Cadê a geleira que estava ali?

Preste atenção na foto que antecede esta reportagem do jornal The New York Times. Ela mostra a geleira do rio Rhone, na Suíça, em dois momentos: num cartão-postal de 1870, imponente, e hoje, reduzida a um fio de gelo. Neste clima ameno do outono, ela tem encolhido de 3,5 a 4,5 metros por dia e, segundo especialistas, pode sumir completamente até o fim do século. O problema, diz a reportagem, não é exclusivo desta geleira: estima-se que em toda a Suíça, que tem centenas delas, já se tenha perdido 15% do gelo nos últimos 20 anos.

Por Redação ((o))eco
24 de outubro de 2006

Privatizada

Mesmo se dizendo contra a privatização de estatais, o governo Lula passou para o setor privado um bem ainda mais sagrado para os brasileiros: a Amazônia. É o que diz a jornalista Miriam Leitão em sua coluna publicada na edição de hoje do diário carioca O Globo. Segundo ela, o sistema de concessão da exploração de florestas públicas segue o mesmo modelo adotado pela privatização das teles, por exemplo. Com direito a agência reguladora e tudo, o Serviço Florestal. A jornalista acredita que a experiência – causadora de polêmica entre ambientalistas e no Congresso Nacional, onde foi aprovada – pode ser tanto a salvação da floresta como um desastre, se a fiscalização não for bem feita. Mas marca a contradição do PT, que, nesta época de eleições, condena um mecanismo que ele mesmo adota.

Por Redação ((o))eco
24 de outubro de 2006

Final feliz

A reportagem de capa desta terça-feira do jornal The Independent conta a fofa história de dois gorilas fêmeas africanos capturados por traficantes quando ainda eram bebês, há onze anos. Eles foram confiscados antes que pudessem ser vendidos e retornados a uma reserva protegida no Congo e Gabão. E, agora, ambas estão dando cria, o que só aconteceu uma vez com animais reintroduzidos pelo homem à floresta. Segundo o jornal, os gorilas têm tido seus habitats destruídos pelo desflorestamento e ainda sofrem com minas terrestres e comércio ilegal.

Por Redação ((o))eco
24 de outubro de 2006

Polêmica

Uma revisão do Plano Diretor Participativo do município de Paraty (RJ) está causando polêmica entre associações de moradores locais e o Iphan (Instituto Nacional do Patimônio Histórico e Artístico Nacional). As entidades dizem que o plano tem regras de ocupação do solo que conflitam com a legislação ambiental: considera áreas de expansão urbana, onde é possível construir, parte da APA do Cairuçu, entre outras áreas de proteção ambiental permanente. O projeto, discutido desde 2005, está para passar pela segunda votação na câmara dos vereadores local. Os descontentes pedem um tempo maior de revisão, para que haja tempo de corrigir as distorções encontradas. A notícia é do jornal O Globo.

Por Redação ((o))eco
24 de outubro de 2006

Revertério

A Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) recebeu uma notícia para lá de desagradável na última semana: deputados da Assembléia Legislativa tiraram da cartola uma nova proposta, já em tramitação, para o Parque Estadual do Cristalino. Querem reduzir em 20 mil hectares a unidade de conservação e ainda fazer mágica com a legislação: para “compensar a perda”, sugeriram a inclusão da RPPN Cristalino, uma propriedade particular vizinha ao parque. Detalhe: a dona da área sequer foi consultada. Técnicos da Sema estão indignados.

Por Redação ((o))eco
24 de outubro de 2006

Perda

Pela proposta dos deputados, o parque perderia uma importante área destinada ao uso público, próxima ao rio Nhandu. Segundo a Sema, trata-se de uma zona de extrema beleza cênica, própria para atividades de visitação e educação ambiental.

Por Redação ((o))eco
24 de outubro de 2006

Interesseiro

A secretaria esperava que a Assembléia Legislativa aprovasse a sua proposta de unificar os parques Cristalino I e II, que são contíguos, para agilizar a gestão da área. Pelo projeto da Sema, apenas as áreas abertas antes da criação dos parques seriam excluídas. O processo ficou parado durante as eleições, mas assim que o cenário estadual se definiu, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Silval Barbosa, não perdeu tempo. Ele é um dos principais interessados em reduzir o parque o quanto antes, pois seu irmão é posseiro de uma área invadida dentro da unidade de conservação. Barbosa é o vice-governador eleito de Mato Grosso, na coligação de Blairo Maggi.

Por Redação ((o))eco
24 de outubro de 2006

Pressa

Ao receber o projeto dos deputados, o secretário de meio ambiente Marcos Machado informou que não vai abrir mão da proposta técnica da Sema. A secretaria apressou-se para comunicar a surpresa ao Ministério do Meio Ambiente porque se o parque for reduzido tanto assim, a unidade de conservação corre o risco de perder recursos do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).

Por Redação ((o))eco
24 de outubro de 2006

Punição à vista

A partir de novembro, os processos de responsabilização civil pelos 20 maiores desmatamentos que aconteceram em Mato Grosso entre 2005 e 2006 começarão a ser encaminhados para o Ministério Público. Eles estavam sendo trabalhados no primeiro escritório de advocacia ambiental da Amazônia. E com base nesse esforço têm grandes chances de terem tramitação mais ágil na secretaria de meio ambiente. Espera-se que, com essa ajuda dos jovens advogados, os criminosos sejam punidos logo.

Por Redação ((o))eco
24 de outubro de 2006

Advocacia ambiental

Também no próximo mês entra no ar o portal Amazonialegal.org.br. O site vai divulgar textos e a experiência do escritório modelo de Mato Grosso para estimular a iniciativa nos demais estados amazônicos.

Por Redação ((o))eco
24 de outubro de 2006

Obrigações

Um decreto do governo do Rio Grande do Sul obriga que em 180 dias, contados a partir do último dia 18 de outubro, os 32 municípios banhados pelo rio dos Sinos apresentem um plano de saneamento. A medida também criou uma força-tarefa, que tem 45 dias para elaborar um programa de ações integradas e um plano de alerta para as bacias hidrográficas dos Sinos e Gravataí. A intenção é evitar novos desastres ambientais, como o do início do mês, que matou 85 toneladas de peixes.

Por Redação ((o))eco
24 de outubro de 2006

Reforço

O Comando Ambiental da Brigada Militar e a Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul (Fepam) vão estabelecer estratégias de atuação permanente nas bacias hidrográficas. Os detalhes serão definidos numa reunião amanhã.

Por Redação ((o))eco
24 de outubro de 2006