Salmão paraguaio

Marian Burros, crítica de restaurantes do The New York Times (gratuito, pede cadastro), desconfiou que havia algo errado com o número de peixarias e supermercados da cidade salmão selvagem – criado nos mares e rios, não em currais aquáticos – aos consumidores. Ela sabia que salmão natural é cada vez mais raro e portanto difícil de ter em estoque. Foi a luta, comprou vários pedaços do peixe em lugares diferentes e mandou tudo para análise. De selvagem, a carne não tinha nada. Toda ela era oriunda de salmões criados em fazendas, e sobre os quais há hoje uma série de suspeitas não apenas em relação ao seu teor nutritivo, mas também à capacidade de sua carne de fazer mal aos seres humanos.

Por Manoel Francisco Brito
11 de abril de 2005

Prontidão

Sessão ontem no Senado brasileiro mereceu destaque na Environmental News Service (gratuita). A reportagem conta que o Almirante da Frota, Miguel Davena disse no comitê de Relações Exteriores da Casa que as Forças Armadas estão preparadas para defender a Amazônia contra inimigos externos. Falta saber quem são eles. Falando no mesmo painel, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, secretário do Ministério das Relações Exteriores, disse que não vê ameaça de internacionalização da Amazônia.

Por Manoel Francisco Brito
11 de abril de 2005

Índio quer dinheiro

Tribo indígena que herdou território perto de Palm Springs, na Califórnia, uma das regiões de terrenos mais caros nos Estados Unidos, está processando o governo americano. Alega que reserva decretada para proteger o carneiro de chifre longo roubou-lhes 17 mil hectares de propriedade. Como não poderão mais fazer lá os projetos imobiliários que pretendiam, dizem que vão perder milhões de dólares. Segundo o Los Angeles Times, querem gorda indenização.

Por Manoel Francisco Brito
11 de abril de 2005

China verde

O governo chinês planeja investir 5 bilhões de dólares por ano na reconstituição de florestas. Só este ano, quer reflorestar 2, 5 milhões de hectares. Mas o objetivo é bem mais ambicioso. A China pretende no espaço de uma década replantar árvores em 76 milhões de hectares. Os números foram passados pela direção da Academia Forestal da China a funcionários do Ministério do Meio Ambiente.

Por Manoel Francisco Brito
11 de abril de 2005

Pedalando

Florianópolis (SC) vai receber de 9 a 13 de abril um encontro nacional de “cicloativistas”. O objetivo é divulgar a utilização de meios não-motorizados na América Latina como alternativa à poluição gerada pelos automóveis. Entre as atividades planejadas estão um passeio de bicicleta pela ilha, no domingo (10), uma palestra no centro da cidade na terça-feira (12) e uma visita a Brasília na quarta-feira (13) para uma reunião com os ministros das Cidades, Olívio Dutra, e do Meio Ambiente, Marina Silva. Mas para Brasília a viagem é de avião, porque cicloativista não precisa ser atleta.

Por Redação ((o))eco
8 de abril de 2005

Bikes em trilhas

A prática de mountain bike nas trilhas do Rio foi proibida, e até os ciclistas se organizarem para reparar a degradação de suas manobras nas...

Por Redação ((o))eco
8 de abril de 2005

Até o caroço

O governo brasileiro vai defender os interesses da indústria pesqueira junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). Em uma reunião em Genebra, dia 13 de abril, o país apresentará uma proposta para aumentar as frotas de pesca oceânica nos países em desenvolvimento. No site da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca – SEAP, está escrito que o objetivo é permitir que países como o Brasil reestruturem suas indústrias pesqueiras dentro dos preceitos internacionais de sustentabilidade. Mas a interpretação deste conceito pelos representantes do órgão é preocupante. Em uma entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM, o subsecretário de Aqüicultura e Pesca, David Lourenço, disse que o estoque pesqueiro “está à disposição do Brasil e, se não for capturado, migrará e outros países farão a pesca”, e finalizou lamentando que “não conseguimos pescar tudo aquilo que as cotas internacionais nos autorizam”. Juntaram a fome com a vontade de predar.

Por Redação ((o))eco
8 de abril de 2005

Preservação e lucro

No dia 12 de abril, em Chapadão do Céu, Goiás, a The Nature Conservancy (TNC) divulga estudo feito ao longo de 4 anos em propriedades rurais da região que adotaram medidas de prevenção ambiental na agricultura. O trabalho constatou aumento de mais de 20% na lucratividade destas fazendas, conseguido graças principalmente à redução do uso de agrotóxicos nas plantações de soja. Entre as práticas ambientais encampadas pelos fazendeiros que participaram do estudo, estão a proteção de matas ciliares, o plantio direto e o manejo integrado de pragas. O projeto foi desenvolvido pela TNC, com o apoio da Agência Rural de Goiás, a Fundação Emas e a Associação Plantio Direto do Cerrado, e seu principal objetivo é descobrir caminhos para reduzir os impactos de atividades agropecuários no entorno do Parque Nacional das Emas, um dos mais importantes do cerrado brasileiro.

Por Redação ((o))eco
8 de abril de 2005

A novela de Barra Grande

A não ser que consiga uma autorização judicial, a direção da usina hidrelétrica de Barra Grande deve demorar ainda 2 meses para saber se o Ibama vai ou não soltar a sua licença de operação. Sem ela, não há como começar o alagamento da barragem. Reunião importante para definir os rumos da obra está marcada para acontecer no dia 19 de abril, em Brasília. Nela estarão presentes, além de funcionários do Ibama, representantes do Ministério Público Federal e dos Ministérios do Meio Ambiente e Minas e Energia. Vão discutir as avaliações técnicas já feitas sobre o Termo de Ajustamento de Conduta assinado entre governo e hidrelétrica, e saber da Embrapa a quantas anda a coleta de material genético das espécies vegetais em extinção que estão na área de alagamento.

Por Redação ((o))eco
8 de abril de 2005

Tudo limpo

Um mutirão formado por líderes do Partido Verde da Assembléia Legislativa, ambientalistas e estudantes vai se reunir para limpar o Jardim Botânico do Rio de Janeiro no domingo, 10 de abril, às 10h. O grupo pretende chamar atenção para o rompimento do contrato da limpeza pela Prefeitura há quase dois meses. O serviço é, atualmente, feito por dez pessoas que recolhem o lixo orgânico somente a cada dez dias. O parque é um dos mais freqüentados pontos turísticos da cidade, com mais de 400 mil visitantes por ano.

Por Ana Redação ((o))eco
8 de abril de 2005