Exemplo

A eficiência energética parece ser o caminho mais fácil para o corte das emissões carbônicas causadoras do efeito estufa. Mas se depender do consumidor doméstico, é difícil que a coisa vá para frente. Uma pesquisa realizada recentemente por uma empresa de consultoria norte-americana dá conta de que um quarto das pessoas não gastariam um centavo a mais para se tornarem mais eficientes – mesmo que as medidas se reflitam em contas de energia menores. E a metade dos entrevistados diz que gostaria de ter retorno pelo investimento em menos de dois anos, o que nem sempre é possível. A oportunidade de economia de energia está mesmo é nos setores comercial e industrial. Reportagem do The New York Times mostra que empresas do estado de Vermont têm se destacado na realização de pequenos ajustes na cadeia de produção que se refletem em economia significativa de eletricidade.

Por Redação ((o))eco
29 de maio de 2007

Implicante

O Japão propôs nesta segunda-feira aos países que se opõem à caça baleeira rasgar seus planos de incluir baleias jubarte na lista de espécies que captura com o pretexto de realizar pesquisas científicas. Em troca, as nações participantes do encontro da CIB (Comissão Internacional da Baleia) – que começou nesta segunda feira no Alasca – dariam sinal verde para que os japoneses realizem caça comercial limitada em quatro comunidades costeiras. A proposta foi categoricamente recusada pelos países anti-baleeiros. A intenção do Japão de caçar jubartes é vista como um ato de provocação gratuita a países como Austrália e Nova Zelândia, que ganham dinheiro com o turismo de observação dos animais. “É [um ato] calculado para minar dramaticamente a afeição, o relacionamento entre o povo australiano e japonês”, disse o ministro de meio ambiente da Austrália. A notícia é da BBC News.

Por Redação ((o))eco
29 de maio de 2007

No rótulo

Produtores de alimentos britânicos planejam incluir nas embalagens, junto com as calorias, quantidades de gordura, sal e açúcar (entre outros componentes) dos produtos, a quantidade de CO2 emitida para a atmosfera resultante de sua fabricação e transporte. Os produtos pioneiros foram os salgadinhos da marca Walkers, que passaram a trazer a informação no mês passado. Uma rede de farmácias disse que fará o mesmo nos rótulos do xampu que produz. E o supermercado Tesco – uma das maiores redes do país – também anunciou a medida em sua linha de produtos. A reportagem da revista The Economist ressalta que caso a idéia funcione, o consumidor poderá escolher suas compras levando em conta o estrago que cada marca causa ao planeta de acordo com a quantidade de aditivos que leva e com a distância que percorreu até a loja, entre outros fatores. Só que calcular as emissões de alimentos não é tão fácil quanto contar suas calorias. Deve-se ou não contar, por exemplo, com as emissões referentes ao deslocamento dos funcionários que fabricam os alimentos até a empresa? A conta pode ser enganosa e depende da metodologia adotada.

Por Redação ((o))eco
29 de maio de 2007

Risco ambiental

O ex-diretor de administração e finanças da Eletrobras Termonuclear, José Marcos Castilho, foi multado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 31.481 reais por irregularidades na contratação de seguradora contra riscos ambientais para as usinas de Angra 1 e 2. De acordo com as investigações, ele favoreceu uma empresa que havia sido desclassificada por ser inabilitada, segundo os critérios do edital.

Por Redação ((o))eco
29 de maio de 2007

O tijolo da cana

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) conseguiram elaborar uma massa cerâmica feita de areia extraída de cinza de bagaço de cana-de-açúcar. Mais uma descoberta para o aproveitamento de resíduos, desta vez aplicável à construção civil em forma de tijolos, telhas ou placas. As cinzas do bagaço são resultado da queima do material para produção de energia elétrica.

Por Redação ((o))eco
29 de maio de 2007

Reforço

O Ministério do Meio Ambiente prometeu aumentar em 31% a área de unidades de conservação que protegem a Mata Atlântica – o equivalente a 41 mil quilômetros quadrados. O anúncio foi feito em Porto Alegre, durante a Semana Nacional da Mata Atlântica. Segundo Wigold Schaffer, coordenador da secretaria de biodiversidade e florestas do MMA, a meta é proteger 10% do bioma. Hoje, as unidades de proteção integral não cobrem nem 3% desse tipo de ambiente.

Por Redação ((o))eco
29 de maio de 2007

Paladar

No dia 2 de junho acontece no Rio de Janeiro o Rio Orgânico 2007, com palestras, mostra de produtos, debates e espaço para degustação de alimentos produzidos livres de agrotóxicos em todo o país. Será das 10h as 18h no Senac.

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29 de maio de 2007

Comércio de lagosta

O Brasil vai propor em Haia, na Holanda, restrições ao comércio internacional de lagosta. A recomendação será feita durante a COP14, na Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Silvestres da Fauna e da Flora Ameaçadas de Extinção (Cites), entre os dias 2 e 15 de junho. A caça predatória desse crustáceo no Nordeste já atingiu níveis preocupantes para a sobrevivência da espécie.

Por Redação ((o))eco
29 de maio de 2007

Restringe aqui, alivia ali

Na mesma oportunidade, o governo brasileiro anunciou que vai propor critérios mais rigorosos para comercialização do pau-brasil, além da sugestão de abrandamento da proibição do comércio exterior do jacaré-açú. O Ministério do Meio Ambiente entende que a caça já foi controlada e é possível fazer manejo sustentável do animal.

Por Redação ((o))eco
29 de maio de 2007

Saiu do ar

Nesta quarta-feira, a Mastercard, depois de alguma resistência, finalmente reconheceu o erro e retirou do ar a propaganda em que o personagem principal utiliza o cartão de crédito para comprar um papagaio ilegalmente. A campanha gerou protestos que culminaram com o envio de uma carta da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) ao Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar).

Por Redação ((o))eco
29 de maio de 2007

Nas entrelinhas

A foto ao lado foi tirada na cidade de Aripuanã, no extremo noroeste de Mato Grosso, onde ainda resta floresta amazônica. A empresa Borges Florestal, como se vê na propaganda, vende todo tipo de consultoria para quem está interessado em ver seu pedaço de mata render dinheiro, em pé ou derrubada. O curioso é que envolve o nome de órgãos como Incra, Funai, Ibama e Fema (Fundação Estadual de Meio Ambiente do estado), que nem existe mais. Quem vive na região afirma que, a exemplo desta, diversas outras consultorias oferecem o "manejo sustentado". Na prática, parece que não há mesmo muita diferença entre uma coisa e outra.

Por Redação ((o))eco
28 de maio de 2007