Machos paca

A decisão do governo de Queensland é corajosa. Todas as vezes, em anos recentes, que interesses de conservação se chocaram com populações tradicionais, o meio ambiente levou a pior.

Por Redação ((o))eco
3 de junho de 2008

Virada

O governo de Queensland, na Austrália, quer aprovar legislação que proíbe atividades de pesca de aborígines e pescadores tradicionais em 15 locais. O projeto busca também restringir o uso de equipamentos modernos pelos nativos. Segundo o governo de Queensland, a medida é necessária porque as chamadas populações tradicionais na região estão se comportando de maneira pouco tradicional. Pescam com redes e seu objetivo é comercial. A atividade nada tinha a ver com subsistência.

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3 de junho de 2008

Trocas totais

O que se pretende é que a torre seja o elo de ligação entre as medições feitas, em diferentes escalas, na superfície terrestre, copas das árvores, biosfera, atmosfera e troposfera. Ela fornecerá informações sobre as concentrações de gás carbônico (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) destas diferentes camadas. Segundo o projeto, o objetivo principal deste estudo atmosférico é compreender se a floresta Amazônica está absorvendo gás carbônico e qual é a variação interanual, informações que podem ajudar muito no desenvolvimento de estratégias de redução das emissões causadas pelo desflorestamento.

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3 de junho de 2008

Torre amazônica

Um consórcio entre Brasil e Alemanha pretende instalar a segunda maior torre de medição atmosférica do mundo em plena floresta Amazônica – a primeira está na Sibéria. Com 300 metros de altura, a torre preencherá uma lacuna que hoje existe entre as medições via satélite e medições feitas com pequenas torres ou balões atmosféricos. Se aprovado, o projeto, chamado ATTO: “Torre alta de observação da Amazônia”, terá início entre os meses de setembro e outubro próximos. A torre está orçada em 1 milhão de euros e deverá permitir o monitoramento por 30 anos.

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3 de junho de 2008

No forno

No dia 10 de junho, a Análise Editorial lança o seu segundo anuário de Gestão Ambiental. A publicação se baseia na resposta de 694 empresas, que juntas têm receita anual de 1, 3 trilhão de reais, a um questionário da Análise Editorial. Ela mostra, por exemplo, que cresce o número de indústrias que só contratam fornecedores que praticam a gestão ambiental na sua cadeia de produção.

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3 de junho de 2008

Agenda

Começou nesta segunda-feira na capital paulista a Semana FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) do Meio Ambiente. O objetivo do encontro é mobilizar todas as entidades industriais paulistas em torno dos desafios do setor frente à questão ambiental. O evento vai até o próximo domingo e conta com palestras e debates sobre temas como responsabilidade socioambiental e implicações ao setor industrial, certificações e barreiras ambientais ao comércio, política ambiental do Ministério dos Transportes e os caminhos do Etanol face aos aspectos socioambientais. A programação completa e a ficha de inscrição para as atividades estão disponíveis no site do evento.

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3 de junho de 2008

Aterros irregulares

Quatro municípios paulistas - Mongaguá, Itanhaém, Itapecerica da Serra e Araras - foram autuados pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) nesta segunda-feira por manterem lixões em condições impróprias de funcionamento e inadequados às exigências ambientais. Esta não foi a primeira vez que os municípios tiveram problemas com a CETESB. No decorrer dos últimos anos, a prefeitura de Mongaguá sofreu 12 autuações por disposição inadequada de resíduos sólidos domiciliares. Já a prefeitura de Itanhaém sofreu seis autuações e a de Araras, cinco penalidades; o poder público de Itapecerica da Serra levou multa de cerca de 700 mil reais, todas pelo mesmo motivo. O problema ambiental se torna ainda maior quando considerado que Itapecerica da Serra está localizada em área de manancial, enquanto Mongaguá e Itanhaém são estâncias balneárias. Araras, por sua vez, despeja chorume diretamente em manancial.

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3 de junho de 2008

Boi russo

Enquanto Minc fala em caçar gado na Amazônia, a Rússia informou hoje ao governo brasileiro que voltará a comprar carne de boi in natura e produtos crus de carne bovina do Mato Grosso. Os russos tinham fechado às portas ao produto quando surgiu um foco de estomatite vesicular em Cocalinho (MT), em 15 de fevereiro. As exportações de carne para a Rússia somaram, em 2007, 27,8% do total exportado pelo Brasil, que foi de US$ 3,5 bilhões. Nos três primeiros meses deste ano, a venda do produto para aquele país somou mais de US$ 233 milhões, sendo que a exportação total do agronegócio brasileiro para o mercado russo totalizou US$ 675,5 milhões. Os números são do governo federal.

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3 de junho de 2008

Invertebrados em perigo

A lista de invertebrados ameaçados de extinção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) saltou de 33 para 130 espécies. Os dados foram divulgados na última segunda-feira por meio de um mapa, que apontou a Mata Atlântica como lar da maioria dos insetos, aracnídeos e vermes que compõem a lista. Em relação ao mapa anterior, 14 espécies saíram da lista de perigo. A entrada de novos animais, porém, quase quadruplicou. São Paulo e Rio de Janeiro são os locais mais críticos, com 46 e 41 ocorrências, mas a lista também inclui estados como Minas Gerais, Bahia e Santa Catarina. Segundo o IBGE, a situação mais grave é a de quatro espécies que já entraram na lista do Ibama como extintas: a formiga Simopelta mínima , com habitat na Bahia, a libélula Acanthagrion taxaense, do Rio de Janeiro, e as minhocas Fimoscolex sporadochaetus e Rhinodrilus fafner, em Minas Gerais. A perda de habitat continua sendo o maior vilão da história, diz notícia da Folha Online. Para conferir o mapa, clique aqui.

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3 de junho de 2008

Em tratamento

Após enfrentarem o terremoto que destruiu boa parte da reserva Wolong, na China, oito ursos pandas gigantes foram parar no zoológico de Pequim para se recuperarem do trauma. Conforme noticiou o Guardian, os animais não estão ali ao deus dará. Além de uma dieta recheada de bambus, volta e meia alguém entra para lhes dar um abraço ou fazer brincadeiras. O “tratamento”, dizem os conservacionistas, é para acalmar e amenizar a ansiedade dos pandas, como mostra uma galeria de fotos. Os mamíferos vão permanecer no zoológico durante as Olimpíadas, para que os visitantes se sensibilizem e façam doações para recuperação da reserva Wolong.

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3 de junho de 2008

Rápido e rasteiro

Considerada a terceira maior do mundo, a floresta tropical de Papua Nova Guiné caminha rapidamente para perder este título. Um estudo baseado em imagens de satélites mostra que nos últimos 30 anos as árvores caíram com uma velocidade impressionante. Desde 2001, o ritmo médio da perda de vegetação anual gira em torno dos 360 mil hectares. Se o agronegócio, as queimadas e as madeireiras continuarem se insinuando para as matas da região, os pesquisadores estimam que metade da floresta vá para o beleléu até 2021. O site da BBC traz imagens de satélite que comparam a vasta área verde de antigamente com o que se tornou depois que os 19,8 milhões de hectares foram ao chão desde 1972.

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3 de junho de 2008

Deserto espanhol

País considerado atrativo ao turismo por suas belas paisagens e vilarejos tranqüilos, a Espanha começa a ser palco de uma briga que de bonita não tem nada. O aquecimento global e projetos de desenvolvimento mal feitos têm feito com que trechos do sudeste do país se transformem rapidamente em deserto, o que colocou agricultores e construtores de condomínios frente a frente na luta pelo direito à água. A região da província de Murcia é um exemplo disso, diz notícia do The New Yor Times. Lá, as autoridades locais chegaram a ir para a prisão por terem aceitado propina para autorizar construções em locais que não tinham reservas de água adequada. O Ministério do Meio Ambiente da Espanha estima que um terço da região corre o risco de se tranformar em um deserto, já que a temperatura da superfície do país subiu em média 2,7ºC desde 1980, enquanto o aumento global da temperatura neste período foi de 1,4ºC. Além da briga por água, a conseqüência desse fenômeno é que os proprietários de terras começaram a mudar o status de seus campos para que sejam classificados como “lavoura” - mesmo que este seja um campo de golfe – para receber o recurso, e têm mudado o tipo de espécies cultivadas.

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3 de junho de 2008