Comércio ambiental

Na terça-feira, o governador do Amazonas, Eduardo Braga, sanciona a lei estadual de combate ao aquecimento global. Junto, assina também legislação sobre a constituição do Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC). É o primeiro projeto legislativo sobre áreas de proteção que contempla a regulamentação da produção e comercialização de serviços ambientais, como armazenamento de carbono e estoques de água.

Por Redação ((o))eco
31 de maio de 2007

Cortesia

Braga, acompanhado de Virgilio Vianna, seu secretário de Desenvolvimento Sustentável, andou pelo ministério das Relações Exteriores em Brasília na semana passada. Foi mostrar sua nova engenharia legislativa sobre meio ambiente ao chanceler Celso Amorim, que carrega hoje com Marina Silva a velha bandeira brasileira de evitar qualquer comprometimento com metas internacionais de desmatamento e conservação.

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31 de maio de 2007

Aviso

A visita ao chanceler teve o objetivo de deixar claro que o Amazonas, com suas novas leis, vai abrir um mercado de serviços ambientais que pode implicar em assumir justamente aquilo que o governo federal teima em não querer: compromissos com seus eventuais financiadores, entre eles agentes internacionais.

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31 de maio de 2007

Dinheiro

Ainda na terça, o governador do Amazonas anuncia um fundo que inicalmente terá 20 milhões de reais, cortesia do contribuinte amazonense, para comprar carbono estocado – coisa que, em linguagem de leigo, significa pagar por desmatamento evitado. Eduardo Braga espera que as empresas da Zona Franca de Manaus contribuam colocando dinheiro na inciativa. A Coca-Cola, ele torce, será a primeira a abrir a carteira.

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31 de maio de 2007

Aposta

A inicativa de Braga de buscar financiamento para manter as florestas de seu estado intactas é louvável, ousada, mas ainda é um tiro no escuro. Nos mercados internacional e brasileiro, valor, por enquanto, tem as florestas plantadas, que sequestram carbono na fase de crescimento das árvores. As florestas naturais, que mantém seus estoques de carbono em equlíbrio, ainda valem quase nada porque não há regras que permitam a geração de créditos por desmatamento evitado. A esperança é que o quadro em relação à últimas comece a mudar em breve.

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31 de maio de 2007

Curiosidade

Confirmada, assim sem qualquer sombra de dúvida, a notícia ainda não está. Mas nas caixas postais eletrônicas de quem cuida de índios na Amazônia, circula febrilmente e-mail dando conta que no Norte do Mato Grosso, Alto Xingu, foi encontrado um grupo de Kaiapós com cerca de 50 indivíduos que ainda estavam completamente isolados de qualquer contato com, vá lá, a civilização. E o que o meio ambiente, assunto primordial de O Eco, tem a ver com isso?

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31 de maio de 2007

Resposta

Tudo, na visão de quem acha que índio protege a natureza, e nada para quem acredita que índio não é agente de conservação. De qualquer maneira, não deixa de ser curioso que esse grupo tenha se mantido longe de qualquer contato em área sob a influência de rodovias como a BR-163 e a PA-150. É um sinal de que a região ainda tem floresta intocada.

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31 de maio de 2007

Na trave

A proposta brasileira de criar um santuário para baleias no Atlântico Sul foi, mais uma vez, rejeitada na reunião da Comissão Internacional da Baleia (CIB), que este ano acontece em Anchorage, no Alaska. Ela até teve mais votos favoráveis que nas vezes anteriores. Mas não alcançou o quorum mínimo de 75% dos votos que a CIB exige para transformar uma proposta em regra internacional.

Por Redação ((o))eco
31 de maio de 2007

Debate

O placar final da votação sobre o santuário na CIB foi de 39 a favor e 29 contra. Por detrás do embate, há uma questão de visão econômica. As nações que são contra, lideradas por Islândia, Noruega e Japão, insistem que caçar baleias dá empregos. As que são a favor dizem que o turismo de observação de baleia pode beneficiar muito mais gente.

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31 de maio de 2007

Polêmica à vista

A manchete do jornal Valor desta quinta-feira diz que o governo está prestes a concluir o projeto que regulamenta a exploração de minério em terras indígenas (TI). Se ele for aprovado, as concessões terão que passar pelo Congresso e as empresas pagarão royalties para as comunidades donas da terra. Lideranças indígenas e ongs que se opõem à idéia acreditam que a atividade pode causar danos ao meio ambiente e ao modo de vida dos índios, já frágil. O governo justifica a medida dizendo que ela traz controle sobre a exploração das áreas, hoje feita indiscriminadamente por garimpeiros. Há discussões sobre se as terras indígenas devem ou não ser consideradas unidades de conservação, mas o fato é que a presença humana nessas terras é hoje pequena: elas correspondem a 13% do território nacional nas mãos de menos de 1% da população. A pressão da mineração sobre áreas protegidas já fez uma vítima no ano passado: as áreas de proteção permanente (APPs). Quem mandou o Conama flexibilizar seu uso? A porteira está aberta.

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31 de maio de 2007

Preservação laranja

Em meio aos escândalos da Operação Navalha, uma boa notícia: as terras da família Calheiros, parte delas localizadas dentro da Estação Ecológica Murici, em Alagoas, têm “muita mata" preservada apesar dos trechos abertos para gado. Recentemente elas foram noticiadas como pouco produtivas. Quem conta é o chefe da unidade do Ibama na região, Jailton Fernandes.

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30 de maio de 2007

Abrindo a mente

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve tomar em breve passos inovadores na sua carteira de financiamentos. Será aberta uma linha de financiamento para fontes alternativas de energia. Na última sexta (dia 25), o presidente do banco Luciano Coutinho encontrou-se com a direção do Greenpeace Brasil para saber mais detalhes do estudo que a ONG realizou com a USP sobre cenários alternativos de suprimento de energia. Anunciou que o tema já está sendo tratado pela diretoria de Energia do BNDES.

Por Redação ((o))eco
30 de maio de 2007