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Veneno dos céus

Esta aconteceu em Santa Vitória do Palmar, extremo sul do Rio Grande do Sul: um fazendeiro pagou 20 mil reais de indenização a um horticultor da cidade, depois que uma pulverização aérea de veneno errou o alvo e acertou sua lavoura de alfaces. A pronta iniciativa de um fazendeiro naqueles cafundós é inédita. O pessoal da cidade comenta que a indenização foi paga para evitar que o caso fosse denunciado e levado à Justiça, sinal de que alguma forma de consciência ambiental anda se formando por aqueles lados. Taylor José (foto), o dono das alfaces, disse que procurou o fazendeiro depois de notar pequenas manchas sobre as folhas ainda tenras de sua horta: “Quando cheguei na casa dele, encontrei o homem mansinho. Nem discutiu, perguntou quantos pés estavam estragados e pagou tudo, à vista”. Taylor replantou a horta e já está quase pronto para nova colheita. →

Por Redação ((o))eco

3 de março de 2005

Patrão some, lixo fica

Os operários que assumiram o controle da indústria plástica Cipla, de Joinville (SC), receberam do patrão uma herança maldita: estocadas no centro do pátio da fábrica, quase 200 toneladas de materiais tóxicos. São metais pesados, rejeitos da moldagem, classificados como poluentes na categoria ETE1, uma das mais perigosas. O material foi acumulado ao longo de 10 anos, até 2002. Era um segredo de polichinelo – aquele do tipo que todos conhecem. Quando a empresa quebrou e o controle foi passado para os empregados, ninguém sabia o que fazer com a montanha. Para evitar contaminação, os operários ouviram técnicos da FATMA. O conselho foi isolar a área e cobrir o material com uma enorme lona plástica. Para evitar que a chuva dispersasse os rejeitos, os mais perigosos foram colocados em bombonas. A nova administração da empresa está negociando com especialistas para remover o lixo tóxico para fora do estado. →

Por Redação ((o))eco

3 de março de 2005

Incêndio controlado

Um incêndio destruiu 130 hectares na Serra de Itabaiana, no município de Areia Branca (SE). Depois de 24 horas, o fogo foi controlado nesta terça-feira, mas ainda queima na Serra Comprida, bem ao lado. A área é apelidada de Estação Ecológica da Serra de Itabaiana, mas a unidade de conservação não existe no papel. Na verdade, a região é candidata a virar parque nacional, já que se trata de uma área de nascentes e transição dos ecossistemas restinga, cerrado e mata atlântica. A causa do incêndio ainda não foi investigada, mas segundo nota da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, os indícios levam a crer que o motivo tenha sido o clima seco e a escassez de chuvas. →

Por andreia Andreia Fanzeres

2 de março de 2005

Mata preciosa

Cifras rechonchudas para penalizar crimes ambientais no Brasil não são muito comuns, mas desmatar 29,34 hectares de floresta de araucária no Paraná deu um prejuízo de R$ 1,5 milhão para o engenheiro agrônomo Eloi Masur. Esse foi o valor da multa aplicada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) por causa do corte de 2.031 araucárias, 318 imbuias e pela devastação de 3,02 hectares em Área de Preservação Permanente próxima ao município de Irati, a cerca de 150 km de Curitiba. O Instituto informou que a pena foi alta por se tratar de uma vegetação ameaçada e porque o responsável pelos cortes é reincidente. A área está embargada. O objetivo do desmatamento era o cultivo de soja. →

Por andreia Andreia Fanzeres

2 de março de 2005

Personalidade animal

Pesquisadores do Instituto de Ecologia da Holanda decidiram investigar a personalidade dos pássaros selvagens. Cada animal se comporta de uma forma, o que pode caracterizar uma personalidade própria. Se isso for confirmado, é possível que o jeito de ser dos homens tenha haver com o processo de evolução. O The New York Times afirma que →

Por Redação ((o))eco

2 de março de 2005

Evolução motivou a fé

A ciência já deu explicações irrefutáveis para vários fenômenos que os homens no passado creditavam a Deus, mas isso não acabou com a fé. Essa crença em uma força maior virou tema de estudo no Canadá e a teoria defendida pelo pesquisador Todd Murphy é que o processo evolutivo produziu um cérebro propício a acreditar em forças sobrenaturais. O rápido desenvolvimento do cérebro levou o ser humano a questionar da onde ele veio e a morte. Como não encontrou a resposta, criou um Deus. E assim continua sendo até hoje. A hipótese está detalhada no The Guardian (gratuito). →

Por Redação ((o))eco

2 de março de 2005

Moderna volta ao mundo

O milionário Steve Fossett partiu ontem do Kansas, nos Estados Unidos, para tentar mais uma vez dar a volta ao mundo de avião, sem escalas, e sozinho. A viagem deve durar 80 horas e durante esse período o piloto automático só permite que ele dê cochilos de 20 minutos, conta o The Guardian (gratuito). A viagem poderia ser mais rápida, mas Steve não seria reconhecido pela World Air Sport Federation, como explica a Slate (gratuito). →

Por Redação ((o))eco

2 de março de 2005

Mal pensado

Desde os atentados de 11 de setembro, o governo Bush tem desviado dinheiro de pesquisas relacionadas a saúde pública para financiar outras relacionadas a bioterrorismo. Mais de 700 cientistas escreveram uma carta ao Instituto Nacional de Saúde do país acusando o governo de ter aumentado em 15 vezes a verba para estudos sobre anthrax e outros vírus inexistentes nos Estados Unidos. No mesmo período, o dinheiro destinado a pesquisas para combater doenças como tuberculose diminuiu em 27%, diz o The New York Times (gratuito, pede cadastro). →

Por Redação ((o))eco

2 de março de 2005

Rios da Guanabara

Antes mesmo de concluir as atrasadas obras de despoluição da Baía de Guanabara, o governo do Estado propôs ao principal financiador do programa mais uma obra de saneamento básico. Desta vez seriam construídas sete estações de tratamento de esgoto para despoluir os rios que deságuam na Baía. Segundo O Globo, a tecnologia usada seria igual a da Estação Carioca, que há meses não funciona. Os financiadores disseram para os Garotinhos primeiro terminarem a primeira fase do programa de despoluição. →

Por Redação ((o))eco

2 de março de 2005

Faz diferença

A riqueza arqueológica e natural do Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, teria sido saqueada por completo se não fosse o trabalho da arqueóloga franco-brasileira Niéde Guidon. Há trinta anos ela pesquisa os sítios arqueológicos da região e combate grileiros, caçadores e políticos que tratam o parque como um território abandonado pelo Estado. Em reconhecimento ao seu trabalho, Niéde receberá nesta quarta-feira, 2 de março, o prêmio Faz Diferença na categoria Ciência e Meio Ambiente, entregue pelo jornal O Globo a pessoas que se destacam em diferentes áreas no Brasil. →

Por Carolina Elia

2 de março de 2005