Em Poznan, Brasil revela que abrirá representações no exterior para investir em outros países. Minc afirma que Alemanha e Reino Unido contribuirão para combate ao desmatamento. →
A direção do Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA), unidade que durante um mês e meio conviveu com a pior temporada de incêndios de sua história, fez os cálculos finais da tragédia: cerca de 55 mil hectares de floresta nativas foram dizimados pelo fogo no período. A ineficiência do governo federal, que contratou poucos brigadistas e mandou auxílio quando a situação já era trágica, foi a principal responsável pelo cenário de devastação classificado como “inferno de Dante” por Cézar Gonçalves, analista ambiental da unidade de conservação. Não fosse a chuva, que voltou a cair no dia 18 de novembro e pôs fim aos focos de calor, talvez o fogo estivesse ardendo até agora. →
“Algumas áreas atingidas são os principais pontos turísticos do parque, como a região do Capão. Com certeza isso vai afetar negativamente a economia. Sobre a perda de biodiversidade, é complicado dizer, já que ainda não fizemos uma avaliação técnica. Mas uma das zonas intangíveis da unidade, e portanto muito preservada, foi dizimada pelos incêndios”, explicou a O Eco Christian Berlinck, chefe do parque. Durante todo o tempo, os cerca de 200 brigadistas (150 deles voluntários) combateram os focos de calor sem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). O Ibama e o Instituto Chico Mendes só enviaram o material no final de novembro, quando o fogo já tinha cessado. →
Ainda chove na região do Parque Nacional da Chapada Diamantina, mas existe uma nova previsão de seca para janeiro. De acordo com Berlinck, é difícil que haja incêndios da mesma proporção que os recentes, mas todo o cuidado é pouco. “Já enviamos três viaturas para o conserto, pois elas estavam quebradas desde o início de outubro e não puderam ser utilizadas no combate. Isso atrapalhou muito a ação dos brigadistas”, diz. Enquanto o próximo ano não vem, resta torcer para que a natureza se regenere naturalmente, o que não deve acontecer antes de uma década, no mínimo. →
Negociações sobre novo acordo climático chegam na reta final na Polônia, mas divergências sobre como financiar ações travam a decisão. Já há consenso de que haverá metas para 2020. →
Finalmente pode ter surgido a solução para um dos problemas ambientais provocados por carvoarias alimentadas à madeira. Jeronimo dos Santos Travelho, cientista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), desenvolveu um sistema capaz de eliminar toda a fumaça proveniente dos fornos de carvão vegetal artesanais. Para tanto, ele criou um sistema de queima dos gases emitidos e outro para retirar o material particulado no fim do processo. O projeto está pré-aprovado pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e deve ter um protótipo pronto para testes no meio de 2009. →
Os indícios eram claros, mas agora veio a certeza: a China é, atualmente, a maior emissora de gases estufa para a atmosfera. De acordo com informações do novo banco de dados publicado pela norte-americana Administração de Informação Energética (EIA, na sigla em inglês), em parceria com a Agência Internacional de Energia (IEA), o país asiático lançou 6.01 bilhões de toneladas de carbono em 2006. Em segundo aparecem os Estados Unidos, com lançamento de 5.90 bilhões de toneladas. A notícia foi publicada em primeira mão pelo Enviroment Blog, do britânico The Guardian. →
Começa hoje (10) no Rio de Janeiro o 8º Congresso Interamericano de Conservação em Terras Privadas. Organizado pelo Instituto BioAtlântica e pela Confederação Nacional das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (CNRPPN), o evento vai falar sobre produção sustentável, planejamento e financiamento de projetos, pagamento por serviços ambientais, entre outros. Ainda há vagas e as inscrições podem ser feitas a partir das 14hs desta quarta-feira no Rio Othon Palace Hotel, local onde o encontro será realizado até o dia 12. Para mais informações, clique aqui. →
O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, dá indícios cada vez mais fortes de que o combate ao aquecimento global está mesmo em sua agenda de prioridades. Esta semana, ele se reuniu em Chicago com o guru do clima, Al Gore, para conversar sobre políticas de preservação ambiental no novo governo. Notícia do jornal O Globo (só para assinantes) conta que Obama tratou o tema como questão de segurança nacional, e concordou que é preciso tomar atitudes drásticas desde já para reduzir a concentração de gases estufa na atmosfera. Especula-se que o nome de Gore seja o mais cotado para assumir a chefia de meio ambiente na terra do Tio Sam a partir de janeiro, mas seus assessores garantiram que o criador do famoso filme “Uma verdade inconveniente” não tem o menor interesse no posto. →
A Fundação Amazonas Sustentável, criada pelo governo do Amazonas em parceria com diversas empresas para combater o desmatamento, vai receber uma doação generosa da Coca-Cola. A multinacional vai aportar 20 milhões de reais, contou o diretor da Fundação com exclusividade a O Eco. No próximo dia 18, revelou Virgílio Viana, os primeiros 10 milhões de reais da Coca vão chegar ao fundo permanente, que já soma 60 milhões de reais. O dinheiro até o momento alcança 4180 famílias através do bolsa floresta e a meta é aumentar para 6 mil beneficiadas. →
