Contra-ataque

Um grupo de cerca de 200 ambientalistas de São Paulo se reuniu na última quarta-feira para discutir o projeto do "Porto Brasil", previsto para ser construído entre as cidades de Peruíbe e Itanhaém, no litoral sul paulista. No encontro, do qual participaram representantes de 60 entidades, ficou decidida, por unanimidade, a total refutação do projeto. "Criamos um grupo de trabalho que irá decidir nossas estratégias de atuação no combate à execução do Porto Brasil. O projeto é um total absurdo", diz o ambientalista Plínio Melo, um dos organizadores do encontro de quarta. A próxima reunião do grupo de trabalho está prevista para acontecer no dia 28 de janeiro.

Por Redação ((o))eco
17 de janeiro de 2008

“Novo Cubatão”

O projeto "Porto Brasil", do grupo LLX, braço da EBX, de propriedade do empresário Eike Batista, prevê a construção de um mega porto com capacidade para receber até 11 navios e 50 mil toneladas de materiais por ano – cerca de 60% da capacidade total do Porto de Santos, considerado o maior da América do Sul. Além da construção de um grande píer em alto mar, também está prevista a criação do complexo industrial Taninguá, para o depósito e beneficiamento dos produtos. O projeto, que aguarda aprovação do Consema, é tão grande, que o porto já está sendo chamado de "novo Cubatão".

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17 de janeiro de 2008

Mais briga

Além do grupo de Eike Batista, os ambientalistas também estão em disputa com o governo do Estado de São Paulo. Segundo eles, para atender às novas demandas que serão criadas com a construção do Porto Brasil, o governo paulista estaria revendo o projeto de construção da Estrada de Parelheiros. Antigo plano do governo Maluf, a estrada cortaria o Parque Estadual da Serra do Mar para ligar a capital do estado ao município de Itanhaém, pela bacia dos rios Mambu e Branco. Procurada pelo O Eco, a assessoria da SMA também não pôde responder as denúncias.

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17 de janeiro de 2008

Na surdina

Além dos impactos ambientais provocados pela execução dos dois projetos – Porto Brasil e Complexo Taninguá -, ONGs e entidades de ambientalistas denunciam as "manobras" que estariam sendo usadas pelo grupo de Eike Batista para a facilitação do cumprimento do projeto. Como o terreno em que será construído o complexo Taninguá fica em uma área de reserva indígena, a Aldeia Guarani Piaçaguera, a LLX estaria ludibriando os índios com a oferta de casas e fazendas para que eles deixem o local sem criar entraves às construções. A reportagem de O Eco entrou em contato com a LLX, mas a assessoria da empresa disse não poder responder no momento.

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17 de janeiro de 2008

Braços da devastação

O ano de 2007 registrou o maior número de escravos libertados no Brasil desde 1995. Foram 5.877 pessoas livres em 110 operações do Ministério do Trabalho, abrangendo 197 fazendas. O número supera o recorde de 2003, de 5.223 trabalhadores. Os pagamentos de direitos trabalhistas somaram R$ 9,8 milhões. Nos últimos 12 anos, 27.645 pessoas foram libertadas. Os casos ocorrem principalmente no Nordeste e Norte, onde avançam desenfreados a agropecuária e o desmatamento.

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17 de janeiro de 2008

Posse climática

A partir desta quinta-feira o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima deve começar a trabalhar. O grupo, formado por 16 ministérios e pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), será responsável por alinhar as diferentes iniciativas que o governo tem nessa área e, em especial, por orientar a elaboração e implementação da Política Nacional e do Plano Nacional sobre Mudança do Clima. Não custa lembrar que desde fevereiro do ano passado que o Governo Federal vem prometendo apresentar esse plano.

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17 de janeiro de 2008

Poupar nem pensar

Na gritaria revivida sobre as ameaças de Apagão, ganha o mercado construtor de hidrelétricas e termelétricas e perde a sociedade, que não sabe onde encontrar luz no meio de tanta informação desencontrada. O Governo Federal bate o pé dizendo que está tudo bem e puxa a orelha de quem pede economia de energia, coisa comum em qualquer país sério. No fundo, a crise é mesmo de água, escassa por enquanto nos reservatórios e, quem sabe adiante, nas torneiras de brasileiros. Essa, por enquanto, ninguém fala em poupar.

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17 de janeiro de 2008

Despautério

Dois tratores e quatro caminhões que carregavam madeira retirada ilegalmente da Floresta Nacional do Jamari (RO) foram apreendidos por uma operação conjunta entre o Ibama, o Instituto Chico Mendes e o Batalhão da Polícia Ambiental de Rondônia. A notícia ganha em importância porque as toras foram derrubadas na mesma semana em que o governo federal anunciou as empresas concorrentes ao edital de licitação previsto para conceder áreas de manejo florestal na mesma área. Ao todo, cerca de 57 metros cúbicos da matéria-prima estavam nos veículos.

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17 de janeiro de 2008

Lá vem polêmica

Criado por decreto presidencial em novembro de 2007, o Comitê será coordenado por um Grupo Executivo, formado pelo Ministério do Meio Ambiente e outros seis ministérios, além do FBMC e da Casa Civil. Durante a primeira reunião do grupo será discutida a Política Nacional para o tema. Mas ela já deve gerar alguma polêmica. Os técnicos do Meio Ambiente vão botar na mesa uma proposta que deixa o setor energético de cabelo em pé: usar os royalties da exploração do petróleo no combate aos efeitos das mudanças climáticas.

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17 de janeiro de 2008

Saber pampeano

A Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa foi instituída esta semana com a publicação da Lei 11.640/2008 no Diário Oficial da União. A instituição pública federal será sediada em Bagé, no interior do Rio Grande do Sul. Além do currículo normal, ela poderá promover cursos e pesquisas com foco no bioma, um dos mais ameaçados do País, pela agropecuária e pelas monoculturas de eucaliptos.

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17 de janeiro de 2008

Uma viagem

O Ministro do Longo Prazo, Roberto Mangabeira, aportou na região amazônica cheio de idéias na manga. Não satisfeito com a obra bilionária de transposição do Rio São Francisco já iniciada pelo governo, Mangabeira propôs uma nova solução para a seca nordestina: transpor as águas da Amazônia, que a seu ver são “inúteis” na região. Para isso, bastaria a construção de um aqueduto. Após anunciar o desvario, o ministro passou para as outras propostas. Entre elas, uma que visa ao aproveitamento das terras já desmatadas para projetos de agricultura e pecuária em pequena escala. Ou seja, nada de reflorestar onde o leite já foi derramado. O maior desenvolvimento da indústria e mineração também são alvos de propostas do político, que diz estar apoiado na premissa de uma Amazônia sustentável. Os detalhes da viagem de Mangabeira estão no jornal Folha de São Paulo.

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17 de janeiro de 2008

Sem freio

Na época da reunião do clima em Bali, Lula e seus colegas de trabalho saltitaram alegremente com números na mão indicando a queda do desmatamento na Amazônia. Logo depois, porém, viu-se que não era bem assim. As taxas da devastação só faziam subir desde meados de 2007. Agora, o pesquisador Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) confirmou a trágica previsão que estava sob os panos: “(Em 2008) o desmatamento será muito maior que em 2007”, disse, num seminário nos Estados Unidos sobre a região brasileira. Assim como ocorreu em 2004, ano em que o desmatamento foi explosivo, a alta dos preços das commodities devem impulsionar as derrubadas para a criação de áreas cultiváveis este ano. A informação é do Globo Online.

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17 de janeiro de 2008