monitoramento dos Recursos Vivos Marinhos na ZEE), que fará o monitoramento dos recursos.

Por Carolina Elia
5 de setembro de 2006
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4 de setembro de 2006

Guerra por esgoto

A Prefeitura de São Paulo recorreu ao Ministério Público Estadual (MPE) para encontrar uma forma de impedir que municípios da região metropolitana joguem esgoto sem tratamento nos córregos que desembocam nos rios Tietê e Pinheiros. Desde janeiro, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), negocia uma forma de solucionar o problema com todos os municípios da bacia do Tietê. A estatal cobra R$ 0,62 por litro de esgoto tratado em qualquer uma das cinco estações. O valor, considerado alto pela maioria dos prefeitos, juntamente com o dinheiro gasto em obras de ligação entre a rede coletora da cidade e a estação, é o principal entrave na negociação. A taxa poderá acabar no bolso dos moradores das cidades que estão de fora do sistema da estatal. A notícia saiu em O Estado de São Paulo.

Por Carolina Elia
4 de setembro de 2006