Notícias
10 de agosto de 2005

Energia pura

Quem defende o consumo de açaí como um possante energético nem imagina quanto. Há um ano, resíduos de açaí coletado por catadores nas florestas do Projeto Jari funcionam como combustível para a sua fábrica de celulose. Ela já consumiu 540 toneladas do produto, comprado dos catadores pela empresa a 75 reais a tonelada.

Por Lorenzo Aldé
10 de agosto de 2005
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10 de agosto de 2005

Volta à carga

A CBA, produtora de alumínio pertencente ao grupo Votorantim, retomou seus planos de construir uma barragem no rio Barreira do Iguape, no Vale da Ribeira, São Paulo, única e exclusivamente para gerar energia para suas operações na região. Seu primeiro relatório de impacto ambiental sobre a obra foi rejeitado pelo Ibama em 2003. O novo deve sair agora em agosto.

Por Lorenzo Aldé
10 de agosto de 2005
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10 de agosto de 2005

Sem terra

A reunião entre empresários e trabalhadores do setor madeireiro que aconteceu na terça-feira, 9 de agosto, na sede do Ministério Público de Belém, definiu as linhas do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que vai liberar centenas de planos de manejo florestal no Pará suspensos desde o ano passado. Sua parte mais importante é um contrato a ser assinado pelas empresas, que deixa claro que elas podem cortar madeira nas suas áreas de operação, desde que renunciem a reclamar no futuro qualquer posse sobre o terreno.

Por Lorenzo Aldé
10 de agosto de 2005
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10 de agosto de 2005

Não me comprometa

O Ibama não compareceu à reunião no MP de Belém. Mas há muito a ser combinado com o órgão para tudo dar certo. Ele hoje mal consegue dar conta de 70 planos de manejo certificados que tem sob sua jurisdição. Se as propostas discutidas no encontro forem adiante, sua carga de trabalho vai aumentar. Em sua passagem pela capital paraense no início desta semana, Antonio Carlos Hummel, diretor de Florestas do Ibama, conversou com muita gente, mas não se comprometeu a melhor a gestão do órgão no Pará. Disse que falta dinheiro para fazer grandes mudanças.

Por Lorenzo Aldé
10 de agosto de 2005
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10 de agosto de 2005

O alvo da irritação

Para os madeireiros paraenses, mais do que dinheiro, o que importa é a demissão do atual gerente do Ibama em Belém, Marcílio Moreira. Casado com a senadora Ana Julia (PT-PA), ele é indicação política e considerado o responsável pela atual bagunça vigente na gerência do órgão na capital paraense.

Por Lorenzo Aldé
10 de agosto de 2005
Reportagens
9 de agosto de 2005

Solução emergencial

Acordo quer liberar a produção de madeira em áreas públicas no Pará, sob regime de concessão. Para o Ministério Público, é o único jeito de evitar um colapso.

Por Lorenzo Aldé
9 de agosto de 2005
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1 de agosto de 2005

Saldo final

A Operação Mata Atlântica, do Instituto Estadual de Florestas (IEF), que começou na quarta (27) e terminou na sexta (29), comprovou que os parques estaduais do Rio de Janeiro vivem sob intensa pressão. A última parada foi no Parque Estadual do Desengano, em Campos dos Goytacazes, norte fluminense, onde três caminhões foram apreendidos transportando 50 metros cúbicos de madeira ilegalmente. Um motorista que portava autorização falsa para transportar a madeira foi autuado e pode levar multa de até R$ 25 mil. No total da Operação, que visitou também os parques estaduais da Tiririca e dos Três Picos, seis pessoas foram detidas e encontrados 100 mil metros quadrados de área desmatada.

Por Lorenzo Aldé
1 de agosto de 2005
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1 de agosto de 2005

Animais itinerantes

O Zoológico do Rio vai levar alguns de seus prisioneiros para passear. Em comemoração pelos seus 60 anos, está inaugurando o “zoomóvel”. Trata-se de um ônibus que vai levar educação ambiental às escolas, transportando animais de pequenho porte, em sua maioria répteis, como jacarés e tartarugas filhotes. Junto aos animais enjaulados, viajarão alguns empalhados. O zoológico diz que vai fazer revezamento entre os bichos circulantes, “para que nenhum deles sofra de estresse”. Como se viver no zôo não fosse estressante o suficiente.

Por Lorenzo Aldé
1 de agosto de 2005
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28 de julho de 2005

Parem as máquinas

O Ministério do Meio Ambiente avisou que todos os processos de licenciamento de obras em Áreas de Preservação Permanente (APPs) no país devem ser paralisados. O comunicado é uma reação à liminar concedida no dia 26 de julho pelo Supremo Tribunal Federal (STF), considerando inconstitucional a MP 2166, que abria brechas para a exploração das APPs, como mangues, nascentes e beiras de rio. A MP vigorava desde 2001, tendo sido reeditada 67 vezes. Sem ela, em tese fica proibida qualquer intervenção nessas áreas. Há duas semanas, nosso colunista Paulo Bessa alertou para a inconstitucionalidade de mexer com as APPs via medida provisória ou resoluções do Conama. O Governo vai recorrer da decisão do Supremo.

Por Lorenzo Aldé
28 de julho de 2005
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8 de julho de 2005

Vende-se reserva

Na pequena Acari, no Rio Grande do Norte, a fazenda “Ser Nativo” foi vendida para servir à reforma agrária. O ato poderia soar como um nobre gesto, não fosse a propriedade uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Por lei, depois que uma área é declarada RPPN ela se torna inalienável. Pois a dona Cecília Gonçalves nem ligou pra isso. Embolsou a grana do INCRA via Banco do Nordeste e liberou o assentamento, onde dez famílias já começaram a construir suas casas. O desmatamento deve começar em breve.

Por Ana Lorenzo Aldé Redação ((o))eco
8 de julho de 2005
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7 de julho de 2005

Efeito Dilma

Apenas duas semanas depois de empossada ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff conquistou vitória emblemática em uma briga que a mobilizava há quase um ano, como ministra das Minas e Energia. A Licença de Operação concedida pelo Ibama no dia 4 de julho libera a hidrelétrica de Barra Grande para encher suas comportas. E, para quem acha que é mania de perseguição julgar que Dilma está por trás disso, convém dar uma olhada no site da senadora Ideli Salvatti, que anunciou a licença antes do Ibama e disse que recebeu a notícia diretamente da Casa Civil. Luiz Felippe Kunz, diretor de Licenciamento do Ibama, nega a influência de Dilma e diz que o órgão agiu com autonomia e tomou a decisão depois de meses de estudos. Só falhou na hora de divulgar a licença.

Por Lorenzo Aldé
7 de julho de 2005