Rompidos

O Irã cumpriu a promessa, quebrou os selos colocados em suas instalações nucleares em Isfahan por inspetores da ONU e retomou seu programa de enriquecimento de urânio. A notícia é do Guardian.

Por Redação ((o))eco
10 de agosto de 2005

Lixão nuclear

O governo americano entregou à Justiça nova proposta de limites de exposição à radiação para o entorno da Montanha Yuca, em Nevada, onde pretende armazenar para todo o sempre 77 mil toneladas de resíduos produzidos por usinas nucleares do país. O governo de Nevada e os ambientalistas opostos à construção do repositório de lixo nuclear no local argumentavam que os limites de exposição propostos anteriormente ameaçavam a saúde da população. Um juiz cedeu aos argumentos e paralisou os trabalhos de construção dessa lata de lixo gigante, que vai custar algo em torno de 58 bilhões de dólares, informa reportagem do The Washington Post.

Por Redação ((o))eco
10 de agosto de 2005

Drible nos ruralistas

Informado sobre a paralisia da Comissão responsável por definir o cerrado e a caatinga comoPatrimônios Nacionais, o deputado Fernando Gabeira resolveu agir. Nesta quinta-feira, vai apresentar requerimento para levar a proposta diretamente à votação no plenário da Câmara. Há mais de um ano a bancada ruralista emperra os trabalhos da Comissão.

Por Redação ((o))eco
10 de agosto de 2005

Dilma entra na roda

As agendas desta tarde das ministras Dilma Roussef, da Casa Civil, e Marina Silva, do Meio Ambiente, incluem uma reunião com madeireiros e 20 prefeitos do Pará que estão desesperados com a paralisação imposta pelo governo federal ao corte de madeira.

Por Carolina Elia
10 de agosto de 2005

Enfim

Quase dois meses depois da obtenção de liminar de reintegração de posse, a PM do Pará apareceu na Fazenda Jutaituba, do grupo Martins, para expulsar madeireiros ilegais que desde o início de junho ocupavam parte de seus 164 mil hectares. Com os invasores, a polícia encontrou armas de fogo, facas, motosserras e tratores. Os trabalhos de desocupação devem durar mais 48 horas.

Por Redação ((o))eco
10 de agosto de 2005

A morte da ATPF

Sem muito pesar, o presidente do Ibama, Marcus Barros, anunciou que até o fim do ano a Autorização para Transporte de Produto Florestal (ATPF) será substituída pelo Documento de Origem Florestal (DOF). A nova forma de legalização de transporte de madeira acontecerá pela internet e agilizará o rastreamento de toras. Pelo menos é o que se espera.  

Por Redação ((o))eco
10 de agosto de 2005

Munição ecológica

Rola no Conselho Mundial da Forest Stewardship Council – ong responsável pela certificação de madeira no mundo – uma discussão sobre se as florestas replantadas devem continuar a ser certificadas. Por trás do debate está uma questão econômica. As operações de replantio em países de clima temperado não têm como concorrer com as que existem em países tropicais como o Brasil. Aqui, um eucalipto leva cinco anos para estar maduro para o corte. Na Europa, demora três vezes mais. Como é politicamente incorreto questionar a capacidade competitiva de países pobres, os europeus resolveram bombardear os projetos de reflorestamento com munição à base de ecologia.

Por Lorenzo Aldé
10 de agosto de 2005

Energia pura

Quem defende o consumo de açaí como um possante energético nem imagina quanto. Há um ano, resíduos de açaí coletado por catadores nas florestas do Projeto Jari funcionam como combustível para a sua fábrica de celulose. Ela já consumiu 540 toneladas do produto, comprado dos catadores pela empresa a 75 reais a tonelada.

Por Lorenzo Aldé
10 de agosto de 2005

Volta à carga

A CBA, produtora de alumínio pertencente ao grupo Votorantim, retomou seus planos de construir uma barragem no rio Barreira do Iguape, no Vale da Ribeira, São Paulo, única e exclusivamente para gerar energia para suas operações na região. Seu primeiro relatório de impacto ambiental sobre a obra foi rejeitado pelo Ibama em 2003. O novo deve sair agora em agosto.

Por Lorenzo Aldé
10 de agosto de 2005

Sem terra

A reunião entre empresários e trabalhadores do setor madeireiro que aconteceu na terça-feira, 9 de agosto, na sede do Ministério Público de Belém, definiu as linhas do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que vai liberar centenas de planos de manejo florestal no Pará suspensos desde o ano passado. Sua parte mais importante é um contrato a ser assinado pelas empresas, que deixa claro que elas podem cortar madeira nas suas áreas de operação, desde que renunciem a reclamar no futuro qualquer posse sobre o terreno.

Por Lorenzo Aldé
10 de agosto de 2005

Não me comprometa

O Ibama não compareceu à reunião no MP de Belém. Mas há muito a ser combinado com o órgão para tudo dar certo. Ele hoje mal consegue dar conta de 70 planos de manejo certificados que tem sob sua jurisdição. Se as propostas discutidas no encontro forem adiante, sua carga de trabalho vai aumentar. Em sua passagem pela capital paraense no início desta semana, Antonio Carlos Hummel, diretor de Florestas do Ibama, conversou com muita gente, mas não se comprometeu a melhor a gestão do órgão no Pará. Disse que falta dinheiro para fazer grandes mudanças.

Por Lorenzo Aldé
10 de agosto de 2005

O alvo da irritação

Para os madeireiros paraenses, mais do que dinheiro, o que importa é a demissão do atual gerente do Ibama em Belém, Marcílio Moreira. Casado com a senadora Ana Julia (PT-PA), ele é indicação política e considerado o responsável pela atual bagunça vigente na gerência do órgão na capital paraense.

Por Lorenzo Aldé
10 de agosto de 2005