Terra arrasada

O terremoto de 7,6 graus na escala richter que estremeceu Paquistão, Afeganistão e Índia pode ter matado 30 mil pessoas e ferido outras 40 mil. A ONU calcula que 2.5 milhões de pessoas estejam desabrigadas. Segundo o The New York Times, 150 tremores menores, alguns chegando a magnitude de 5 graus, foram sentidos na região depois do principal, que ocorreu no sábado. A preocupação agora, conta o Herald Tribune, é providenciar água e comida para as vítimas e evitar a propagação de doenças. Como sempre, o jornal inglês The Guardian, elaborou uma animação mostrando onde e como aconteceu.

Por Redação ((o))eco
10 de outubro de 2005

Perdido no espaço

O Cryosat, satélite da Agência Espacial Européia lançado para monitorar os efeitos do aquecimento global sobre a capa de gelo no Ártico saiu do chão no sábado, mas não chegou ao seu destino final na atmosfera. O foguete russo que o carregava, acredite, ficou sem gasolina e não conseguiu ejetá-lo na posição desejada. Resultado, o Cryosat agora vaga sem destino e sem uso pelo espaço. A notícia está na BBC.

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10 de outubro de 2005

O butim do desastre

Se chegasse lá em cima, talvez os sensores do Cryosat, conseguissem capturar a alegria humana com as consequências da lenta e gradual ida para o apocalipse proporcionada pelo efeito estufa. Uma reportagem maravilhosa no The New York Times mostra que no Canadá e Alaska, com todas as benções dos governos canadense, russo e americano, empreendedores individuais e empresas privadas estão explorando riquezas até então protegidas por grossíssima camada de gelo. Vão de campos petrolíferos, passando por pesqueiros e até novas rotas de navegação. As recompensas parecem ser tantas que há uma surda corrida entre países para demarcar suas águas territoriais no Mar do Ártico. Antes, não havia porque se preocupar com isso. Era tudo gelo e, portanto, inacessível.

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10 de outubro de 2005

O Chico deles

Em tempos de transposição do São Francisco, nossos ministros Marina Silva e Ciro Gomes deveriam estudar o que aconteceu nos Everglades, um sistema de pântanos no Sul da Flórida, antes de tocar em natureza tão monumental como a do Velho Chico. Lá, a partir do século XIX, o homem começou a drenar a área e mexer com o curso d’água para ocupá-la. Não deu muito certo. Desde então, o ecossistema viveu numa espécie de pêndulo entre enchentes e períodos de seca prolongados que o condenaram a uma morte lenta e gradual. Em 2000, ao custo projetado de 7. 8 bilhões de dólares, conta a The Economist, lançou-se o plano de recuperação dos Everglades. Muito pouco, a não ser adiantamentos aos empreiteiros, se fez em todo esse período, pela simples razão de que ninguém sabe exatamente para que será feita a obra: se para recuperar os pântanos ou se para garantir suprimento de água para as cidades que existem em torno deles. Qualquer semelhança com o que querem fazer no São Francisco não é mera coincidência.

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10 de outubro de 2005

O desastre Ciro

Falando no São Francisco, a Folha de S. Paulo conta que antes mesmo do Ibama liberar o início da obra, o governo Lula já gastou R$ 12 milhões com a transposição. Seis vezes mais do que foi investido até agora na revitalização do Velho Chico. A mesma reportagem revela que desde a época militar o governo federal não promove uma obra tão cara e mostra como a transposição será um negócio milionário, ou até bilionário, para as empresas que ganharem a licitação.

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10 de outubro de 2005

Política do desastre

O The Washington Post tem reportagem mostrando que Nova Orleans sempre esteve _ por conta da geografia e da engenharia – fadada ao desastre provocado por um furacão com o poder de destruição de um Katrina. O que impediu que essa situação fosse corrigida foi a politicagem. O custo financeiro de dizer à população da cidade que eles estavam sentados sobre um “vulcão” fez com que seus líderes preferissem ficar em silêncio. O preço que estão pagando é infinitamente mais alto.

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10 de outubro de 2005

Interrogações

Desde que o Katrina achatou Nova Orleans, há uma discussão correndo pelo mundo querendo descobrir se o aquecimento global é o responsável pelo aumento da frequência e intensidade de furacões. A capa da Time desta semana é justamente sobre esse assunto e apesar de ser inconclusiva, explica muito bem as possíveis relações entre todos esses fenômenos. Alguma coisa eles têm entre si. Mas as evidências ainda são insuficientes para dizer exatamente o quê.

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10 de outubro de 2005

Frankensquito

Na revista Nature Biotechnology, segundo o Guardian, cientistas anunciaram a criação de mosquitos machos geneticamente modificados para combater a malária. Neles há um gen que os torna estéreis e deixa seus testículos fluorescentes. O plano é soltá-los em áreas onde a doença é epidêmica. Eles acasalam com as fêmeas, mas não reproduzem. Isso, segundo os cientistas, erradicaria a malária. A fluorescência nos testículos é para facilitar a sua identificação uma vez soltos na natureza. Uma geringonça inventada pelos sábios é capaz de produzir 180 mil larvas do mosquito transgênico. Seus efeitos ainda não foram testados em larga escala no meio ambiente.

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10 de outubro de 2005

Manejo ou caça

O governo federal australiano proibiu a execução do plano da Província do Norte de permitir a caça do crocodilo como meio de controlar a superpopulação da espécie na região. Nada contra matar alguns bichos, que estão de fato criando problemas de sobra para a população local. Mas tudo contra permitir a caça por parte de particulares. O governo da Austrália acha que manejar fauna é uma coisa. E caça, é outra coisa. A notícia está na National Geographic.

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10 de outubro de 2005

Ouro negro

O esturjão, peixe cujas ovas produzem o bom e velho caviar, está à beira de sumir do mundo. As 25 espécies do peixe que ainda nadam por rios da Ásia e Europa do Leste entraram em colapso graças à pesca desenfreada. O desastre já se avizinhava há algum tempo e vários países consumidores, com o beneplácito da ONU, impuseram cotas restritíssimas de importação para minorar o problema. Mas o contrabando atrapalhou os planos e alguns governos estão tomando medidas mais radicais. Como os Estados Unidos, que segundo o Le Figaro, proibiu a importação das ovas. A decisão americana elevou o preço do baixo estoque de ovas de esturjão que existem no mundo para as alturas. Um quilo está disponível a qualquer um que queira desembolsar 12 mil reais. Isso no atacado. No varejo, o preço dobra.

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10 de outubro de 2005

Alerta

David King, cientista-chefe do governo inglês, disse que se o mundo quiser de fato viabilizar o uso em larga escala de combustível produzido a partir de células de hidrogênio, os governos do mundo terão que intervir no mercado e na pesquisa. Sem essa mão forte, as sociedades continuarão a queimar combustível fóssil até que ele ou acabe com a qualidade do ar ou acabe simplesmente. Talvez aí seja tarde demais para achar um substituto. Notícia da BBC.

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10 de outubro de 2005

Sem fumaça

Outra no Guardian. Tony Blair disse que vai mandar ao Parlamento sem qualquer alteração projeto de sua secretária de saúde banindo o fumo de qualquer lugar público, incluindo bares e restaurantes. É coisa para acontecer antes do fim do ano.

Por Redação ((o))eco
10 de outubro de 2005