Não vazou

Cerca de 50 cilindros clandestinos de gás CFC 12 (diclorodifluormetano) foram apreendidos nesta terça-feira em Olímpia, interior de São Paulo. Foi a maior apreensão deste tipo já realizada no estado e possivelmente no país, já que ainda não existem registros oficiais do tráfico da substância em território nacional. O CFC 12 é considerado um dos gases mais prejudiciais à camada de ozônio e sua comercialização no Brasil só é concedida a empresas autorizadas. Mesmo assim, sua importação tem data para acabar: 2007, quando expira o prazo estabelecido no Protocolo de Montreal, orientando a substituição do gás, muito usado em equipamentos de refrigeração, por outros menos danosos à atmosfera. “Para agravar mais a situação, os botijões apreendidos eram reutilizáveis, o que torna o gás mais suscetível a vazamentos” esclarece o chefe de fiscalização do Ibama de São Paulo, Luis Antônio Gonçalves de Lima. A Polícia Federal e o Ibama ainda investigam a procedência do produto, mas a suspeita é que tenha vindo do Paraguai pela fronteira, em Mato Grosso do Sul. O motorista da caminhonete que transportava a carga foi multado em R$ 20 mil e está detido na cidade.

Por Redação ((o))eco
12 de abril de 2005

Portal agroecológico

Estreou neste mês de abril um portal que pretende reunir notícias e projetos de agroecologia espalhados pelo Brasil. O GuiaBioAgri está montando um fórum para debates variados e aceita colaboração de pesquisadores, produtores e instituições que estejam interessados em multiplicar o conhecimento da agroecologia – palavra que ganhou o profundo sentido de estudar o desenvolvimento de “agro-ecossistemas ecologicamente equilibrados, socialmente justos e economicamente sólidos”. A iniciativa é resultado de uma parceira entre a Editora Agroecológica, que publica a revista Agroecologia Hoje, e a empresa DoDesign-s.

Por andreia Andreia Fanzeres
12 de abril de 2005

Você viu uma onça?

Organizações que estudam a onça-pintada no Brasil estão em busca de dados sobre a situação do felino. Pedem a quem tiver qualquer informação sobre a onça-pintada na natureza para entrar em contato. O esforço é parte de um levantamento inédito que vai mapear sua distribuição atual, promovido pelo Fundo para a Conservação da Onça-pintada em parceria com o Instituto Pró-Carnívoros, o Centro Nacional de Pesquisas para a Conservação dos Predadores Naturais (Cenap/Ibama) e a ong Conservação Internacional. Ainda em 2005, será realizado um workshop com pesquisadores de todo o país para tratar do assunto. Informações sobre a onça-pintada devem ser enviadas para o e-mail [email protected].

Por Lorenzo Aldé
12 de abril de 2005

Mistério

Os freqüentadores do litoral baiano passaram por maus momentos no último dia 31 de março. Pessoas que estavam na faixa de areia em Cabrália, Porto Seguro e Trancoso sentiram um cheiro estranho e começaram a sofrer falta de ar, dor de cabeça, febre e náuseas. Encaminhadas ao hospital e tratadas com antialérgico e corticóides, os sintomas passaram em um dia. O problema é que o fenômeno é recorrente. Desde 1997, foram vários episódios e centenas de vítimas da estranha intoxicação, cujas causas ainda são desconhecidas.

Por Ana Redação ((o))eco
12 de abril de 2005

Paisagem corrompida

As rápidas alterações causadas pela mão humana aos ambientes naturais estão levando embora cenários preciosos para os amantes de esportes ao ar...

Por Lorenzo Aldé
12 de abril de 2005

Solução errada

Na década de 80 soou o alerta de que gases como o CFCs, usado em ar condicionados e geladeiras, faziam um grande mal a camada de ozônio. Os gases foram substituídos por outros ecologicamente corretos. Pelo menos é o que se pensava. Estudos recentes, conta o Environment News Service (gratuito), mostram que as alternativas adotadas não fazem mal a camada de ozônio, mas contribuem para o aquecimento global.

Por Carolina Elia
12 de abril de 2005

O Japão e as baleias

O Japão quer dobrar o seu programa de pesquisa de baleias, o que na prática significa caçar mais. Pois a maioria dos exemplares que são pescados para pesquisa vai parar nas prateleiras dos supermercados. O plano vai ser apresentado à Comissão Internacional Baleeira em maio, mas não precisa da aprovação dos seus integrantes para entrar em ação. A BBC News lembra que os barcos japoneses já matam anualmente uma média de 400 baleias minke.

Por Carolina Elia
12 de abril de 2005

Bom de ouvido

Para um filhote de peixe, o barulho que o vizinho faz é determinante na hora de se escolher um recife para morar. Eles avaliam se os camarões, ouriços e demais peixes são muito barulhentos e se vale a pena ficar por ali. A estranha conclusão faz parte de uma pesquisa realizada na Austrália, onde cientistas reproduziram diversos sons marítimos em um recife artificial. A história está no The New York Times (gratuito).

Por Carolina Elia
12 de abril de 2005

Hospital da morte

O The New York Times (gratuito, pede cadastro) tem reportagem sobre o trabalho frenético de agentes de saúde internacionais para impedir que o vírus Marburg, espécie de primo do Ebola, transponha as fronteiras do município de Uíge, no interior de Angola, onde ele já matou 193 pessoas. Para tanto, precisam urgentemente fechar o único hospital da cidade. Suspeita-se que foi nele, mais precisamente na UTI pediátrica, que a epidemia começou.

Por Manoel Francisco Brito
11 de abril de 2005

Lixo também é vida

Paul Sammarco, biólogo marinho, está lutando para manter lixo industrial no fundo do mar. Mais especificamente ele quer que ninguém retire dúzias de velhas armações de plataformas de petróleo que afundaram no Golfo do México ao fim de sua vida útil. O governo está pressionando as petrolíferas para “varrerem” do chão do mar estas carcaças. Mas Sammarco acha que seria o mesmo que acabar com um ecossistema. Nas várias armações que ele estudou, conta reportagem do The Washington Post (gratuito, pede cadastro), ao invés de ferros retorcidos viu recifes artificiais explodindo de vida marinha, com corais raríssimos e alguns ocupados por populações de até 30 mil peixes.

Por Manoel Francisco Brito
11 de abril de 2005