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19 de abril de 2006

Petróleo verde

Sergio Amoroso, presidente do grupo Orsa, controlador do Jari e um apaixonado pela produção de produtos florestais certificados, disse que os problemas do ano passado com a liberação de planos de manejo com certificação fizeram o preço da madeira com selo do FSC explodir no mercado internacional. A escassez levou o metro cúbico de madeira certificado a um valor nunca antes alcançado: 500 dólares.

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19 de abril de 2006
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19 de abril de 2006

Financiamento

A Orsa assinou um contrato com o Banco da Amazônia para financiar a expansão de atividades extrativistas certificadas no Jari. Elas serão tocadas por 4 mil famílias que moram no entorno dos seus mais de 900 mil hectares. O valor total do projeto é de 25 milhões de reais. A primeira parcela, de 15 milhões, será desembolsada na semana que vem.

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19 de abril de 2006

Dinheiro novo

Mancio Cordeiro, presidente do Banco da Amazônia, promete que seu banco, contumaz financiador de projetos que envolvem desmatamentos em larga escala na região, vai mudar de atitude e passará a levar em consideração questões ambientais na hora de fazer empréstimos. Ele acha que a transformação ainda vai demorar por conta da cultura interna da instituição. Para acelerar o processo, está criando linhas de crédito especiais para financiar a produção florestal de baixo impacto. Uma delas, anunciada ontem, prevê a constituição de uma carteira de crédito para financiar a produção de produtos certificados no valor de 100 milhões de reais.

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19 de abril de 2006

Influência

Silvio Pereira, ex-dirigente do PT que caiu em desgraça no ano passado depois de se ver envolvido no mensalão e admitir que ganhou um Land Rover de presente de um empreiteiro, continua poderoso. Pelo menos no Ibama de São Paulo. Ele emplacou sua irmã, Analice Pereira, como chefona do órgão no estado em 2003. Ela passou incólume pela queda do irmão. Em tempo, a moça nunca foi funcionária de carreira do Ibama.

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Entendidos

Analice não era a única pessoa do Ibama que circulava pela II Feira Brasil Certificado. Lá estiveram na terça dois funcionários do Ibama de Humaitá, no Amazonas, considerados especialistas em Autorizações para Transporte de Produtos Florestais (ATPFs), o papelucho do governo que apesar de vulnerável à fraudes, ainda é fundamental para fazer funcionar a cadeia de comercialização da madeira.

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Normal

Foram roubadas 574 ATPFs de cor verde, específicas para o transporte de madeira, no escritório do Ibama em Paragominas. Isto acontece todo ano em toda a Amazônia.

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19 de abril de 2006

Obituário

As ATPFs, voltou a garantir Marina Silva, morrerão mesmo em 31 de maio. A partir de primeiro de junho, quem quiser circular com madeira precisará de um Documento de Origem Florestal (DOF). É a velha ATPF com uma mudança fundamental. Seu controle será eletrônico e, portanto, menos vulnerável à possibilidade de chegar às mãos de

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Agonia

É curioso ver como a ATPF custou a morrer. Em 2004, o Imazon, a pedido do governo, chegou a preparar um estudo sobre como acabar com ela e substituí-la por um documento emitido via internet. Não andou para frente. Depois da Curupira, Marcos Barros, presidente do Ibama, disse que ela seria eletrocutada definitivamente em dezembro de 2005. Em novembro, Flavio Montiel, diretor de fiscalização do Ibama, adiou o suspiro final da ATPF para janeiro de 2006.

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Mais agonia

Janeiro veio e a ATPF não morreu. Extraoficialmente, a data para fuzilá-la passou a ser algum dia de julho deste ano.

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19 de abril de 2006
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E morte

Na segunda-feira antes da Semana Santa, um figurão do Ministério do Meio Ambiente (MMA) recebeu telefonema alertando que o Greenpeace, dali há 48 horas, lançaria um estudo mostrando que a exploração madeireira na Amazônia continua fora de controle. Um pouco antes da Ong por seu relatório na internet, o MMA soltou a portaria 103, sentenciando o fim da ATPF para junho.

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19 de abril de 2006
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Além

O secretário de Meio Ambiente da cidade de São Paulo, Eduardo Jorge, depois de assinar com o Greenpeace documento que compromete a prefeitura a usar apenas madeira legal e extraída em regime de manejo florestal em obras públicas, quis fazer mais bonito e ir além. Preparou um projeto de lei que previa a obrigatoriedade do município, num prazo de 20 anos, de comprar somente madeira certificada para suas obras. A Procuradoria municipal vetou a idéia.

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19 de abril de 2006
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19 de abril de 2006

Barreira legal

A Procuradoria paulistana até gostou da proposta, mas deu parecer dizendo que ela se chocava com a Lei Federal 8666, de 1983, que regula as licitações de fornecimento de material para o poder público no Brasil. Vista pelo prisma da 8666, que manda o administrador comprar sempre pelo preço mais baixo, a proposta de Eduardo Jorge se constituiria em reserva de mercado.

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