De Eike Batista, durante a cerimônia em que assinou um cheque de 11, 4 milhões de reais para Carlos Minc gastar em três Unidades de Conservação federais, entre elas Fernando de Noronha: "vai ser fácil chegar lá com minha lancha". Tudo a ver com a conservação. →
Bastou uma declaração torta do ministro Carlos Minc a senadores ruralistas para os jornais de Rondônia estamparem nas manchetes que o Ministério do Meio Ambiente reconheceu a necessidade de permanência dos invasores da Floresta Nacional de Bom Futuro, conforme adiantou O Eco nesta semana. Esse tipo de fala é um prato cheio para as lideranças locais, que há mais de 15 anos incentivam a destruição e ocupação desta unidade de conservação, além de atrapalharem e muito os planos para implantação da área. Relembre aqui a história da invasão da floresta nacional. →
A cada dia que passa, aparecem mais focos de calor sobre o Brasil na página do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Hoje são mais de nove mil, sendo 2.608 em Mato Grosso, 1.497 no Maranhão e 1.459 no Pará. As queimadas são tão numerosas no sertão nordestino e no Tocantins que mal se consegue ver o contorno dos estados nos mapas. →
Em expedição ao Parque Estadual dos Três Picos e Estação Ecológica Estadual do Paraíso, fiscais do Instituto Estadual de Florestas do Rio de Janeiro (IEF) apreenderam 172 aves que seriam vendidas ilegalmente. As duas unidades são de proteção integral, cujos únicos fins aceitos são a educação ambiental, turismo e pesquisa científica. Ao todo, 16 pessoas foram autuadas e duas detidas como suspeitas. A multa será de, no mínimo, 500 reais por animal capturado. De acordo com André Ilha, presidente do IEF, os agentes encontraram, inclusive, fotos dos infratores em ação no interior das áreas conservadas. →
Corre em regime de urgência na Assembléia Legislativa de Santa Catarina um projeto de lei do Executivo que dispensa Pequenas Centras Hidreleetricas (PCHs) de licenciamento ambiental. O texto está andando na Casa na maior surdina. Nem parecer das comissões recebeu. Em princípio, será votado na sexta feira agora, dia 17. →
No Pará, a resolução adotada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) proibindo os bancos de financiar produtores rurais sem passivo ambiental regularizado não chegou a provocar cócegas. Não houve aumento radical de produtores buscando regularizar seu passivo e nem pressão organizada contra a medida, ao contrário do que acontece em Mato Grosso. Por que? Ninguém sabe. Ou os fazendeiros estão com medo e preferiram ficar na encolha, ou acharam outros mecanismos para buscar dinheiro. →
Há quem ache, no entanto, que a razão é que a massa de agricultores no Pará é de gente pequena, com no máximo entre 100 e 500 hectares de terra. Das 120 mil propriedades rurais registradas no estado, 110 mil se enquadram nessa categoria, que já ganhou um alívio de Carlos Minc. O ministro adiou o prazo que ela teria para se enquadrar nas normas do CMN. →
A crise financeira, por enquanto, passa ao largo da Secretaria de Meio Ambiente (SEMA) do Pará. Seu orçamento, que em 2006 foi de 12 milhões de reais, fecha este ano em 83 milhões de reais. Em contrapartida, a Sema, com multas, taxas e leilões de bens apreendidos arrecadou mais dinheiro para os cofres públicos do estado. Em 2006, foram 8 milhões. Este ano, a arrecadação está prevista para 18 milhões de reais. Ano que vem, 25 milhões de reais. →
Para fechar a sua meta de arrecadação de 2008, a SEMA paraense conta com um leilão de 30 mil metros cúbicos de madeira que deve acontecer no fim do mês. A expectativa é que ele renderá 12 milhões de reais. →
A indústria madeireira paraense diminuiu de tamanho. Vai cortar menos 3 milhões de metros cúbicos do que em 2005. A queda é da produção legal. A ilegal continua mantendo o volume. →
