Lagoa de Araruama

De Elísio Gomes FilhoHistoriadorwww.nomar.com.brPrezado Marcos Sá,Nosso grande defensor de nossa história e de nosso meio ambiente,Antes de tudo cabe te agradecer pela existência do ECO. Já que temos um veículo sério e eficaz para denunciarmos os danos ambientais, os quais não deixam de ser fatores de conseqüências históricas negativas para o bem-estar do homem e das gerações futuras. Portanto, teria como o senhor divulgar a essência da denúncia abaixo?Clique aqui para ler esta carta na íntegra

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27 de janeiro de 2006

Quem dá mais por Itatiaia? IV

Ralph SalgueiropresidenteAGUIMAN - Ass. de Guias de Turismo, Condutores de Visitantes e Monitores Ambientais das Agulhas Negras Região das Agulhas Negras / RJ Caro Marcos:Foi com grande espanto que recebi vosso artigo, "Quem dá mais por Itatiaia?". Com certeza o Sr. deveria ter nos ouvido anteriormente. Mas estou aqui para norteá-lo dos verdadeiros acontecimentos. Vejamos:. A Tv Rio Sul me convidou, para em nome da AGUIMAN, falar sobre o aumento da taxa do PARNA Itatiaia em sua parte alta. O local marcado para entrevista foi a portaria da parte baixa. Para lá me dirigi com alguns associados e outros também interessados em se pronunciar, num total de 8 pessoas.Clique aqui para ler a carta na íntegra

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27 de janeiro de 2006

Do Proálcool ao Antiálcool

De João Guilherme LacerdaPrezado Rafael,Leitor fiel do "O Eco" e ciclista, confesso que não gostei nem um pouco da sua reportagem em favor de um IPVA mais baixo para carros Flex. Antes de mais nada, os automóveis só para o seu processo de fabricação já geram mais danos do que durante praticamente toda a sua vida útil. Infelizmente não me recordo da fonte dessa informação. No entanto, recordo-me de outra fonte também bastante importante, essa mais diretamente relacionada ao seu artigo.Um estudo divulgado na Folha de S. Paulo mostra que os automóveis recebem subsídios públicos de no mínimo 8,5% e de no máximo 14,1%. Ou seja, infelizmente, a conta não fechará nunca em favor de melhores ruas e estradas, já que a arrecadação de impostos com o automóvel particular é insuficiente para cobrir seus custos. Resumindo, já pagamos todos em favor de uma minoria que usa carro. E minha decepção deriva do fato de que um veículo de comunicação com cunho ambientalista não deveria defender mais nenhum benefício para o "grande vilão das cidades" e um dos grandes vilões do aquecimento global.Espero ter sido claro em minhas críticas e quando precisar de maiores informações sobre bicicletas e mobilidade urbana sustentável em geral visite o site da ONG que participo em www.ta.org.br.Abs,Resposta do autor:Prezado João Guilherme,Muito obrigado pelas suas críticas. São sempre bem-vindas.Acredito, no entanto, que talvez sua interpretação do meu último texto esteja equivocada - possivelmente por falta de clareza de minha parte. Veja você que eu não defendo maiores incentivos para a indústria automobilística. Jamais fiz isso. Seria realmente absurdo.A redução do IPVA para os carros bicombustíveis não beneficiaria os fabricantes de carros, mas sim o consumidor que quisesse adquirir um veículo potencialmente menos poluidor do que os que utilizam apenas gasolina. Isso não aumentaria, de forma alguma, o ganho das montadoras ou do Estado e, por outro lado, poderia aumentar o número de carros nas ruas rodando com álcool - que, repito, polui muito menos que a gasolina e tem um processo de produção bem menos danoso ao meio ambiente.Como ciclista que pedala tanto por esporte como por lazer - faço mountain bike há mais de 14 anos e só abandonei o ciclismo de estrada por causa da violência do trânsito carioca, que já machucou e tirou a vida de muitos amigos queridos - gosto de carros tanto quanto você, mas entendo que sonhar com um mundo sem eles, atualmente, é um tanto utópico. Eles hoje são um mal necessário e crescente. Portanto, o que eu pretendi defender na matéria foi, tão-somente, a idéia de que, já que as pessoas comprarão carros de um jeito ou de outro, que pelo menos recebam incentivos para comprar aqueles que poluem menos. Essa era a idéia.Espero ter podido esclarecer a polêmica. Sinta-se livre para escrever sempre que quiser.Cordialmente,Rafael

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27 de janeiro de 2006

Dilma é quem sabe

De Paulo Barreto Caro Kiko,A Danielle – pesquisadora assistente do Imazon – identificou um trecho confuso na reportagem sobre as UC no Oeste do Pará. No texto parece que eu apoio uma faixa de ocupação mais larga em torno da BR-163. Mas de fato, eu não opinei sobre a faixa e sim sobre o debate

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27 de janeiro de 2006

Proteger o quê? VII

De Leonan BernardiniMaria Tereza,Meu nome é Leonan e espero que lembres de mim, a última vez que tivemos contato foi na reserva do SESC Pantanal em 1999, na minha última tentativa de atuar profissionalmente com conservação, experiência aquela que me levou definitivamente a optar por trabalhar com meio ambiente apenas em área industrial e ter conservação quase como um hobby. Mas li tua coluna intitulada "Proteger o quê?" e me permito tecer alguns comentários.Tecnicamente não sou, nem nunca fui, contra caça amadora, conheço muitos caçadores e sou amigo de alguns deles, mas a ética não é um comportamento predominante e homogêneo entre esse grupo, o que permite muitos argumentos contra ou a favor, a maioria, obviamente, de ordem ética, situação essa que a caça não se sustenta.Mas os argumentos técnicos que tu usaste na coluna também são questionáveis e alguns não se sustentam muito. Por exemplo:- as populações de aves sinergéticas no Rio Grande do Sul necessitam da caça para a manutenção de suas populações sob controle, a redução/destruição dos locais de alimentação e reprodução e uso maciço de agrotóxicos se encarregam de fazer isso há muito tempo.- a manutenção da caça mantém íntegros os banhados, isso pode ter sido nos anos 70 e início dos 80, quando existia o projeto pró-várzea e as áreas de várzeas, fundos de vales e outros, estavam sendo dizimados com dinheiro público. Hoje os conceitos e a legislação são outros e podem obrigar a uma "mudança" de consciência.Duvido também que o argumento de que o aluguel de campos e banhados é uma forma segura de manter campos e banhados seja verdadeiro, já que a caça dura, teoricamente, poucos meses, enquanto a mesma área alterada pode receber culturas de inverno e verão, como a dupla soja/trigo, normalmente bem rentável.Clique aqui para ler esta carta na íntegra

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26 de janeiro de 2006

Plano Nacional de Áreas Protegidas

De Luiz PradoSenhor Editor,Ao final de TRÊS anos de "governo", o "governo" fala em muitos planos, talvez porque nada tenha para apresentar no campo das realizações. Entre esses "planos" está o das áreas protegidas, que continuam tão ou mais abandonadas do que sempre foram.É divertido ler Maurício Mercadante escrever que foram "ouvidos" 400 funcionários públicos e "lideranças" - de forma genérica - e, com ironia barata, tenta contrapor essa abordagem ao outro extremo, à audiência de 185 milhões de brasileiros, que certamente só pode ocorrer em eleições - que se realizarão em breve. O representante do mesmo ministério que levou uma sova contundente numa audiência pública em Ponta Grossa no momento em que se tentou torná-la em mera formalidade, o que resultou em várias liminares dadas pela justiça federal, demonstra o quanto desgosta de decisões do Judiciário quando contrárias às práticas corporativas adotadas pelo PT.Mais do que um "plano", seria bom se o MMA pudesse mostrar realizações, avanços efetivos no campo da gestão de áreas protegidas.

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25 de janeiro de 2006

Quem dá mais por Itatiaia? III

De Hamilton J. Ferraz de MelloRecebeu a atual Administração a incumbência de preparar o Parque Nacional do Itatiaia para o evento dos 70 anos, em 14 de junho de 2007. Lembro as dificuldades.No próprio decreto nº 1.713, de junho de 1937, consta: "... tendo sido alienado a particulares pequenos lotes de terras encravadas nas que foram conservadas na posse e domínio pleno da União...". Passaram-se 68 anos e os lotes particulares, originados do ex-Núcleos Coloniais, passaram para herdeiros ou foram adquiridos por novos proponentes e hoje constituem um núcleo urbano, com casas de bom padrão, embora não possa ser chamado, a não ser por ironia, de "condomínio de luxo". Têm o duplo conforto: de estar em um parque nacional e contarem com acesso por uma estrada BR, não completada, e mais luz, água e serviço de coleta de lixo. Absurdo? Não, decorrência dos fatos.Clique aqui para ler esta carta na íntegra.

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23 de janeiro de 2006

A reeleição da ministra

De Mauricio Mercadante Diretor de Áreas ProtegidasMinistério do Meio AmbienteMarcos Sá Corrêa é, indubitavelmente, um jornalista de primeira linha. Quando li o seu artigo intitulado "a reforma da natureza", publicado no jornal O Estado de São Paulo no dia 12 de janeiro, me perguntei, sinceramente: o que motiva um jornalista como o Marcos a escrever um artigo tão disparatado? Se o Marcos fosse um escritor menor, desprovido de conhecimento e argumentos, ansioso por chamar a atenção maldizendo tudo e todos, daria para entender, mas não é o caso. Marcos começa dizendo que a consulta pública sobre o Plano Nacional de Áreas Protegidas proposto pelo Ministério do Meio Ambiente começou muito, muito mal. E por quê? Por que ele não conseguiu acessar o prometido documento do Plano na internet, na página do MMA. Mas ele explica, gastando metade do artigo, a razão do problema: é que o Ministério é lento e vive sempre atrasado; quando resolve andar mais rápido dá no que deu. Mas felizmente, graças ao empurrão do nosso atento, ágil e competente amigo, o assunto foi resolvido no dia seguinte. O Marcos questiona a legitimidade da proposta do Plano, já que ela foi elaborada por apenas "400 funcionários públicos e lideranças sociais". Convém lembrar que esses 400 funcionários e lideranças incluem servidores públicos federais, estaduais (de quase todos os Estados) e municipais, e a grande maioria das principais organizações não governamentais ambientalistas brasileiras. A proposta está sendo oferecida à consulta pública e será submetida à aprovação do CONAMA. Mas o Marcos talvez queira sugerir um procedimento mais legítimo, que permita ouvir os 185 milhões de brasileiros excluídos do processo. Clique aqui para ler esta carta na íntegra.

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20 de janeiro de 2006

Proteger o quê? – VI

De André J. Deberdt Brasília - DFHá mais de uma década o Ibama acompanha e autoriza a caça amadorista e a caça de controle de espécies problema no Rio Grande do Sul, sempre com base em estudos realizados pela Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, do Centro Nacional de Pesquisa para a Conservação das Aves Silvestres – Cemave e nos relatórios das saídas de campo dos próprios técnicos do Ibama e dos órgãos ambientais estaduais. Todos os estudos e documentos compõem um processo que é analisado por um corpo técnico qualificado e, na maioria dos casos, submetido à apreciação pelo Ministério Público. Antes da liberação da temporada de caça, é realizada também uma audiência pública, na qual são apresentados os resultados dos estudos e discutidos os argumentos contrários e favoráveis à caça. Cotas de abate, período e áreas específicas para a atividade são estabelecidos de maneira a minimizar impactos negativos sobre as populações silvestres. Mesmo iniciada a temporada de caça, esta pode ser interrompida a qualquer momento, sempre que alguma ameaça for constatada, como, por exemplo, na estiagem ocorrida em 2004.Em momento algum, nesses últimos 10 anos, foram apresentados argumentos técnicos ou estudos concretos que pudessem demonstrar algum impacto negativo significativo da caça, em termos de conservação das espécies. Mesmo em 2005, a temporada só foi encerrada porque a atividade foi considerada deseducativa.Comparando o Rio Grande do Sul com outros estados onde a caça é proibida sob qualquer pretexto, como no caso do Estado de São Paulo, foi constatado que o número de animais abatidos e apreendidos pelos órgãos ambientais é maior naqueles estados onde existe a caça clandestina. No Rio Grande do Sul, os próprios caçadores auxiliam na fiscalização da caça anual, uma vez que existe uma grande preocupação em mantê-la na legalidade.Não quero contestar a crueldade do ato de caça, mas entre fechar os olhos e acreditar simplesmente que a proibição dessa atividade garante a sobrevivência das espécies ou permitir que a caça seja realizada sob controle rigoroso e monitoramento anual dessas espécies alvo, fico com a segunda opção até que sejam apresentados estudos que mostrem o contrário.

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19 de janeiro de 2006

Proteger o quê? – V

De Maricéia Barbosa Silva Perita Ambiental - SIFÉ realmente digno de nota a postura corajosa da Dra. Maria Tereza Jorge Pádua sobre a questão da caça amadorista no Brasil. No entanto, causa uma enorme estranheza observar a manifestação do Sr. Edward Wilson Martins (que deveria honrar o nome análogo ao de um grande cientista das ciências naturais) ao propor para a colunista “se informar mais, aprender mais...”.Até onde sei a Dra. Maria Tereza goza de fama internacional sendo considerada como uma das ambientalistas mais famosas do planeta devido ao fato de ser uma das pessoas responsáveis pelo estabelecimento, devido à sua luta incessante, da maior soma de área conservada do planeta.Naturalmente, quem deveria se informar mais é o desavisado leitor e para isso vou procurar ajudá-lo:- Grandes nomes que deram início ao movimento conservacionista em nível mundial foram de fato caçadores, como Aldo Leopold e Theodore Roosevelt (não custa nada dar uma pesquisada nestes nomes, senhor Edward)- Uma simples pesquisa no Google sobre animal harvesting pode suscitar qualquer dúvida sobre a viabilidade técnica de manejo extensivo de fauna. Fica a sugestão, para estudo e informação, das obras: "Anallysis of Vertebrate Populations" de Greame Caughley e "Wildlife Ecology and Management" de Caughley e Sinclair. Mas é importante lembrar que para quem ainda vive na idade média, período este obscuro e de abnegação da ciência, é procedimento comum decretar ato blasfêmico qualquer manifestação contrária ao que decrete o seu fanatismo irresponsável. Por favor, não queime estas obras.Parabéns Maria Tereza. O Brasil cada vez mais carece de pessoas corajosas, justas e responsáveis como você. Grande abraço.

Por Redação ((o))eco
19 de janeiro de 2006