Acabou a festa
A Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina, a Fatma, está sob investigação. O procurador-chefe do Ministério Público Federal acusa a fundação de conceder licenças ambientais em troca de favores políticos e econômicos. Entre elas, permitir a exploração de araucárias nativas por madeireiras da região. O jornal Diário Catarinense (gratuito, mas exige cadastro) publicou a lista denúncias contra a Fatma. →
Para que serve a cobaia
Uma semana depois de uma fazenda de porquinhos da índia ter sido fechada na Inglaterra porque os animais eram vendidos para laboratórios de pesquisa, o Guardian publica uma reportagem mostrando como a experiência com animais beneficiou o homem. Há uma lista de descobertas alcançadas através de cobaias. Entre elas, o desenvolvimento da penicilina, a cura da tuberculose e a criação da transfusão de sangue. →
Mudança no calendário
Em setembro, sempre aconteceu no Mato Grosso o Festival Internacional de Pesca de Cáceres, o maior evento de pesca embarcada em água doce do mundo. Mas o agravamento da seca do rio Paraguai, observada nos últimos anos, levou a organização a mudar a data do evento. A partir de 2006 acontecerá em julho, quando o nível do rio está 10cm mais alto, informa o Diário de Cuiabá (gratuito). →
No vermelho
O Diário de Cuiabá também fala de crise no Mato Grosso. O caixa do governo de Blairo Maggi está com um rombo estimado em 160 milhões de reais. O motivo seria o fechamento das madeireiras e a queda nos lucros do agronegócio. →
Vendaval Amazônico
Enquanto o Rio Grande do Sul espera a chegada de um ciclone extratropical, o estado de Rondônia foi surpreendido ontem por ventos de até 65km/h que destelharam casas e derrubaram árvores. O susto foi seguido de um forte temporal, diz o jornal Folha de Rondônia (gratuito). A culpa foi de uma frente fria que se chocou com a massa de ar quente que pairava sobre a região. →
As águas de Nova Orleans
Apesar da inundação de Nova Orleans ter criado um mar de água suja, contendo esgoto e gasolina, a situação poderia ter sido muito pior, disseram especialistas. O medo deles é que a pressão da água rompesse as barreiras que cercam os tanques de várias industrias químicas da região levando ao vazamento de substâncias muito tóxicas. Ao mesmo tempo, ninguém tem 100% de certeza que isso não aconteceu, avisa o The New York Times. Especialistas americanos também alertaram que a gasolina que vazou para as ruas não perdeu o poder de combustão. →
Vale a pena
A boa educação aconselha não rir da desgraça alheia, mas ninguém vai saber que você acessou a charge de Steve Bell no jornal inglês Guardian (gratuito) sobre a resposta de Bush ao furacão Katrina. →
Lixo com cadeado
Em São Paulo, prédios de luxo passaram a por cadeado em suas lixeiras para impedir que catadores as vasculhem atrás de material reciclável e restos de comida. Segundo os porteiros, o problema maior era a sujeira que eles deixavam no local. A Folha de São Paulo (só para assinantes) entrevistou um catador que um dia já teve carteira assinada, mas hoje cata papelão para sobreviver. Num bom dia, ele juntava 200kg, o que lhe rende 12 reais. José Apolinário lamenta que a falta de cuidado alheio tenha lhe tirado o emprego informal. →
Placar do fogo
Da noite para o dia o número de queimadas no país caiu pela metade. O Inpe identificou apenas 1.289 focos. Quem lidera é o Maranhão, com 377 focos, seguido do Pará, com 317 e Tocantins, com 354. Inclusive , a APA da ilha do Bananal, ocupada pela soja e pelo gado, continua pegando fogo. →
Tem explicação
A explicação não é divina, mas está no céu. O registro de queimadas caiu bruscamente porque os satélites do Inpe não conseguiram captar focos de calor em Acre, Rondônia, Mato Grosso e parte do Pará por causa da intromissão de uma frente fria. Ela arrastou nuvens formadas longe dali para cima da Amazônia, escondendo o fogo. Em apenas algumas horas, a umidade do ar em Rio Branco subiu de 40% para 79%, mas isso não quer dizer que vai chover. →
Campeão atrás das grades
O homem que mais desmatou a Amazônia este ano está preso, informa a Procuradoria da República no Pará. O fazendeiro José Dias Pereira recebeu a visita de agentes da Polícia Federal e foi levado para a delegacia de Rendenção. Ele é acusado de ter derrubado cerca de dois milhões de árvores numa área de quase 7 mil hectares na Terra do Meio, sudoeste do estado. A destruição foi identificada em julho e atingiu parte da Reserva Extrativista do Riozinho do Anfrísio, criada em novembro do ano passado. →

