Às urnas
As eleições devem mexer com a alta cúpula do Ministério do Meio Ambiente. João Paulo Capobianco, secretário de Biodiversidade e Florestas, decidiu candidatar-se a deputado federal por São Paulo. →
Formado em Comunicação Social pela PUC-Rio (1996), concluiu mestrado em Saúde Pública na Fiocruz (2003) com pesquisa sobre as condições de trabalho e saúde de policiais civis. Foi da equipe fundadora e primeiro chefe de Redação do ((oeco)), de 2004 a 2006. Junto ao Centro de Criação de Imagem Popular (CECIP), coordenou o projeto Estatuto do Futuro (Prêmio Itaú-Unicef em 1999) e foi educador e coordenador da Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia, depois Oi Kabum! Lab (2009-2019). Repórter e editor assistente da Revista de História da Biblioteca Nacional (RHBN) entre 2007 e 2016. Coordenador de conteúdo do programa Naves do Conhecimento, da Prefeitura do Rio (2017-2018). Com Marcos Sá Corrêa, escreveu os livros Sinais da Vida: Algumas histórias de quem cuida da natureza no Brasil (2005), Água Boa: A natureza em Itaipu depois das Sete Quedas (2008) e Meu vizinho, o Parque Nacional do Iguaçu (2009). Integra o podcast Passadorama.
As eleições devem mexer com a alta cúpula do Ministério do Meio Ambiente. João Paulo Capobianco, secretário de Biodiversidade e Florestas, decidiu candidatar-se a deputado federal por São Paulo. →
Na quinta-feira, uma das filhas da ministra Marina Silva foi à Câmara dos Deputados acompanhada de filhos de ambientalistas como Miriam Prochnow pedir pessoalmente ao presidente da Casa, Aldo Rabelo, a aprovação do PL de Mata Atlântica. Ela tem quase a mesma idade do projeto de lei, que tramita no Congresso há 14 anos e que tinha chances de ser aprovado ontem. →
Mas depois do encontro, uma das adolescentes presentes ligou para a mãe e disse: deu tudo errado. Referia-se a acordos costurados pelo PFL e por deputados de Santa Catarina para impedir que o projeto fosse encaminhado à votação. Detalhe: a Câmara já havia aprovado a lei quase por inteiro. Falta votar, apenas, as emendas adicionadas ao projeto pelo Senado. →
Há quem diga que a Mata Atlântica foi alvo, mais uma vez, de intriga política. Lula planejava sancionar a tão esperada lei no domingo, ao visitar a COP-8 em Curitiba. Agora, não mais. →
Da vida que existia no mar há 100 anos, 80% já se foi. A culpa é da atividade pesqueira predatória. E estudos mostram que os outros 20% continuam a ser consumidos com igual voracidade. →
A conservação das baleias não é um assunto na agenda da COP-8, mas aproveitando o público presente a turma do Baleia Franca deu uma palestra sobre a importância de se proteger os cetáceos. Aproveitou para difundir a idéia de se criar o Santuário do Atlântico Sul, onde os japoneses jamais terão autorização para caçar. Mesmo que consigam derrubar a moratória imposta à atividade pela Comissão Internacional das Baleias (CIB). →
Na palestra estavam presentes desde o ex-ministro do Meio Ambiente José Carlos Carvalho a representantes do Itamaraty e de diversos países. O que mostra que o assunto interessa a muita gente. →
Luiz Alberto Figueiredo, diretor do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty pediu uma reunião entre técnicos do Ministério do Meio Ambiente e a delegação brasileira na COP-8 para entender melhor a questão das árvores transgênicas. O assunto pegou os delegados desprevenidos nas discussões em plenário nesta quarta-feira. Nas conversas internas sobre sementes estéreis, a questão não apareceu. →
Quem finalmente anda ganhando status entre os cientistas é a biodiversidade que se esconde no solo. Ela vai de minhocas a bactérias, existe aos trilhões, mas só a partir da COP-6, em 2000, teve sua importância reconhecida. Especialistas no assunto comemoram em Curitiba o fim da primeira fase de um projeto financiado há quatro anos pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) para conhecer melhor essa biodiversidade que, literalmente, mantém ecossistemas inteiros de pé. Foram identificadas 15 mil novas espécies. →
O melhor conhecimento dessa vida subterrânea pode ajudar, por exemplo, a substituir agrotóxicos por bactérias e fungos e a restaurar terras degradadas. Além de fazer bem ao solo, trocar fertilizantes inorgânicos por seres vivos se traduz em economia nos gastos da agricultura. No Brasil, o inventário das espécies que se escondem em nosso solo se concentrou na região do Alto Rio Solimões e resultou no livro "Biodiversidade do Solo nos Ecossistemas da Amazônia e Outros Ecossistemas", lançado na COP-8. À frente do projeto está a Universidade Federal de Lavras (MG). →