Análises
17 de janeiro de 2006

O Incra como catástrofe ambiental

De Tietta PivattoBonito - MSPrezado Fábio Olmos,Acabei de ler seu artigo no boletim eletrônico "O Eco", e quero parabenizá-lo pela perfeita leitura da máquina de desmatamento que é o Incra. Compartilho totalmente com sua visão e opinião sobre o assunto.Moro em Bonito, MS, ao lado do PARNA Serra da Bodoquena, que se tiver curiosidade de verificar no site do Ibama, vai perceber que seu desenho mostra exatamente o que não foi possível ser desmatado para pecuária. Ainda assim, em recente participação na Avaliação Ecológica Rápida do Parque, pude ver muitas áreas desmatadas que foram incluídas para garantir a manutenção do ecossistema local, num futuro projeto de recuperação.Estamos agora testemunhando a briga travada entre o diretor do Parque e o Incra, cujo plano de assentamento para a região praticamente cerca toda a borda do Parque, além de estar pleiteando uma fazenda tradicional da região em cuja área encontraram-se vestígios indígenas e uma das mais importantes cavernas calcárias da Serra da Bodoquena. Da mesma forma que testemunhou na Amazônia, o que vemos aqui são assentamentos em área de relevo totalmente inadequado na morraria pedregosa, transformados em pasto e em reserva de madeira e caça para os assentados. Também sabemos que alguns dos "sem-terra" que aguardam lotes na região não se enquadram no perfil desejado para este programa.Moro aqui há seis anos e a cada ano vejo as condições ambientais se reduzindo, os rios cristalinos que são propagandeados pelo turismo cada vez mais degradados, e os ambientalistas perdendo espaço. Temos um escritório do Ibama, SEMA Estadual e Municipal, três Ongs e um punhado de biólogos e engenheiros florestais, entre outros tantos defensores do meio ambiente, e ainda assim estamos perdendo a luta para o desmatamento. Obriga-se proprietários de sítios turísticos a fazer licenciamentos ambientais caros e demorados, enquanto em menos de dois meses a licença para desmatamento está autorizada, ainda que as propriedades desrespeitem Reservas Legais e APPs.Vou encaminhar seu artigo para vários colegas da região que também compartilham com esta visão. Que fique claro porém que sou a favor de uma reforma social que dê chance à parte mais pobre da sociedade de sobreviver com dignidade, mas que também tenham direito a um meio ambiente saudável, como deveria garantir nossa Constituição. Existe na região, em áreas longe do Parque, assentamentos produtivos e que estão conseguindo gerar renda para seus moradores. Eles não deveriam ser transformados em cúmplices destes crimes ambientais como tem feito governo e poderosos em geral, mas serem respeitados e terem direito a uma vida digna.Abraços,

Por Lorenzo Aldé
17 de janeiro de 2006
Análises
17 de janeiro de 2006

Proteger o quê? – II

De Debbie Hirst Ambientalista radical (se isso significa ser contra caça!) e vegetarianaCausar sofrimento é errado. Ponto final. A lei fala que abate (que é o que caça basicamente é) precisa ser feito para não causar sofrimento ao animal, e não tem com garantir isso na caça. Tambem, é pouco comprovado que caça realmente maneja a população dos animais numa maneira coerente. Manejar superpopulação de animais silvestres é um dever atualmente da raça humana, porque nossa interferência está causando um grande desequilíbrio. Mas o argumento que precisa fazer isso através de caça está totalmente falaz.Hoje existe esterilizantes químicos que podem ser muito facilmente utilizados para realizar um resultado muito mais eficaz que o de caça. Caça não discrimina entre os velhos, jovens, fêmeas ou machos. Esterilizante químico faz.Chega com o argumento que caça é necessário. O mundo já evoluiu. Convoco os malditos "ambientalistas radicais e (pasma) os vegetarianos" de estudar estes métodos que já existem fora do Brazil, porque os argumentos dos caçadores simplesmente não prestam mais.

Por Lorenzo Aldé
17 de janeiro de 2006
Análises
17 de janeiro de 2006

Proteger o quê? – I

De Claudio TulioDebbie,A aversão pura e simples de pessoas que se manifestam contrárias a práticas de uso sustentável de qualquer recurso natural renovável biótico é a força motriz e alicerce principal das práticas de desmatamento no Brasil.Aos olhos destes não podemos usar sabiamente a nossa fauna e flora mas podemos buscar o "desenvolvimento" com gado (europeu e asiático), com o café (das árabias), com o arroz (da Ásia), com a soja (sei lá de onde), com o eucalipto (da Oceania) etc. etc. etc.Tudo isso às custas do DESMATAMENTO de nossos remanescentes nativos. O problema é que muitas pessoas que se dizem "ecologistas" são justamente aquelas que ao verem uma vaca holandesa pastando em uma forrageira exótica suspiram: "A natureza é linda". Estes sempre apelam para o lado emocional e fingem não ver que nossos ecossistemas estão sendo MASSACRADOS pela expansão da fronteira agrícola para o USO ALTERNATIVO do solo.Muitas pessoas são contra a caça e bebem leitinho todo dia de manhã. Mal sabem da crueldade que significa para o meio ambiente em trocar todo um ecossistema nativo pela Brachiária decubens... Todos os animais que existem nestas áreas são mortos pois perdem abrigo, nidificação, alimentos. Imagine a cena de uma fêmea de veado não podendo dar à luz porque o seu ninho foi destruído por um trator de esteira para formar pastagem para quem acha que a caça é um "absurdo" tomar seu leitinho todo dia. Com relação a Leis e normas, saiba que a caça no Brasil é Legal (Lei 5197/67 - código de caça; Lei 9605/98 - desde que autorizada pelo Ibama), razoavelmente regulamentada (Port. 310-p e 79 - não me lembro o ano).

Por Lorenzo Aldé
17 de janeiro de 2006
Notícias
17 de janeiro de 2006

Lagoa de Araruama

De Elísio Gomes FilhoHistoriadorwww.nomar.com.brPrezado Marcos Sá,Nosso grande defensor de nossa história e de nosso meio ambiente,Antes de tudo...

Por Lorenzo Aldé
17 de janeiro de 2006
Reportagens
15 de janeiro de 2006

Palavras ao vento

Plano Nacional de Áreas Protegidas dá mais espaço a índios e quilombolas do que à natureza. No mais, não passa de uma enfadonha declaração de intenções.

Por Lorenzo Aldé
15 de janeiro de 2006
Notícias
10 de janeiro de 2006

Às suas marcas

A revista O2 traz um calendário de eventos nacionais e internacionais de corrida. Osapressados podem saber quais são as provas já marcadas...

Por Lorenzo Aldé
10 de janeiro de 2006
Notícias
9 de janeiro de 2006

Pedale em segurança

Que não seja por falta de aviso: o site Bikemagazine apresenta aos ciclistas todos os tipos de lesões que o excesso de treino pode ocasionar,...

Por Lorenzo Aldé
9 de janeiro de 2006
Reportagens
6 de janeiro de 2006

Flores preciosas

Livro faz inventário inédito de uma das maiores riquezas naturais da Chapada Diamantina: suas orquídeas. Texto, fotos e ilustrações apresentam 127 espécies.

Por Lorenzo Aldé
6 de janeiro de 2006
Notícias
5 de janeiro de 2006

Com seu melhor amigo

Uma modalidade esportiva inova a vida de quem pratica atividades na neve. O nome é complicado: skijoring. O esporte consiste em esquiar sendo...

Por Lorenzo Aldé
5 de janeiro de 2006
Análises
26 de dezembro de 2005

Modismo de verão

De André FigueiredoSilvia,Adorei sua matéria sobre a poluição das praias...Ir à praia era um passeio exótico... hoje só indo para praias desertas.A falta da consciência dos freqüentadores, aliada aos nossos governantes nos leva ao caos atual. Eu que moro na Barra sofro na pele com tudo isso que relatou brilhantemente em sua matéria. Nem tenho idade, mas me lembro perfeitamente quando íamos à praia e a areia fazia barulho quando a gente caminhava pela praia da Barra quase deserta!Você se lembra disso?O lixo nas praias, parece que mudou até a consistência da areia, que era branquinha.Fica uma sugestão para matéria sobre os paraísos remanescentes, como Itacaré. Estou sempre por lá no Txai Resort, conhece?É show e pelo pouco que percebi da sua personalidade, acho que você iria adorar, pois tem apelos ecológicos sem abandonar requinte e sofisticação (nada de ecológico Hippie). Afinal, gostamos de luxo e beleza.

Por Lorenzo Aldé
26 de dezembro de 2005