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3 de junho de 2008

Boi russo

Enquanto Minc fala em caçar gado na Amazônia, a Rússia informou hoje ao governo brasileiro que voltará a comprar carne de boi in natura e produtos crus de carne bovina do Mato Grosso. Os russos tinham fechado às portas ao produto quando surgiu um foco de estomatite vesicular em Cocalinho (MT), em 15 de fevereiro. As exportações de carne para a Rússia somaram, em 2007, 27,8% do total exportado pelo Brasil, que foi de US$ 3,5 bilhões. Nos três primeiros meses deste ano, a venda do produto para aquele país somou mais de US$ 233 milhões, sendo que a exportação total do agronegócio brasileiro para o mercado russo totalizou US$ 675,5 milhões. Os números são do governo federal.

Por Redação ((o))eco
3 de junho de 2008
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3 de junho de 2008

Invertebrados em perigo

A lista de invertebrados ameaçados de extinção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) saltou de 33 para 130 espécies. Os dados foram divulgados na última segunda-feira por meio de um mapa, que apontou a Mata Atlântica como lar da maioria dos insetos, aracnídeos e vermes que compõem a lista. Em relação ao mapa anterior, 14 espécies saíram da lista de perigo. A entrada de novos animais, porém, quase quadruplicou. São Paulo e Rio de Janeiro são os locais mais críticos, com 46 e 41 ocorrências, mas a lista também inclui estados como Minas Gerais, Bahia e Santa Catarina. Segundo o IBGE, a situação mais grave é a de quatro espécies que já entraram na lista do Ibama como extintas: a formiga Simopelta mínima , com habitat na Bahia, a libélula Acanthagrion taxaense, do Rio de Janeiro, e as minhocas Fimoscolex sporadochaetus e Rhinodrilus fafner, em Minas Gerais. A perda de habitat continua sendo o maior vilão da história, diz notícia da Folha Online. Para conferir o mapa, clique aqui.

Por Redação ((o))eco
3 de junho de 2008
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3 de junho de 2008

Em tratamento

Após enfrentarem o terremoto que destruiu boa parte da reserva Wolong, na China, oito ursos pandas gigantes foram parar no zoológico de Pequim para se recuperarem do trauma. Conforme noticiou o Guardian, os animais não estão ali ao deus dará. Além de uma dieta recheada de bambus, volta e meia alguém entra para lhes dar um abraço ou fazer brincadeiras. O “tratamento”, dizem os conservacionistas, é para acalmar e amenizar a ansiedade dos pandas, como mostra uma galeria de fotos. Os mamíferos vão permanecer no zoológico durante as Olimpíadas, para que os visitantes se sensibilizem e façam doações para recuperação da reserva Wolong.

Por Redação ((o))eco
3 de junho de 2008
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3 de junho de 2008

Rápido e rasteiro

Considerada a terceira maior do mundo, a floresta tropical de Papua Nova Guiné caminha rapidamente para perder este título. Um estudo baseado em imagens de satélites mostra que nos últimos 30 anos as árvores caíram com uma velocidade impressionante. Desde 2001, o ritmo médio da perda de vegetação anual gira em torno dos 360 mil hectares. Se o agronegócio, as queimadas e as madeireiras continuarem se insinuando para as matas da região, os pesquisadores estimam que metade da floresta vá para o beleléu até 2021. O site da BBC traz imagens de satélite que comparam a vasta área verde de antigamente com o que se tornou depois que os 19,8 milhões de hectares foram ao chão desde 1972.

Por Redação ((o))eco
3 de junho de 2008
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3 de junho de 2008

Deserto espanhol

País considerado atrativo ao turismo por suas belas paisagens e vilarejos tranqüilos, a Espanha começa a ser palco de uma briga que de bonita não tem nada. O aquecimento global e projetos de desenvolvimento mal feitos têm feito com que trechos do sudeste do país se transformem rapidamente em deserto, o que colocou agricultores e construtores de condomínios frente a frente na luta pelo direito à água. A região da província de Murcia é um exemplo disso, diz notícia do The New Yor Times. Lá, as autoridades locais chegaram a ir para a prisão por terem aceitado propina para autorizar construções em locais que não tinham reservas de água adequada. O Ministério do Meio Ambiente da Espanha estima que um terço da região corre o risco de se tranformar em um deserto, já que a temperatura da superfície do país subiu em média 2,7ºC desde 1980, enquanto o aumento global da temperatura neste período foi de 1,4ºC. Além da briga por água, a conseqüência desse fenômeno é que os proprietários de terras começaram a mudar o status de seus campos para que sejam classificados como “lavoura” - mesmo que este seja um campo de golfe – para receber o recurso, e têm mudado o tipo de espécies cultivadas.

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3 de junho de 2008
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3 de junho de 2008

Roupas ecológicas

A indústria da moda já percebeu que o viés ambiental pode ser um diferencial nas suas coleções, e a última amostragem disso vem de Buenos Aires, na Argentina. É por ali que uma pequena empresa de design vem lançando peças com uma roupagem ecológica. Como é o caso da jaqueta que capta a energia solar para carregar baterias de iPods, câmeras digitais e afins. Com um painel flexível e desmontável acoplado nas costas da jaqueta, basta caminhar alguns passos debaixo do sol para que os aparelhos estejam funcionando. O site TreeHugger mostra outras idéias que daqui para a frente tem tudo para ir parar nas vitrines.

Por Redação ((o))eco
3 de junho de 2008
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3 de junho de 2008

Projeto Tabajara

Em decorrência da previsão de impactos ambientais diretos sobre o Parque Nacional dos Campos Amazônicos (AM/RO), o Instituto Chico Mendes deixou claro para o Ibama que não concorda com o licenciamento da usina hidrelétrica Tabajara (350MW), no rio Machado. Para o consórcio formado por Queiroz Galvão, Eletronorte e Furnas, a estimativa de alagamento da unidade de conservação é de 1430 hectares, com 20% de margem de erro. Pelo projeto inicial, sobre o qual ainda não foi solicitado estudo de impacto ambiental, a usina represaria igarapés e também inundaria campos naturais na Terra Indígena Tenharim-Marmelos, além de exercer impactos indiretos à Reserva Biológica do Jaru. Resta saber se, diante desses riscos e das pressões dos empreendedores, o Ibama vai conseguir dizer não.

Por Redação ((o))eco
3 de junho de 2008
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2 de junho de 2008

Conversa

Carlos Minc, o novo e acelerado ministro de Meio Ambiente, disse hoje que ainda este mês vai ao Mato Grosso para um tete-a-tete com Blairo Maggi, governador e megaprodutor de soja que vem batendo solto e pesado nos números do Inpe que mostram vários municípios de seu estado desmatando em boa quantidade a Amazônia. O encontro promete, ao menos boas frases de efeito, marca já registrada de Minc.

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2 de junho de 2008
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2 de junho de 2008

Desculpa

Na outra ponta da briga ficou a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), representante das montadoras, que afirmou de pé junto que não pode fabricar veículos com motores adaptados ao novo diesel, os chamados Euro IV, por não saber que diesel é esse. A Petrobrás, por sua vez, reafirmou que só produz o combustível mais limpo se novos carros já readequados forem colocados à venda. O que ninguém esperava era que, durante as discussões, o Ministério da Indústria e Desenvolvimento mostrasse um estudo que comprova os benefícios da utilização do diesel de 500 ppm mesmo em veículos antigos. Todo mundo ficou quietinho depois desta divulgação.

Por Redação ((o))eco
2 de junho de 2008
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2 de junho de 2008

Clima quente

Os últimos dias da Conferência Ethos 2008, realizada em São Paulo na semana passada, foram marcados por discussões acaloradas em torno da polêmica sobre a quantidade de enxofre presente no diesel brasileiro. Assim como tem feito desde setembro de 2007 - quando o Ministério Público exigiu que a Resolução 315/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente fosse cumprida – a Petrobrás voltou a dizer que não se preparou para a produção do diesel limpo porque desconhecia as especificações técnicas do combustível, elaboradas pela ANP cinco anos depois de o Conama ter feito esta exigência. A ANP, aliás, não esteve presente no debate.

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2 de junho de 2008
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2 de junho de 2008

Mar pra peixe

Há muito a maré não estava tão boa para as criaturas que nadam nos oceanos. No Japão, China e Taiwan, 140 barcos pesqueiros estão ancorados e o número de embarcações paradas corre o risco de chegar a 1100. Em Marselha, na França, os pescadores, ao invés de irem para o mar, decidiram bloquear o porto para protestar. Na Indonésia, a indústria da pesca praticamente congelou porque o governo cancelou seus subsídios. Na África, a frota pesqueira de atuns da Papua Nova-Guiné está paralisada. A frota de pesca da Namíbia mandou menos barcos atrás de peixes. O governo inglês suspendeu a pesca de arrasto e os pescadores canadenses querem os mesmos subsídios que o país dá aos seus fazendeiros. Nada como o preço alto do barril de petróleo para conseguir o que convenções e diplomatas tentam há anos sem grande sucesso: reduzir a pressão sobre os oceanos.

Por Redação ((o))eco
2 de junho de 2008
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2 de junho de 2008

Mercado super restrito

A única "boa" notícia foi dada por Frederico Kremer, gerente de soluções comerciais da área de abastecimento da Petrobrás, que garantiu que até janeiro de 2009 a estatal vai cumprir a resolução. No entanto, quando questionado pelo secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Jorge, se o diesel de 50 ppm estará presente em todos os postos de gasolina do país, Kremer confessou: "Vamos atender 8% dos carros adaptados". A Anfavea disse que não pode responder em nome das montadores sobre quando conseguirão entregar os tais carros adaptados.

Por Redação ((o))eco
2 de junho de 2008