Guerra

Há pelo menos uma década, por esta época do ano, o Texas vira alvo de intenso bombardeio aéreo. A força responsável pelos ataques é formada por milhões de pássaros que pertencem a uma subespécie de meros. As fezes que mandam lá do céu tornam as grandes cidades texanas esteticamente repulsivas e corroem as pinturas de carros e construções, provocando milhões de dólares de prejuízo. Pior, tornaram-se uma ameaça à saúde pública. Mas a culpa é dos homens. A expansão urbana dos últimos 50 anos no estado, ao mesmo tempo que dizimou os predadores dos pássaros, deu-lhes um local de acasalamento privilegiado: os parapeitos de prédios. Neles, os meros se reproduzem sem serem incomodados. As cidades tentam desenvolver baterias anti-aéreas especiais para afugentá-los, mas até agora, as aves continuam ganhando esta guerra. Sua história está contada em reportagem do The Wall Street Journal (só para assinantes).

Por Carolina Elia
19 de janeiro de 2005

Mais óleo em Paranaguá

Exatos dois meses depois da explosão do navio Vicuña, em Paranaguá, o óleo voltou a vazar da carcaça da embarcação, no sábado, dia 15. O novo acidente foi causado pela negligência da empresa Smit Salvage B.V., responsável pela retirada dos destroços. Naquele dia, ela diminuiu o contingente de pessoas de prontidão, encarregadas da contenção do óleo que ainda resta no navio. O Ibama e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) não sabem precisar o tamanho do vazamento, mas dizem que ele foi “considerável”. Os órgãos ambientais resolveram autuar a empresa em R$ 250 mil. Os trabalhos de retirada do Vicuña prosseguem esta semana. No dia 17, foi removida a proa. A próxima parte a ser retirada será o motor (peça mais pesada da embarcação), que fica na popa.

Por Romeu de Bruns Neto
18 de janeiro de 2005

Bem supérfluo?

O Brasil ultrapassou a marca de 65 milhões de linhas de telefone celular. Destes, 80% são pré-pagos. Os aparelhos viraram o meio de comunicação por excelência dos brasileiros, como mostra reportagem da Folha de S. Paulo.

Por Carolina Elia
18 de janeiro de 2005

Pânico

No Chile, alarme falso sobre um tsunami fez com que mais de 10 mil pesoas abandonassem suas casas em pânico e atabalhoadamente em busca de segurança em lugares mais altos. A reportagem de O Globo (gratuito, pede cadastro) conta que uma mulher morreu.

Por Carolina Elia
18 de janeiro de 2005

Tecnologia expiatória

No The New York Times (gratuito, mas pede cadastro) há uma matéria sobre uma rede mundial de radares ultra-sensíveis que captam os mais leves tremores sobre a terra. O sistema foi elaborado para detectar testes nucleares clandestinos, mas sua sensibilidade capta tremores de terra e explosões. A rede percebeu os primeiros sinais sísmicos que resultaram nas tsunamis, mas o que adiantou?

Por Carolina Elia
18 de janeiro de 2005

A favor dos pássaros

A sessão de opinião do Washington Post(gratuito, mas exige cadastro) traz uma carta a favor dos pássaros. O autor é presidente da Fairfax Audubon Society, uma Ong americana de defesa dos animais, e afirma que 80 milhões de americanos são fascinados por pássaros. Ele lembra que a primeira dama dos Estados Unidos, Laura Bush, é um deles e deveria amolecer o coração de Bush para a causa.

Por Carolina Elia
18 de janeiro de 2005

Tsunami no Rio

Um estudo da UFRJ comprova a chegada da tsunami no Rio. O professor Paulo César Rosman, do instituto COPPE, coordenou uma simulação que detectou oscilações de até 1 metro na Baía da Guanabara, ampliadas pelo efeito “gangorra” gerado pelo ir e vir da água entre a Enseada de Botafogo e o Saco de São Francisco, em Niterói. A variação média, no entanto, foi apenas de 20cm, e não pôde ser percebida em mar aberto.

Por Ana Carolina
18 de janeiro de 2005

Já passou

O Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) aprovou o parecer da Agência Nacional de Águas (ANA) que garante que há disponibilidade de água no Rio São Francisco para integrá-lo a bacias do semi-árido. O sim do Conselho, que é presidido pela ministra do Meio Ambiente Marina Silva, abre caminho para o Ibama liberar as licenças ambientais, único obstáculo para o começo das obras. Apesar da resistência dos ambientalistas, o governo federal pretende realizar oito audiências públicas até 2 de fevereiro e começar a construção em abril. A decisão do Conselho já era esperada.

Por Carolina Elia
17 de janeiro de 2005

Desastre próximo

Hoje pode ser um dia triste na história do meio ambiente brasileiro. O Conselho Nacional de Recursos Hídricos, presidido pela ministra Marina Silva, diz se há ou não disponibilidade de água na bacia do rio São Francisco para fazer as obras de transposição que Lula e o ministro da Integração, Ciro Gomes, tanto quer. O Globo (gratuito, pede cadastro) aposta que o Conselho e Marina vão votar a favor. No caso da ministra, não chega a ser surpreendente. Nesses dois anos de governo, o pouco que ela fez não foi nada bom para a natureza. O projeto é condenado tanto por ambientalistas quanto por velhas raposas da política nordestina. A acusação é que ele vai sobre carregar a bacia do rio e, no fim das contas, como acontece em qualquer grande obra no Brasil, os únicos beneficiados serão os empreiteiros.

Por Manoel Francisco Brito
17 de janeiro de 2005

Crimes arqueológicos

A Folha de S. Paulo (só para assinantes) conta que relatório do Museu Britânico acusa tropas americanas de terem destruído as ruínas da antiga Babilônia, no Iraque. O texto diz que tanques esmagaram tijolos e que soldados usaram solo com fragmentos arqueológicos para encher sacos de areia.

Por Manoel Francisco Brito
17 de janeiro de 2005