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O prefeito espertinho

Foi-se o tempo em que o prefeito do Rio de Janeiro, César Máfia, desculpa, César Maia, era só o prefeito Maluquinho. Agora ele é tudo que for necessário para ganhar voto ou dinheiro. O alvo preferido dele é a natureza, que não pode abrir a boca para reclamar. O último golpe dele veio à tona no site No Mínimo pelas caneta de Xico Vargas. O decreto que criou a Área de Proteção Ambiental de Marapendi, uma faixa de terra entre o mar e a lagoa na zona oeste da cidade é uma farsa para empreendedor corrupto nenhum botar defeito. →

Por Redação ((o))eco
18 de outubro de 2005

Novo obstáculo

Mais uma ação contra a Petrobras na justiça equatoriana. Organizações ecológicas e científicas entraram com um recurso de Amparo para anular a licença ambiental concedida à empresa brasileira para a exploração de petróleo no Parque Nacional de Yasuni. Elas argumentam que o ex-presidente Lúcio Gutiérrez deu a autorização sem cumprir as leis ambientais do país. Desde junho, a imprensa local questiona a forma como a Petrobras obteve a licença. →

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17 de outubro de 2005

Sorriso da soja

Esta semana, representantes de países europeus que proibiram o plantio e a entrada de produtos transgênicos em seus territórios estão no Brasil para fazer negócio com quem produz soja natural. O objetivo é fechar parcerias com agricultores familiares, que estão sorrindo à toa com a possibilidade de vender soja certificada para a Europa. →

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17 de outubro de 2005

Maior abandonado

O Ibama multou em 150 mil reais as empresas responsáveis por um caminhão-tanque que foi abandonado na rodovia Rio-Teresópolis (Br 116) no dia 10 de outubro. O veículo quebrou e o motorista o largou no acostamento com o tanque cheio de uma carga tóxica usada como combustível em fornos de produção de cimento. Como o químico estava mal armazenado, ele vazou para a estrada e quase contaminou a área do Parque Nacional da Serra dos Órgãos e do Parque Estadual dos Três Picos. →

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17 de outubro de 2005

Lixão

Saíram os números do lixo que a passagem do Katrina deixou em Nova Orleans. Estão no The New York Times. São 22 milhões de toneladas de detritos, mais do que qualquer cidade americana produz em um ano, que vão demandar 3,5 milhões de caçambas de caminhão para serem levadas embora . Essa numeralha não inclui as centenas de barcos, os milhares de carros e os milhões de eletrodomésticos que o furacão espalhou pelas ruas da cidade. Limpar Nova Orleans está sendo considerado um dos maiores problemas logísticos jamais enfrentados pelo homem. E se não acharem um meio rápido de resolver o problema, pode virar um imenso problema de saúde e higiene pública. →

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17 de outubro de 2005

Bobagem perigosa

Lula está metido em nova idiotice internacional. Costura um acordo nuclear com a Venezuela do populista Hugo Chavez. O físico José Goldemberg mostra o tamanho da bobagem. Diz que a Venezuela tem zero de tecnologia a trocar conosco e que a aliança só vai aumentar a desconfiança de outros países em relação ao programa nuclear brasileiro. Ah, a Argentina de Nestor Kirchner também faz parte da confusão. Como as outras iniciativas do governo brasileiro na seara das relações internacionais, não deve dar em nada. A notícia está em O Estado de S. Paulo. →

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17 de outubro de 2005

Em segredo

O governo francês, diz o Le Figaro, decidiu que a empresa de energia estatal não precisa divulgar informações detalhadas sobre seu mais novo reator nuclear, que em princípio será usado para gerar eletricidade. Diz que o assunto recai sob a jurisdição da lei que protege segredos de segurança nacional. A decisão esvazia as audiências públicas que estavam sendo realizadas para discutir o projeto. Se ninguém pode realmente saber do que se trata, não há razão nenhuma para alguém aparecer nelas. →

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17 de outubro de 2005

Menos poluição, menos imposto

Belo exemplo da ex-metrópole para esta nossa ex-colônia. Em Portugal, a partir do ano que vem, o IPVA vai levar em conta o nível de emissões de carros na hora de calcular o valor a ser pago pelo seu proprietário. Quanto menos o automóvel poluir o ar, mais barato será o imposto. A notícia está em O Público. →

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17 de outubro de 2005

Apocalypse, now

Os furacões e terremotos dos meses recentes reacenderam em círculos religiosos conservadores a sensação de que o apocalipse está próximo. Reportagem no The New York Times diz que o tema, junto com o combate ao aborto e ao divórcio, está tomando conta das discussões entre, por exemplo, evangélicos na internet. O tom é fatalista, como se houvesse uma revolta ambiental guiada por Deus que os homens não conseguirão contornar. →

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17 de outubro de 2005

Águas explosivas

Talvez os religiosos estejam certos. Uma notícia no Le Monde diz que há vários lagos na África com gás carbônico e metano diluídos em suas águas. O fenômeno deve-se à natureza, em alguns lugares, e à ação do homem em outros. Pouco importa a fonte, o fato é que de vez em quando os lagos emitem quantidades suficientes de poluentes para matar homens e animais que vivem ao seu redor, como aconteceu nos anos 80 em Camarões. Um desses lagos, em Ruanda, está sentado sobre uma falha para onde um dia está previsto um imenso terremoto com direito a tudo que uma grande catástrofe pode ter, inclusive erupção vulcânica. Num lago cheio de metano e gás carbônico, dá para imaginar o grau do desastre que vai acontecer. Segundo o jornal, cientistas franceses estão propondo método para tirar de lá as duas substâncias e convertê-las para uso industrial. O governo de Ruanda ficou interessado. Entre matar os dois milhões de pessoas que vivem em torno do tal lago de uma vez, num grande terremoto, ou lentamente, pela gradual poluição doar, prefere a segunda hipótese. Quando o desastre vier, provavelmente os burocratas que tomaram a decisão nem mais vivos estarão. →

Por Redação ((o))eco
17 de outubro de 2005