Verde Para Sempre até quando? II
De Mauricio Mercadante Diretor de Áreas Protegidas Secretaria de Biodiversidade e Florestas Ministério do Meio AmbientePrezado Pádua, Os seus comentários foram precisos e absolutamente oportunos. Destaco as seguintes afirmações: a) as reservas extrativistas "são um instrumento valioso e efetivo de conservação da Floresta Amazônica (e potencialmente de outros biomas)"; b) "a salvação da floresta virá apenas com o estabelecimento de um gigantesco mosaico de diferentes reservas"; c) "não acho negativo criar reservas no papel. (...) É melhor ter reservas no papel, e lutar ao lado da lei por sua consolidação"; d) é "altamente contraproducente (...) estabelecer um antagonismo radical entre os conservacionistas e as reservas extrativistas". Estou inteiramente de acordo.Não sei se posso dizer o mesmo do seu último comentário. Tenho dúvidas. Senão, vejamos: no seu artigo, Marcos Sá Correa informa um fato: o desmatamento na área onde foi criada a reserva extrativista Verde para Sempre continua no mesmo ritmo observado antes da criação da reserva. Em outras palavras, a criação da reserva não reduziu o desmatamento na área. Ou, ainda, nas palavras do mencionado Paulo Amaral, do Imazon, "não mudou nada".Clique aqui para ler esta carta na íntegra. →