Notícias
27 de setembro de 2005

Recorde

O Guardian também informa que 2005 pode se tornar o ano em que se descobriu o maior número de espécies novas no planeta. Cientistas acreditam que até dezembro mais de 20 mil animais até então desconhecidos devem ser catalogados. De besouros a golfinhos. Para organizar tantas descobertas, foi criada uma comissão internacional para registrar os novos achados. A má notícia é que muitas das espécies são encontradas em locais já degradados.

Por Cristina Matos
27 de setembro de 2005
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18 de agosto de 2004

Crime

Moradores de prédio situado à margem de um dos mais belos cartões postais do Rio, a Lagoa Rodrigo de Freitas, andaram protocolando pedidos na Fundação de Parques e Jardins do município para que passasse a motosserra num grupo de 11 palmeiras que sobem na frente de suas janelas. Não justificaram a razão para os pedidos, mas parece óbvio que elas estavam atrapalhando a vista que alguns dos condôminos gostariam de ter da Lagoa. Todos foram negados. Uma das palmeiras, a mais alta, recentemente exibiu sinais de que estavam tentando assassiná-la despejando óleo em suas raízes. Não se tem certeza do culpado, lembra O Globo (gratuito, pede cadastro), mas todo mundo tem um grupo de suspeitos: os moradores do prédio cujas vistas as palmeiras estão “atrapalhando”.

Por Cristina Matos
18 de agosto de 2004
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17 de agosto de 2004

Perigo

As autoridades americanas, diz o The New York Times (gratuito, pede cadastro), começaram a ficar novamente preocupadas com com reatores nucleares de pesquisa que se utilizam do mesmo tipo de urânio que as armas nucleares como combustível. Há 139 reatores deste tipo espalhados pelo mundo. Um terço deles, graças a um programa iniciado há duas décadas pelos americanos, converteu seu combustível para urânio menos explosivo. Mas os outros, incluindo seis reatores que estão em universidades americanas, continuam como estavam. Teme-se que venham a virar alvo da cobiça terrorista. Em especial os que estão em centros acadêmicos, onde a segurança está longe de ser invulnerável.

Por Cristina Matos
17 de agosto de 2004
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17 de agosto de 2004

A sutileza do vilão

O The Washington Post (gratuito, pede cadastro) acaba de publicar uma série de reportagens sobre a estratégia do governo de George Bush para tirar da frente das grandes empresas quaisquer barreiras ou custos ambientais ao seu negócio. Ao invés de tentar mudar leis, levando adiante uma luta pública contra ambientalistas, ele tem mexido nas regulamentações sobre saúde pública ou meio ambiente, de preferência em dias onde ninguém está prestando atenção, ou faz mudanças sutis, difíceis de perceber. A primeira tática ele usou em relação à tuberculose, doença que voltou a crescer nos Estados Unidos. Regras do departamento do Trabalho, que levaram mais de uma década para serem escritas, obrigavam funcionários de prisões ou hospitais que mantivessem qualquer contato com pacientes de tuberculose a serem testados sobre a doença. No dia 31 de dezembro de 2003, sem qualquer justificativa, a nova regulamentação foi cancelada. A opção pela sutileza foi aplicada à regulamentação que afetava as mineradoras. Nos anos 80, elas desenvolveram técnica de extração que dinamitava os topos dos morros e montanhas em exploração. Além de brutal, a técnica criava novo problema. Onde colocar o excesso de pedras e cascalhos que o método produzia. Em 1999, diante de uma conta que estimava em 1200 quilômetros a extensão de rios aterrados por dejetos da mineração despejados em vales, o governo mudou sua qualificação na regulamentação. Passou a chamá-los de lixo mineral. Com isso, parou com o despejo e a técnica de arrasar topo de morro praticamente sumiu. Reapareceu no ano passado, depois de Bush ter trocado a palavra que qualifica os dejetos de lixo para aterro, coisa que lhes dá o direito, segundo a legislação americana, de serem jogados em qualquer buraco.

Por Cristina Matos
17 de agosto de 2004
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17 de agosto de 2004

Casamento verde

Não chega ainda a ser uma mania, mas já é grande o suficiente para merecer uma reportagem no Guardian Unlimited (gratuito). Na Inglaterra, casais estão fazendo casamentos ecológicamente corretos. Pedem como presente que os convidados plantem árvores. Para quem mora em cidade, estar numa lista de casamento desses era dor de cabeça até pouco tempo atrás. Agora, para socorrer os convidados aflitos, existe a Future Forest, uma empresa que se especializou em dar consultorias à empresas de grande porte sobre ações de reflorestamento. Por 10 míseras libras esterlinas, ela planta a árvore, a fotografa e manda a imagem para o simpático casal com um certificado em nome do sujeito que contratou o serviço. Texto curto. Lê-se em dois minutos.

Por Cristina Matos
17 de agosto de 2004
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17 de agosto de 2004

Mais dementes

A história saiu no The Observer (gratuito) e foi publicada no domingo, 15 de agosto. O número de pessoas com diagnóstico de demência ou de doenças neuromotoras aumentou assustadoramente nas duas últimas décadas. A reportagem se baseia em artigo publicado numa revista de medicina, a Public Health. Seus autores compararam a incidência em 7 países industrializados de gente demente ou com problemas neuromotores entre 1977 e 1997. Viram que os primeiros mais do que triplicaram em número e o grupo onde estão os segundos dobrou de tamanho. Os números têm precisão científica. As causas para tamanha mudança nas estatísticas, nem tanto. A turma que fez a pesquisa acha que a culpa pode estar no aumento da poluição, principalmente química, nos países industrializados. Existem hoje 80 mil produtos químicos industrais. Alguns são pesadamente regulados. A esmagadora maioria, entretanto, não tem qualquer tipo contrôle. A leitura é rápida.

Por Cristina Matos
17 de agosto de 2004