O Rio descoberto na Austrália
No século XVIII, o Rio de Janeiro recebeu um sem-número de expedições científicas que vinham explorar o Novo Mundo. Na mesma época, a Austrália também atraía pesquisadores europeus entusiasmados com sua riqueza natural. Essa coincidência de destinos fez com que parte do acervo iconográfico sobre o Rio daquele período fosse parar não na Europa, mas em museus australianos. Pedro da Cunha e Menezes — diplomata, ex-chefe do Parque Nacional da Tijuca e colunista do O Eco — dedicou-se a pesquisar museus e instituições na Austrália e voltou de lá com 200 pinturas, aquarelas e desenhos. O resultado, ele mostra no livro O Rio de Janeiro na Rota dos Mares do Sul (editora Andréa Jakobsson), a ser lançado no próximo dia 17 de dezembro, no Espaço Cultural da Marinha. Boa parte do material é inédito. São cenas urbanas, registrando as pessoas e a arquitetura da época, e retratos dos exuberantes recursos naturais de então, a Floresta da Tijuca por todos os ângulos, com suas fazendas, águas, flora e fauna, uma série de pássaros, mamíferos e morcegos, além dos peixes que abundavam na Baía de Guanabara. →