O futuro de Veneza

O medo de ver Veneza submersa pode levar o governo italiano a investir 4,5 bilhões de dólares em um plano batizado de Projeto Moisés.A idéia é construir 78 barragens móveis e submarinas no fundo do mar Adriático. Segundo o The New York Times, essas barragens subiriam até a superfície quando fosse necessário barrar marés extremamente altas. O projeto é polêmico, pois ninguém sabe quais serão suas conseqüências ambientais.

Por Redação ((o))eco
22 de fevereiro de 2005

Descaso

Um lago na China está infestado de um tipo de parasita que se infiltra na pele e ataca determinados órgãos. Ele é da família dos shistossomas, um parasita que existe no Brasil, mas a versão chinesa seria mais letal. O pior, conta o The New York Times, é que ele foi encontrado em um lago onde moradores locais lavam legumes e tomam banho. Resultado: quase 80% dos moradores da região estão contaminados.

Por Redação ((o))eco
22 de fevereiro de 2005

Novo terremoto

O Irã foi alvo de mais um terremoto. Tremores de 6,4 graus na escala Richter atingiram o sudeste do país nesta terça feira e mataram 270 pessoas. Mil ficaram feridas. Em dezembro de 2003, a cidade iraniana de Bam foi quase inteiramente destruída por um terremoto. Vinte e seis mil pessoas morreram. No The Guardian há detalhes sobre o novo tremor.

Por Redação ((o))eco
22 de fevereiro de 2005

Ética alimentar

Segundo o Guardian (gratuito) o assunto deixou até o ex-Beatle Paul McCartney irritado. Tão logo ouviu na BBC que Lindsay Allen, nutricionista americano de renome, havia acusado pais vegetarianos de estarem prejudicando a saúde de seus filhos por não lhes alimentar com carne, McCartney, vegetariano há 20 anos, pegou o telefone e ligou para a BBC para dizer que a alegação era “lixo”. Ele não foi o único inglês a atacar Allen, que baseou suas afirmações em estudo que conduziu de crianças africanas que não comiam carne por conta da pobreza de suas famílias. O americano disse que fontes animais de alimentação têm nutrientes que não podem ser encontrados em vegetais e que negá-las a crianças, e mulheres grávidas ou que estão amamentando, é aético.

Por Manoel Francisco Brito
22 de fevereiro de 2005

Para que saber tanto?

Um painel de médicos que aconselha o governo americano em questões de saúde pública fará, em algumas semanas, recomendação para que recém-nascidos passem por um teste de detecção de 29 tipos diferentes de doenças. Algumas delas são tão obscuras que apenas alguns poucos na profissão médica as conhecem. Reportagem no The New York Times (gratuito, pede cadastro) diz que ninguém discute as boas intenções da turma que faz parte do painel. O que se debate é o grau de utilidade de teste tão detalhado. Opositores dizem que de todas as doenças que ele supostamente irá descobrir, somente cinco têm tratamento que conduz à cura. Para as outras, há apenas o tratamento, que às vezes dá certo e às vezes não. Além disso, o fato de haver uma indicação positiva de doença num bebê não significa que ele necessariamente irá desenvolvê-la ao longo da vida. O pessoal que é contra acredita que a maior consequência de exame tão detalhado será a de gerar uma geração de pais estressados?

Por Manoel Francisco Brito
22 de fevereiro de 2005

Vitória de pirro

O The New York Times (gratuito, pede cadastro) diz que finalmente, cinco anos depois de propor o projeto de lei, George Bush conseguirá fazer com que o Congresso aprove a exploração de petróleo no Refúgio de Vida Selvagem no Ártico, um santuário ecológico no Alaska. A briga legislativa em torno desse projeto foi uma das grandes batalhas ambientais dos últimos anos nos Estados Unidos. Mas a vitória de Bush, se acontecer, tem tudo para não ter a menor importância. As petrolíferas fizeram estudos geológicos e concluíram que não há a menor razão econômica para extrair petróleo lá. As reservas que existem na área são pequenas.

Por Manoel Francisco Brito
22 de fevereiro de 2005

Batata quente

O Parque Nacional da Tijuca e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro continuam sem os serviços de limpeza e segurança que eram garantidos por convênio com a Prefeitura. Na sexta-feira, dia 18, o Ibama obteve liminar determinando a volta da Guarda Municipal e da companhia de limpeza urbana (Comlurb) ao trabalho nos Parques da União, mas até agora a decisão judicial não foi cumprida. A Procuradoria Geral do Município confirmou o recebimento da liminar mas diz que cabe aos órgãos municipais estabelecer a data de retorno ao trabalho. A Comlurb espera ordens da Prefeitura, e a Prefeitura diz que quem deve definir isso é a Procuradoria. A confusão começou quando o Ibama decidiu multar a Prefeitura em 500 mil reais por despejar lixo acima da quantidade permitida no aterro de Gericinó, depois que o município de Duque de Caxias impediu o acesso da Comlurb ao lixão de Gramacho. Em resposta, o prefeito do Rio, César Maia, ordenou a suspensão do convênio de limpeza e segurança com o Ibama. Reaberto o aterro de Gramacho, o Ibama nega a multa e a Prefeitura nega a represália (diz que o procedimento é padrão em início de mandato). Nesse jogo de empurra, sobrou lixo e insegurança nos Parques da cidade.

Por Lorenzo Aldé
21 de fevereiro de 2005

Águas vão rolar

O Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), terceira maior ONG de proteção ao meio ambiente do Brasil, assinou no dia 4 de fevereiro convênio com a Petrobrás para seu novo projeto no Pontal do Paranapanema, em São Paulo. Batizado de “Águas vão rolar”, o projeto vai combater o assoreamento e a degradação das matas ciliares do Pontal para recuperar a qualidade da água e favorecer animais ameaçados de extinção. A estatal vai destinar 2 milhões de reais para os trabalhos. Serão restaurados 295 hectares de árvores nativas em 2005. A meta é reflorestar 700 hectares.

Por Redação ((o))eco
18 de fevereiro de 2005