O destino dos lobos

No Meio Oeste dos Estados Unidos, a reintrodução de lobos cinzas nas florestas da região, iniciada há uma década, é um sucesso, diz o The New York Times (gratuito, pede cadastro). A espécie se deu tão bem neste seu retorno à natureza que o governo federal pretende tirá-la de sua lista de animais ameaçados de extinção. Apenas uma coisa continua impedindo isso de acontecer. A falta de acordo entre as autoridades federais e o estado de Wyoming – um dos 3 onde os lobos foram reintroduzidos – sobre um plano de manejo dessa população canina. O governo de Wyoming não quer manejo algum. Defende a tese que qualquer lobo que interferir com humanos pode ser morto à bala. Acha que essa é a única maneira de equilibrar a disputa por espaço entre os homens e os animais.

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

Nova era

No Peru, uma dos maiores paraísos para a mineração no mundo, as coisas estão mudando. Escarafunchar a terra para tirar minérios do chão é atividade que trouxe desenvolvimento à várias comunidades do país, mas elas subitamente passaram a se dar conta que o meio ambiente cobra um preço alto por esse tipo de prosperidade. A maior mina de ouro do país, Yanacocha, operada por consórcio norte-americano, está debaixo de ataque para melhorar suas salvaguardas ambientais – e distribuir melhor os lucros que obtêm com a mineração. Diz reportagem da The Economist (área gratuita) que dependendo do que acontecer com Yanacocha, a indústria peruana de minério pode ficar muito diferente do que é hoje em dia.

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

Façam o que eu digo

O Canadá, cujo governo vende uma imagem de ser amigo do meio ambiente, não se preparou para aderir aos parâmetros de emissão de gases na atmosfera determinados pelo Tratado de Kyoto. O acordo entra em vigor na terceira semana de fevereiro e os canadenses não estão nem perto de conseguir a redução com a qual se comprometeram na época da assinatura. Como lembra a reportagem do Guardian (gratuito), os canadenses reclamaram tanto de chineses, americanos e russos que acabaram deixando seu dever de casa para a última hora.

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

Mapa da fome

O The Wall Street Journal (só para assinantes) diz que a região de Darfour, no Sudão, palco da última grande crise de refugiados da humanidade, está madura para virar a nova estrela da geografia da fome mundial. A guerra civil na região destruiu mais florestas e impediu o tratamento do solo destinado à agricultura. O que se produz é insuficiente para alimentar a população e boa parte do auxílio que vinham recebendo foi desviado para a Ásia, para ajudar as vítimas do tsunami de dezembro passado.

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

Coisa de …

Uma das mais efetivas armas femininas para preparar sua pele para enfrentar as agruras do meio ambiente urbano – o uso de cremes hidratantes – continua encarando baita preconceito entre os homens. Pesquisa feita pela indústria de cosméticos, registrada pelo Guardian (gratuito), diz que 31% dos entrevistados já usaram hidratantes. Mas sem qualquer método ou consistência. Em geral, passam os cremes quando instados por suas mulheres ou namoradas ou quando suas peles começam a rachar de tão seca. Os fabricantes, para tentar incrementar o consumo entre o público masculino, têm uma nova estratégia de marketing para esse tipo de produto. Trocar seu nome por uma letra apenas. Ao invés de hidrantantes, passaram a vender aos homens as Loções H – para machos suaves, mas maiúsculos.

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

Deus nos livre

A China, garante reportagem no Financial Times (área gratuita), está prestes a tornar viável uma tecnologia para reatores nucleares chamada de cama de cascalho. Ela permite que se produza energia a partir de reatores menores, ideais, dizem os cientistas chineses, para utilização em áreas remotamente povoadas. Levando-se em consideração o pouco caso que o governo chinês demonstra em relação a salvaguardar seu meio ambiente, tem gente temendo que a multiplicação dos novos reatores apenas aumentará à vulnerabilidade do país à acidentes nucleares.

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

Foi muito maior

Sismologistas da Universidade de Northwestern recalcularam a força do terremoto que originou o tsunami na Ásia e concluiram que ele foi 3 vezes mais violento do que sugerem as medições feitas logo após o desastre. Segundo a Livescience (gratuito), o novo número ajuda a explicar a força da destruição provocada pelo fenômeno.

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

A guerra dos carros

Houston, cansada do trânsito provocado por carros que quebram no meio da rua, passou lei autorizando qualquer caminhão-reboque que passar por um carro parado na pista a rebocá-lo até o depósito da prefeitura mais próximo. Não é preciso autorização oficial e nem a presença de um policial. Claro, os motoristas-eleitores estão detestando esta medida draconiana. A prefeitura explica que está ficando sem alternativa para abrigar na cidade o crescente número de automóveis. Daí a radicalização no caso do reboque. Houston não tem mais espaço para implementar a medida habitual para enfrentar o aumento do tráfego: construir mais ruas e mais viadutos. No The Wall Street Journal (só para assinantes).

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

Enterro

A British Petroleum, uma das petrolíferas mais preocupadas em reduzir a geração de passivos ambientais, está experimentando uma nova maneira de evitar a emissão de dióxido de carbono – gás que contribui para o aquecimento global - na atmosfera. O método, segundo o The Wall Street Journal (só para assinantes) é heterodoxo. No meio do deserto do Saara, a cerca de 150 quilômetros da habitação humana mais próxima, a empresa está bombeando o gás para debaixo do solo, a mais ou menos 2 quilômetros da superfície. A questão é saber se ele ficará por lá. O governo britânico está animado com a experiência e pensa em incentivar outras companhias de petróleo a fazerem o mesmo. Só que embaixo do mar.

Por Carolina Elia
4 de fevereiro de 2005

Morte no mar

Guardian (gratuito), reportagem dá mais uma razão para o mundo se preocupar com as emissões de dióxido de carbono. Cientistas dizem que ele está aumentando a acidez dos oceanos, matando corais e desencadeando o caos em toda a sua cadeia alimentar. Falam na proximidade de uma catástrofe

Por Carolina Elia
4 de fevereiro de 2005