Cálculo de risco

Ao redor do mundo, para um escalador conhecer o grau de dificuldade de uma via, basta checar o número que define o seu risco. Só tem um problema:...

Por Redação ((o))eco
2 de março de 2006

Garimpo no caminho

Uma equipe do Ibama constatou no final de fevereiro a presença de duas grandes balsas extraindo ouro na região do rio Juruena, onde o instituto pretendecriar um parque nacional. O Ibama suspeita que índios levados de Juína (MT) para lá pela Funai estejam facilitando a atividade mineradora. Os índios invadiram uma pousada que funcionava no local e ergueram quatro casas ao longo da pista de pouso do hotel. Se continuar assim, a região de um milhão de hectares pode virar terra indígena em vez de parque.

Por Redação ((o))eco
2 de março de 2006

Índio quer ouro

A mesma equipe do Ibama foi informada sobre a extração de minérios com bombas na Terra Indígena Igarapé Preto, vizinha à futura unidade de conservação.

Por Felipe Lobo
2 de março de 2006

Alienígenas

Cheasepeake Bay, no estado de Maryland, é uma das mais bonitas e mais importantes baías da costa Leste dos Estados Unidos. Com 166 mil quilômetros quadrados de área, é o maior estuário do país e até 3 décadas atrás estava prestes a acabar por causa da pressão da poluição e da pesca industrial. Rios de dinheiro foram jogados na limpeza de Cheasepeake e a pesca foi submetida à plano de manejo. Deu certo – a água e os mangues ficaram mais limpos e os estoques pesqueiros voltaram a crescer – exceto pelas famosas ostras do local. Elas nunca se recuperaram. Agora, segundo o The New York Times, a situação delas anda tão ruim que as autoridades estão pensando em repovoar a baía com espécie de ostra importada da Ásia. Não só para dar um meio de vida a quem ganha com a sua pesca, mas para recolocar nas águas da baía o principal bicho responsável pela sua filtragem. Na teoria, parece bom. Na prática, a ver. Historicamente, a introdução de espécies exóticas provou ser imprevisível e irreversível. Em geral, causam mais danos do que benefícios.

Por Felipe Lobo
1 de março de 2006

Conserto chinês

No ecosystemmarketplace, uma reportagem diz governos de vários países estão olhando para um programa do governo chinês com interesse redobrado. Nele, o fazendeiro que plantar árvores em áreas sob risco de erosão, deslizamento e enchentes, ganha das autoridades dinheiro e subsídios na compra de sementes de grãos. O governo também está limitando crescimento da agricultura, determinando áreas de plantio e proibindo sua expansão sobre áreas de floresta. Atualmente, em locais com mais de 25 graus de inclinação, só se pode plantar árvores. A reação chinesa aos danos ambientais da agricultura começou em 1999 e já produziu o replantio de árvores em 16 milhões de hectares. A recuperação dessas florestas custou para o governo, até agora, 2 bilhões de dólares.

Por Felipe Lobo
1 de março de 2006

Efeitos do calor

A subida de temperatura nas latitudes mais ao Norte no Canadá está matando vastas extensões de floresta nativa no país. O clima fez explodir a população de besouros na região e a infestação estea matando milhares de árvores. Nessa batida, disse biólogo ao The Washington Post, breve os besouros estarão infestando praticamente todas as florestas nativas do Oeste da América do Norte. A ver.

Por Felipe Lobo
1 de março de 2006

Silêncio

Esse é o primeiro inverno em muito tempo em Yellowstone, Parque Nacional americano, que a paisagem está livre dos snowmobiles, motonetas que andam na neve, fazer um barulho terrível e, segundo ambientalistas, provoca impactos desmesurados na natureza. É que entrou em vigor regulação limitando seu uso em parques nacionais e estimulando outras formas de visitação no inverno que tenham baixo impacto ambiental. Diz o The New York Times que a indústria do turismo não está nada contente com a situação, porque há anos a barulheira dos snowmobiles e o cheiro de combustível que exalam vinham sendo a principal maneira de movimentar seu caixa. Os turistas também não estão satisfeitos com as alternativas de passeios de inverno que estão sendo oferecidas, como o passeio num ônibus montado sobre lagartas. Dizem que não é emocionante. Pode até não ser. Mas pelo menos, garante a conservação do Parque.

Por Felipe Lobo
1 de março de 2006

A culpa é nossa

Modificação importante no tom do novo relatório sobre clima que é preparado anualmente pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Até então, o IPCC escrevia nos seus textos que a emissão de poiluentes na atmosfera poderia estar causando o aquecimento da Terra. No próximo relatório, os sábios dirão, garante a BBC, que não há outra explicação possível para o fenômeno a não as emissões de poluentes fabricadas pelo homem. O relatório chega às mãos de chefes de estado de todo o mundo até o fim desse mês.

Por Felipe Lobo
1 de março de 2006

Mais mortes por calor

Na França, na floresta nacional de Vierzon, os técnicos também estão lidando com um problema nunca visto de mortandade de árvores. Desde 2003, 25 mil delas sucumbiram assim, de repente, sem qualquer explicação. Os biólogos acham que a culpa é do aquecimento global. Floresta de pé, informa o Le Monde, é coisa séria na França desde 1850, quando o governo iniciou programas de replantio no país. Delá para cá, a área de árvores no país dobrou e hoje cobre 15 milhões de hectares. A meta anual é reflorestar 40 mil hectares.

Por Redação ((o))eco
1 de março de 2006

Paradoxo ambiental

O The Los Angeles Times tem reportagem mostrando um paradoxo ambiental típico dos tempos modernos. A expansão dos subúrbios californianos sobre as áreas de floresta do estado está também provocando aumento da população de ursos nessas regiões, ao contrário do que se poderia imaginar. O alimento fácil, conseguido nas latas de lixo, é a principal explicação para a presença desses bicões tão próximo do homem. No curto prazo, a notícia é boa. Mas no longo, significa que os ursos estão se afastando de seu modo de vida tradicional, comendo muita coisa que não devem e se chocando com seres humanos, que já pressionam as autoridades para varrer os ursos para bem longe de suas casas.

Por Felipe Lobo
1 de março de 2006