Dilema amazônico

As obras para reforma da BR-163 (Cuiabá-Santarém) prometem ser a nova batata quente no colo do governo. Com EIA/Rima pronto, o debate agora recai sobre qual a melhor alternativa para a via: asfalto ou trilhos? Ontem, em audiência pública na Câmara, as opiniões de parlamentares, ambientalistas, Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Departamento Nacional de Infra-Estrutura (DNIT) se dividiram. Estudos mostram que estradas são focos de desmatamento nas regiões que cruzam.

Por Redação ((o))eco
18 de abril de 2008

Fogo no fiscal

Segundo o Ibama, alguns de seus fiscais sofreram atentado nesta quinta à noite em Uruará, no sudoeste do Pará. A tentativa de crime teria ocorrido por volta das 21h, quando os servidores voltavam de uma vistoria em madeireiras da região. Segundo relatos prestados à Polícia, um homem se aproximou de uma das cinco viaturas governistas, despejou gasolina no carro e ateou fogo no veículo. As chamas foram contidas pelos próprios fiscais. O agressor está detido na base da Polícia Federal de Altamira.

Por Gustavo Faleiros
18 de abril de 2008

Camarão, não!

Foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira: está proibida qualquer permissão para instalar empreendimentos de carcinicultura nas unidades de conservação federais e em suas zonas de amortecimento. A única exceção à nova regra será quando a atividade for prevista pelo plano de manejo de alguma área protegida. A Instrução Normativa (número 3), assinada por Marina Silva, objetiva conservar os constantemente ameaçados ecossistemas de manguezais.

Por Gustavo Faleiros
18 de abril de 2008

Fora daqui!

A determinação também atingiu os cultivos de camarão já estabelecidos dentro das unidades de conservação geridas pelo Instituto Chico Mendes – sejam elas de proteção integral ou de uso sustentável. Neste caso, no entanto, o governo vai determinar um prazo para que o empreendimento seja retirado do local e a área restaurada do ponto de vista ecológico.

Por Gustavo Faleiros
18 de abril de 2008

Cidadão indignado

Não foi de um ambientalista de carteirinha, mas sim de um professor e veterinário que partiram os mais duros golpes contra a “parceria público-privada” para cobrir boa parcela do Rio Grande do Sul com lavouras de pinus e eucaliptos. Althen Teixeira Filho é médico veterinário e professor da Universidade Federal de Pelotas, mas considera-se apenas um cidadão ao despejar críticas sobre a condução estatal do zoneamento da silvicultura gaúcha. Tanto que entregou denúncias aos ministérios públicos Estadual e Federal contra um processo que considera ilegítimo e ilegal. Ele pede, entre outras coisas, a saída da presidente da Fepam Ana Pellini e o cancelamento do EIA/Rima da Votorantim. Mais informações apimentadas na sua entrevista concedida à Universidade do Vale do Rio dos Sinos.

Por Gustavo Faleiros
18 de abril de 2008

Anarthia jatrophae

Esta Anarthia jatrophae chegou à capa do Eco graças ao entomólogo Keith Brown, do Instituto Biológico da Unicamp, que identificou a borboleta de...

Por Redação ((o))eco
18 de abril de 2008

À própria sorte

Imagine se o leão, o tigre e seus amigos da floresta resolvessem deixar de comer carne, num pacto de paz entre as espécies. Este é o fio condutor do longa-metragem espanhol de animação “La crisis carnívora”, prestes a ser lançado na Europa. Para tentar pôr fim à matança que ocorre sobre as copas das árvores, os selvagens resolvem fazer um pacto vegetariano, liderado por uma hiena. Mas com o instinto carnívoro à flor da pele, o rei da floresta burla o acordo e vai catar comida no cemitério mais próximo. O site El Mundo mostra um trecho do filme, que também tem seu trailer no site oficial.

Por Redação ((o))eco
18 de abril de 2008

Já começou

Uma das maiores produtoras de arroz no Hemisfério Sul, a região de Deniliquin, na Austrália, amarga uma seca de seis anos que reduziu sua capacidade de produção em 98%. Para os cientistas, o quadro australiano é um dos sinais mais fortes das conseqüências climáticas atuais, e um tira-gosto do que está por vir no setor de alimentos. Conforme ressaltou o New York Times, a crise nas fazendas produtivas pode desencadear conturbações que vão muito além das porteiras. O preço dos produtos tende a subir, podendo gerar protestos e tensões políticas entre países ricos e pobres.

Por Redação ((o))eco
18 de abril de 2008

Preocupação n° 1

Uma pesquisa feita pela Australian National University em seu país sede mostrou que, hoje, a preocupação número um dos australianos é com o meio ambiente. O tema ficou com 19% das lembranças, contra 18% da economia e 7% das taxas de juro e da habitação. Em uma outra sondagem que levou em conta os maiores problemas daqui a cinco anos, os australianos mostraram-se ainda mais atentos às mudanças na natureza: 30% citaram o ambiente, contra 20% da economia. Os resultados indicam que os habitantes do país dos cangurus estão muito à frente dos da terra do Tio Sam, quando o assunto está em pauta. Lá, segundo lembra o site Mongabay, uma pesquisa similar mostrou que apenas 4% dos americanos visualizaram o ambiente como sua maior preocupação. O tema ficou com o sétimo lugar de um ranking composto por oito alternativas.

Por Redação ((o))eco
18 de abril de 2008

Sujos, sujos

Como já faz há alguns anos, o instituto ambiental americano Blacksmith botou em seu site a lista das dez localidades mais poluídas do mundo. A esmagadora maioria dos que ganharam o título está pelas bandas orientais. China, Índia e Rússia conseguiram sozinhas ocupar seis posições do ranking, que explica os motivos de cada região para ter alcançado o topo. Tanto na China quanto na Índia, onde as indústrias pipocam por todo lado, a problemática está principalmente no carvão e nos metais pesados que saem das fábricas direto para as águas. O instituto afirma que para chegar aos resultados usou como critério as ameaças da poluição à saúde da população local.

Por Redação ((o))eco
18 de abril de 2008

Relaxa, mas não muito

Dois estudos publicados na última quinta-feira na revista Science mostram que a humanidade não precisa ficar tão preocupada com a aceleração do degelo na Groenlândia, mas que é bom ficar atento. Um deles traz revelações assustadoras ao indicar que os lagos formados na superfície do manto glacial estão escorrendo rapidamente por fendas em vazões cada vez mais rápidas. Os cientistas sabem que o crescimento da quantidade de lagos que se forma sobre o gelo está relacionado ao aquecimento global e há o temor de que as fendas produzam uma aceleração catastrófica da perda das geleiras, com derretimento de icebergs e uma elevação no nível do mar bem maior do que os 59 centímetros projetados pelo IPCC. O outro, no entanto, avalia que o impacto desse efeito na velocidade de escoamento não é assim tão grande. A conclusão, segundo mostra a Folha Online, é de que, embora o derretimento da superfície tenha efeito na dinâmica do manto de gelo, ele não pode produzir grandes instabilidades que levem ao aumento do nível do mar.

Por Redação ((o))eco
18 de abril de 2008