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15 de outubro de 2004

Madeira queimada

Anúncios de TV no estado do Oregon, o maior produtor de madeira dos Estados Unidos, alertam para a possibilidade que as crianças de hoje talvez não vejam nem uma árvore no futuro, porque elas correm todas o risco de ser lambidas por incêndios em florestas. O curioso é que eles são pagos por madeireiras, para pressionar a regulamentação de proposta do governo Bush sobre a remoção de madeira queimada em incêndios inclusive em áreas de parques nacionais. O governo diz que é uma maneira de evitar novos incêndios, conta o The Washington Post (gratuito, pede cadastro). Os ambientalistas, apoiados pelo candidato democrata John Kerry, afirmam que isto vai ter impacto no processo de regenaração de florestas que sofreram a ação do fogo em larga escala.

Por Manoel Francisco Brito
15 de outubro de 2004
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15 de outubro de 2004

Devastação nos sapos

Recente pesquisa sobre a situação de anfíbios ao redor do mundo – para os leigos, leia-se sapos e rãs – diz que um terço deles estão ameaçados de extinção. Foi encomendada pela Science e, segundo o Guardian, envolveu 500 cientistas de 60 países. O levantamento durou 3 anos.

Por Manoel Francisco Brito
15 de outubro de 2004
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15 de outubro de 2004

Anti-mosquito

O The New York Times (gratuito, pede cadastro) diz que pela primeira vez, um teste de vacina contra malária em Moçambique produziu resultados promissores. Conseguiu deixar imunes 30% das crianças inoculadas e entre as que pegaram a doença, impediu que em 58% delas o vírus evoluísse a ponto de ameaçá-las de morte. A Malária mata 1 milhão de pessoas por ano. Por essa razão, ainda que longe de poder ser considerada perfeita, a nova vacina não deixa de ser um avanço importante na luta contra a doença.

Por Manoel Francisco Brito
15 de outubro de 2004
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8 de outubro de 2004

A MP vem aí

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, garantiu ontem que o plantio de sementes transgênicas em solo brasileiro este ano voltará a ser regulado por Medida Provisória, informa O Estado de S. Paulo (só para assinantes). Era tudo o que Lula e sua ministra do Meio Ambiente, Marina da Silva, disseram que não iria acontecer. Mas não há muito o que fazer. O projeto de Lei sobre os transgênicos foi modificado no Senado, onde passou há dois dias, e por isso teve que retornar para a apreciação da Câmara dos Deputados. O plantio da safra de soja deste ano já começou.

Por Manoel Francisco Brito
8 de outubro de 2004
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8 de outubro de 2004

Deu a outra

É tudo o que Marina da Silva, nossa ministra do Meio Ambiente, queria ter: reconhecimento internacional pelo seu trabalho em favor da natureza e um mega prêmio para comprová-lo. Quem conseguiu o feito, no entanto, foi a sub-ministra do Meio Ambiente do Kenya, Wangari Maathai, informa o The New York Times (gratuito, pede cadastro). Ela foi escolhida para ser o Nobel da Paz este ano e tornou-se a primeira mulher africana a levar o título desta categoria desde que ele foi criado em 1901. Foi a primeira vez também, admitiu o presidente do comitê do Nobel, que foram levadas em consideração questões ambientais na escolha de seu vencedor. Mathai, bióloga de formação, lutou contra a corrupção e em favor dos direitos das mulheres no Kenya. Mas sua fama vem mesmo da luta contra o desmatamento e o desenvolvimentismo desenfreado. Ela acaba de lançar campanha para plantar 30 milhões de árvores em seu país.

Por Manoel Francisco Brito
8 de outubro de 2004
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8 de outubro de 2004

Geladeiras verdes

A Bosch anunciou que começará a produzir no Brasil geladeiras que não utilizam o gás HFC, considerado prejudicial ao meio ambiente. Segundo o Valor (só para assinantes), vai se utilizar de tecnologia desenvolvida pela ONG Greenpeace e parece que o destino primordial dos refrigeradores será o mercado europeu.

Por Manoel Francisco Brito
8 de outubro de 2004
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8 de outubro de 2004

O salmão de Buda

Cientistas e ricaços americanos amantes da pesca, que querem preservar o salmão siberiano em rios na Mongólia, têm um aliado incomum: Gantulga, um sujeito de 26 anos que se veste com um camisolão cor de laranja por uma razão bastante apropriada. Ele é um monge budista. Gantulga e seus companheiros de mosteiro comprometem-se a fazer pregação moral contra a pesca do salmão e a destruição de seu habitat. Os gringos endinheirados comprometem-se a investir na economia local para criar alternativas de subsistência para a comunidade. A aliança é cheia de complicações. O budismo prega a integração com a natureza. Dela faz parte o código de conduta que impede o homem de maltratar a fauna. E aí reside o problema, segundo o The Wall Street Journal (só para assinantes). Para fazer seu trabalho, os cientistas contratados pelos pescadores precisam “selar” os peixes. E os pescadores querem pescá-los. É difícil, mesmo para gente como Gantulga, explicar estas contradições ao seu rebanho. O processo todo também é criticado pelos ambientalistas. Eles acusam os financiadores de não ter interesse na preservação, mas na privatização dos rios da Mongólia para seu deleite pessoal.

Por Manoel Francisco Brito
8 de outubro de 2004
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8 de outubro de 2004

Bancos verdes

O Valor (só para assinantes) diz que vai de vento em popa a adesão de bancos brasileiros à principios de proteção do meio ambiente na concessão de créditos. O próximo a implementá-las deve ser o Banco do Brasil, revela a direção do International Finance Corporation, braço do Banco Mundial.

Por Manoel Francisco Brito
8 de outubro de 2004
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6 de outubro de 2004

Alerta vermelho

Se você compra atum – seja no mercado, seja no restaurante japonês – por conta de sua cor avermelhada, reportagem do The New York Times (gratuito, pede cadastro) recomenda mais cuidado. A carne do peixe pode ter sido tratada com monóxido de carbono para manter o brilho de seu rubor. Os órgãos reguladores americanos dizem que essa prática não faz mal à saúde. Autoridades da Europa e do Canadá até concordam, mas a proibiram em seus territórios. Temem que o monóxido seja usado para passar adiante, vermelhinha como se estivesse fresca, carne estragada do peixe.

Por Manoel Francisco Brito
6 de outubro de 2004
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6 de outubro de 2004

Alerta mais vermelho

Os Estados Unidos estão descobrindo o óbvio. Oligopólios podem fazer muito mal à saúde pública. Apenas duas empresa produzem o estoque anual de vacinas anti-gripe consumidas pelos americanos – o que dá quase 100 milhões de doses. Uma delas, de origem inglesa, anunciou ontem que não será capaz de distribuir as 48 milhões de doses que fabricou este ano porque suspeita que estão contaminadas. A notícia está no The Washington Post (gratuito).

Por Manoel Francisco Brito
6 de outubro de 2004
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4 de outubro de 2004

Oceanos Barulhentos

O aumento da poluição sonora nos mares está causando sérios problemas a baleias e golfinhos. Os cetáceos estão ficando surdos e perdendo sua capacidade de orientação. O barulho aumenta a dificuldade de mães e filhotes manterem-se agrupados e dificulta a localização de comida. Uma das fontes principais é a exploração de petróleo e gás em águas profundas. O trânsito de navios também contribui diz a reportagem da BBC News (gratuito). O resultado dessas atividades gera ondas de baixa freqüência que atravessam centenas de quilômetros.

Por Manoel Francisco Brito
4 de outubro de 2004