Forca

A conclusão de que o projeto é complexo, contém brechas e pode prejudicar a migração de peixes na bacia Amazônica e causar impactos a países vizinhos custou os cargos de Luis Felipe Kunz, diretor de licenciamento ambiental do Ibama, e de Claudio Langone, Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente. Ambos tentaram mostrar ao governo o porquê da decisão contrária ao empreendimento. Acabaram sendo convidados a deixar a equipe pela própria ministra.

Por Redação ((o))eco
20 de abril de 2007

Outro estudo

Em fevereiro, Kunz prometeu que até o fim do mês um parecer seria liberado sobre o licenciamento das usinas de Santo Antônio e Jirau. Segundo fontes do Ibama, o parecer não foi divulgado no site do Instituto, como de praxe, porque estuda-se a possibilidade jurídica de se pedir um novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima). As empresas responsáveis pela obra, Odebrecht e Furnas, foram informadas sobre o parecer, mas não o consideram a resposta final do governo.

Por Redação ((o))eco
20 de abril de 2007

Vista

Numa manhã de fevereiro deste ano, Manoel Francisco Brito subia pela estrada Rio-Teresópolis encantado com a visão panorâmica da Serra dos Órgãos,...

Por Redação ((o))eco
20 de abril de 2007

Lado

A governadora paraense, Ana Julia Carepa, finalmente meteu o dedo na disputa jurídica em torno do porto da Cargill em Santarém. Fez isso tão discretamente que quase ninguém viu. No dia 10 de abril, a Procuradoria Geral do Estado do Pará ajuizou pedido no Supremo Tribunal Federal (STJ), em Brasília, pedindo a reabertura das instalações da empresa às margens do rio Tapajós. O gesto não teve nenhum impacto na decisão tomada quatro dias depois pelo desembargador Carlos Fernando Mathias, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, liberando a operação do porto. Mas é muito importante. Mostra que Ana Julia escolheu com quem ela ficará abraçada na briga.

Por Carolina Elia
19 de abril de 2007

Novela

A ida do governo paraense ao STJ abriu um terceiro front legal sobre o futuro do porto da Cargill em Brasília. A empresa tinha sido condenada a fechá-lo pela Justiça Federal em Santarém e recorreu ao TRF. O julgamento dessa apelação está marcado para a próxima segunda, dia 23. Nesse meio tempo, a Cargill entrou com um mandado de segurança também no TRF. Foi nesse processo que a empresa conseguiu uma decisão favorável do desembargador Mathias na semana passada. O pedido da Procuradoria Geral paraense no STJ é o mais recente capítulo dessa novela jurídica. Todos contam a mesma história.

Por Carolina Elia
19 de abril de 2007

Autor

Só mesmo o Judiciário brasileiro para aceitar ouvir a mesma coisa três vezes.

Por Carolina Elia
19 de abril de 2007

Saúde pública I

O governo do Pará alegou no seu pedido que o fechamento do porto traria prejuízos econômicos, inclusive à outras regiões da Amazônia, e que ele representa grave ameaça à saúde pública de Santarém. Diz que se a Cargill continuar fechada, ela terá que jogar 48 mil toneladas de soja fora no aterro sanitário municipal. É um excesso de carga que impedirá que ele continue a funcionar, paralisando a coleta do lixo na cidade.

Por Carolina Elia
19 de abril de 2007

Saúde pública II

O boom da soja em Santarém começou no finzinho da década de 90, com a chegada de agricultores sulistas vindos do Mato Grosso. Mas decolou mesmo depois que a Cargill abriu seu terminal no município e começou a financiar os produtores locais. Entre 1999 e 2004, segundo um estudo feito por Daniel Cohenca, funcionário do Ibama, o plantio de grãos foi diretamente responsável pela derrubada de 80 mil 893 hectares de florestas primárias e secundárias, em ótimo estado de regenração, no município.

Por Carolina Elia
19 de abril de 2007

O fiel escudeiro

Nesta quinta-feira o Diário Oficial da União trouxe a exoneração do procurador-geral do Ibama, Sebastião Azevedo. Ele faz parte da equipe do presidente demissionário do órgão, Marcos Barros. Azevedo foi o homem que comandou diversos processos administrativos na primeira gestão de Marina Silva, quando 113 funcionários do Ibama foram presos por corrupção.

Por Redação ((o))eco
19 de abril de 2007

Novidade

Além da parceria com agricultores para monitorar as plantações de soja e cana no Mato Grosso, o encontro entre ONGs e o governador Blairo Maggi nesta quarta rendeu mais uma surpresa. O Secretário de Meio Ambiente Luis Henrique Daldegan lançou o Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental - SiMLam. O mecanismo possibilita acompanhar pela internet processos de licenciamento e obter a localização georreferenciada dos empreendimentos industriais e rurais.

Por Redação ((o))eco
19 de abril de 2007

Chegou para ficar

Um estudo do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e da Eletrobrás comemora a mudança no consumo brasileiro de lâmpadas residenciais. As fluorescentes (que consomem menos energia) substituíram – parece que definitivamente – as incandescentes. Em 1998, a taxa era de uma fluorescente para cada sete incandescentes. Em 2005, a relação se igualou. Legado da economia de energia provocada pelo maldito apagão de 2001. Enquanto isso, o lobo mau energético dos lares brasileiros continua sendo o ineficiente chuveiro elétrico. A notícia é da Folha de São Paulo.

Por Redação ((o))eco
19 de abril de 2007

Drible

Saiu na Nature: pesquisadores ingleses desenvolvem método para diminuir os efeitos dos pesticidas nas colheitas transgênicas. A idéia é simples: ao deixar de pulverizar 2% da plantação, agricultores permitiriam que ervas daninhas produzam sementes, o que preservaria a diversidade vegetal e serviria como fonte de alimento a pássaros e insetos. Claro, os fazendeiros teriam que concordar em perder parte da produção. Mas seria uma maneira de retirar uma das objeções mais freqüentes contra as sementes transgênicas.

Por Redação ((o))eco
19 de abril de 2007