Jovens pesquisadores agitam a micologia
Com uma coleção de 6 mil espécimes de fungos e professores e alunos motivados, o Micolab, em Florianópolis, faz avançar esta área pouco conhecida →
Ricardo Braga-Neto é biólogo e especialista em ecologia de fungos da Amazônia.
Com uma coleção de 6 mil espécimes de fungos e professores e alunos motivados, o Micolab, em Florianópolis, faz avançar esta área pouco conhecida →
O Brasil dispõe, hoje, de um banco de dados de textos e imagens que integra 87 herbários e 4 milhões de registros abertos para o público. →
Artigo questiona se Charles Darwin se beneficiou do acesso privilegiado às ideias inéditas de Alfred Russel Wallace para completar a Origem das Espécies →
A maior parte dos fungos desconhecidos do mundo está em florestas tropicais, como mostra a descoberta de 3 novas espécies na Amazônia. →
Estudo pioneiro, resultado de um mestrado, releva potencial de técnica na identificação de espécies de árvores amazônicas. →
Estudo pioneiro, resultado de um mestrado, releva potencial de técnica na identificação de espécies de árvores amazônicas. Identificar espécies de árvores que são muito parecidas pode ser feita por uma técnica baseada no estudo da interação entre matéria e a energia radiada na forma de luz infravermelha. As experiências foram feitas com ‘matamatá’, árvore da família da Castanha-do-Brasil, muito abundante no Amazonas e cujo nome popular engloba diversas espécies já que as árvores são muito semelhantes. A técnica consiste em realizar medidas repetidas das estruturas vegetais para estabelecer uma referência e funciona porque cada espécie possui uma assinatura espectral particular, seja nas folhas ou na madeira. Entretanto, a existência de uma coleção identificada pelo especialista Scott Mori e curada por Ana Andrade, do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF), permitiu que os resultados da técnica fossem calibrados precisamente. “Os resultados corroboram a identidade das espécies fornecidas pelo autor, sendo uma oportunidade para aprimorar, acelerar e modernizar as atividades de reconhecimento” observa Flávia Durgante responsável pelo trabalho, tema de seu mestrado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). “Conseguimos não apenas ter certeza da identidade das espécies estudadas, mas também diminuímos o tempo e os erros de identificação”, afirma Flávia. O processo demora menos de um minuto, não gera resíduo, não consome a amostra e é muito mais barato do que análises de DNA. Os resultados promissores sugerem que é viável a construção de um banco de dados calibrado por amostras de confiança, férteis e identificadas por um especialista. O equipamento que faz a medição é acessível para herbários, instituições de pesquisa e universidades. O potencial de aplicação é imenso, seja no contexto acadêmico como no ambiental e econômico, o que contribui para a conservação dos recursos florestais na Amazônia. Leia também: →