Poucos, raros e apertados

De CezarExcelente, Eunice. Há tempos não lia nada tão emocionante quanto a luta desses bichinhos pelo seu direito à vida. Muito interessante o livro "Imperialismo Ecológico..." de Crosby, Alfred, disponível na biblioteca do Senac. Se tiveres um tempo dá uma lida e verás quantos preás ilhéus se perderam no mundo após o avanço da gloriosa maré caucasiana sobre o mundo. Depois de lê-lo, verás a sorte que até aquí tiveram os preás.

Por Redação ((o))eco
17 de junho de 2005

Abrir ou não abrir as reservas?

De Pedro P. de Lima-e-SilvaEngenheiro Ambiental, PhDServiço de Segurança Radiologica e AmbientalComissão Nacional de Energia NuclearCaro O EcoParabéns, muitas vezes parabéns, à Prof. Suzana Pádua e sua coluna sobre abrir ou não abrir as reservas. Compreender que a educação, a informação, o conhecimento, o contato, o sentir na própria pele é o que nos faz humanos é matéria rara, escassa, num país tão sedento de pensar sobre si mesmo. Se eu pudesse escrever uma coluna na imprensa, escreveria a coluna que a Dra. Suzana escreveu n'O Eco. Ou melhor, não escreveria, porque não conseguiria ser tão preciso e sensível quanto ela o foi.Tenho discutido esse tema com gestores de UCs, às vezes de forma muito positiva e pró-ativa como com a chefe da APA Petrópolis, às vezes me desentendido, como com gestores de outras unidades de conservação menos sensíveis ao óbvio, batendo na tecla de que a nossa salvação, e das espécies que conosco dividem esse mundo, está em trazer mais gente para a Natureza, e nao menos, por mais assustadora que alguns ambientalistas possam achar a idéia. Tudo na vida depende de como, e não do quê. Da mesma forma, os administradores públicos, presidentes, governadores e prefeitos, deveriam trazer mais Natureza para dentro de suas casas, para a orla das estradas e para dentro das cidades. Somente uma visão de prazo mais longo pode perceber que não há futuro no isolamento, e que o resultado até agora do isolamento tem sido a continuação da destruição. Por incrível que isso possa parecer, continuamos alimentando uma cultura de isolamento, onde nosso mundo é um, o da "Natureza" é outro. Que tolice!A Dra. Cecília Bueno, professora de Ecologia da Universidade Veiga de Almeida, descreveu em sua monografia de docência superior uma experiência pedagógica que realizou com uma turma de engenharia, avessa no início do período à ecologia e à conservação. Fazendo um trabalho de sensibilização com os alunos, levando-os em excursões pela Floresta da Tijuca, produziu no fim do período uma turma, a mesma, completamente diferente, com diversos alunos inclusive já engajados em trabalhos de reciclagem, conservação e educação ambiental. A transformação foi impressionante, e sua base foi incontestavelmente o contato visual, pessoal, informacional com a Natureza.O caso do Parque Nacional da Tijuca, contada em O Eco de forma esclarecedora pelo colunista Pedro Menezes, que inclui a Floresta da Tijuca, é exemplar. Hoje, com enormes problemas para gerir sua área encravada numa metrópole, é analisada em artigos científicos que fazem diagnósticos de que se não houver programas organizados da administração pública que integrem a população da cidade à Unidade de Conservação, ele poderá perder parte significativa de sua área em pouco tempo. Fala-se de uma perda de 20% em 20 anos. Os problemas de invasões, caça, corte de árvores, incêndios, erosão, poluição, introdução de espécies exóticas [alienígenas], todos causados por humanos, propositadamente ou não, aumentam dia a dia. Se a gestão do IBAMA, ajudada ou atrapalhada pela prefeitura, continuar na direção de querer isolar a UC da cidade, em vez de trazer os cidadãos para dentro, de forma a criar esse laço de afetividade, tão bem citado pela professora Suzana, perderá passo a passo tanto em quantidade de terras, embora tenha agregado o Parque Lage, que já era protegido e uma outra parcela, quanto em qualidade. De nada adianta agregar terras para a conservação, como disse a colunista de O Eco, se isso só acontecer na teoria, no papel, na cabeça dos administradores públicos, e não para a fauna e a flora locais, que continuam a ser paulatinamente dizimadas, vítimas da falta de recursos técnicos, financeiros, humanos e da cegueira de muitos gestores, locais e nacionais.O outro colunista de O Eco, Eduardo Pegurier, tem discutido por outra vertente a mesma questão. Em diversos países desenvolvidos, os gestores já perceberam que é preciso dar sustentabilidade às reservas. Assim, proporcionam infraestruturas de acesso decente aos ecoturistas, sem abrir mão de uma preservação responsável e sustentável. O acesso cria o necessário laço de relacionamento citado pela Dra. Suzana entre as pessoas e as reservas.Mas como garantir uma sustentabilidade econômica num país pobre sem desviar verbas preciosas da educação formal, da saúde e da previdência para a conservação direta? Não há mágica, nem existe almoço grátis, já disse um economista. Se os parques e reservas abrirem uma parte de suas áreas à visitação, através de sistemas de acesso modernos e não poluentes, como trens, túneis com esteiras e teleféricos, movidos a motores elétricos, sem ruído e sem fumaça, fechando a entrada de carros, ônibus, táxis e vans, degradadores por excelência, é possível trazer milhões de pessoas para dentro das florestas conservadas sem que elas PISEM na floresta. Um teleférico, para citar apenas um dos exemplos, sistema de acesso que defendo desde a década de 1980 em minhas palestras por este país afora, ainda um montanhista aguerrido do Clube Excursionista Carioca, pode colocar milhões de pessoas dentro de uma UC sem que as pessoas pisem nela. A edificação de uma pequena área, as estações no caso, pode trazer os recursos tão necessitados. E os gestores das UCs não precisarão ficar medingando recursos tão preciosos dos governos, disputando ingloriamente com as áreas de educação, saúde, segurança, etc.Trazer mais pessoas, e não menos, de modo responsável, controlado, com sistemas de engenharia modernos e bem projetados, para as reservas e todas os tipos de UCs atenderá a dois propósitos tão sonhados pelos ambientalistas: garantir a sustentabilidade econômica a curto prazo pela receita gerada e a garantir a sustentabilidade a longo prazo pela sensibilização da população visitante que pode enfim amar, porque conhece, e transformar esse amor em apoio à conservação, política e financeiramente.No Clube Excursionista Carioca, onde na década de 1980 vivi anos dos mais felizes de minha vida, perambulando por este país incrível, estava escrito na minha carteirinha de sócio, que guardo até hoje com o maior orgulho: "terra amada, terra conhecida".abs,

Por Redação ((o))eco
17 de junho de 2005

As barras da moda

As barrinhas de cereais, de todo tipo, estão na moda. Para emagrecer, nos esportes de natureza ou para substituir refeições. Mas é preciso saber escolher.

Por Jacqueline Louise
17 de junho de 2005

Justiceiro nos ares

De Claudia AntonaccioPrezados Senhores, Tenho apreciado muito receber este brilhante jornal virtual. As matérias são ótimas e como não poderia deixar de ser sempre atuais.Gostaria de destacar a matéria de Juliana Tinoco no Eco desta semana.Atentamente,

Por Redação ((o))eco
15 de junho de 2005

Um nariz, duas versões

De Mariano Senna da Costa Muito boa a matéria "Um nariz, duas versões".... de Renan Antunes de Oliveira.... Sutil, informativo e hilário.... uma pérola do jornalismo policial.

Por Redação ((o))eco
14 de junho de 2005

Bem-te-vi num dia de outono

Bem-te-vis e meninos de rua compõem o desolador cenário carioca de uma praia deserta em dia de frio e chuva. Mesmo em tempos de paz, a cidade se mostra partida.

Por Carlos Secchin
13 de junho de 2005

Mandato para os parques

De Antônio BorgesSr. Eduardo Pegurier,Concordo com o artigo sobre as chefias de parques, é de grande importância que estas chefias sejam mais prolongadas pois deve existir uma memória do trabalho. Em mais um parque ocorreu mudança recente, o de Brasília, o chefe de vários anos foi substituído, entrando em seu lugar o ex-gerente de Juína-MT.Atenciosamente,

Por Redação ((o))eco
10 de junho de 2005

Bem-vindo

De Vander de Souza DiasNão conhecia O Eco...saiu de um email do grupo de ornitologia do yahoo...gostei das matérias...não li tudo ainda...o tempo é curto aqui (Bournemonth - sul da Inglaterra)...o dia deveria ter mais de 24hs..é muito trabalho ..e luta pra conseguir um canto no alto da serra...córrego do Moçambique...na região do sul de Minas, mantiqueira...restos de matas secundárias...mas importante para fazer parte de um corredor verde, permitindo um maior movimento de espécies que necessitam de uma área maior, para sobreviver...estou comprando áreas ao lado das já adquiridas...preciso comprar mais...a próxima é a nascente principal do Moçambique...uma grande variedade de orquídeas, onde o saa canta em algazarra comendo inga-chifre-de-viado. Saltamartim, araticum, araticunzinho, jaracatia, macauba, goiabas, jabuticabas, jatobá..e assim vai indo...vou plantar o cambuca, o araca, a jaboticaba branca...mas não vou ficar só no plantio e recuperação da mata...vou espalhar caixa-ninhos, voltado principalmente para as corujas, suindara, cabure-sapo, murucututu, mocho-diabo, caburezinho, buraqueira...sou defensor das corujas..minha missão...minhas primeiras aulas, de qualquer classe era sobre as corujas, misturando a superstição de mau agouro, alimentação voltado para a preservação...combater a superstição de mau-agouro, muitas corujas, principalmente a suindara, são mortas...cantou?? vai morrer alguém...saber que isto começou nos homens das cavernas, passou pelos romanos, que se esparramou...enfim...ainda continuo aqui...mas logo vou voltar ao alto da serra e sentir o perfume da flor do araticuzinho...divino...

Por Redação ((o))eco
10 de junho de 2005

Salvação gay

De Diana. Seu Eco, gostaria de parabenizá-los pela qualidade das colunas apresentadas por vocês. O texto a respeito da passeata gay aborda de uma maneira simples e natural uma mudança tão importante que está acontecendo em nossa sociedade, visivelmente a autora foi fundo em suas pesquisas e emoções. Parabéns a Silvia Pilz e a todos os seus colunistas!

Por Redação ((o))eco
8 de junho de 2005

A cartilha da Baesa

De João Guilherme LacerdaMarcos,Só rindo para não chorar é o mínimo. E nessa linha de raciocínio, penso o mesmo da nova publicidade da Petrobras com um diesel que vai deixar o ar "mais limpo", poderiam ao menos ser sinceros e usar o termo "menos sujo".Abs,

Por Redação ((o))eco
6 de junho de 2005

Cenário de romance e devastação

De J. Bernardo Quantas maravilhas (apesar das degradações) você nos transmitiu através do seu artigo "Cenário de romance e devastação", publicado no O Eco em 29/05/2005.Foi como se eu enveredasse por novas trilhas descobrindo lugares surpreendentes. Quando caminho pela Floresta da Tijuca fico a imaginar o imensurável trabalho e dedicação que foi empreendido para que hoje, no coração do Rio de Janeiro, exista uma floresta com riachos, cascatas e mirantes.v Através do artigo, fui ainda mais longe, chegando ao Central Park em Nova Iorque e ao Bois de Boulogne em Paris. Fico imaginando o que aconteceria se os prefeitos dessas cidades resolvessem abandonar as moscas esses patrimônios, como o que está ocorrendo aqui na nossa Cidade Maravilhosa.Ainda não li o romance Paulo e Virgínia que Bernardin de St. Pierre escreveu inspirado nas maravilhas que vivenciou na Ilha Maurício, mas fiquei louco por encontrá-lo. Ainda mais sabendo que foi inspiração para que o Visconde do Bom Retiro tomasse providências para tornar as áreas urbanas mais naturais. Pena que não poderei me saciar do exemplar que será doado ao Parque, já que não domino o idioma em que foi escrito.Por certo, a Floresta da Tijuca tem histórias sensacionais que poderiam render um belo romance, tanto que tem até uma gruta com o nome Paulo e Virgínia. Minha desinformação não me permitia fazer idéia do verdadeiro motivo do nome. Na próxima passagem pela gruta certamente terá uma outra significação.Mais chocante ainda, foi que além do reflorestamento do Maciço da Tijuca, você descobriu a origem da primeira palmeira plantada por D. João VI no Jardim Botânico. Você é sensacional!!! Não vejo a hora de ler seu próximo livro. Aguardo mais preciosidades como esta. Você merece o cargo de Ministro do Meio Ambiente. Obrigado por mais essa preciosidade que guardo em meus arquivos, na pasta: "Caminhos do Pedro".

Por Redação ((o))eco
3 de junho de 2005