Bater para remediar

A Ong internacional Friends of the Earth pediu para que os governantes presentes à reunião de Bali digam um sonoro “não” para os biocombustíveis. De acordo com o grupo, os desastres ambientais e sociais causados pela sua produção são inúmeros e não legitimam o furor mundial em torno do tema. Como explicação para o manifesto realizado já na Indonésia, algo irrefutável: propagados como solução para o aquecimento global, os chamados 'combustíveis limpos' são produzidos (em muitos casos) às custas de áreas abertas pelo desmatamento de florestas tropicais.

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29 de novembro de 2007

O bom cerco da natureza

Os amantes de conservação da natureza ganharam recentemente uma nova fonte de pesquisa. É que foi lançado oficialmente o livro “Parques Nacionais da América Latina”, que traz pesquisa e textos do chefe do Parque Nacional de Itatiaia, Walter Behr, e belas fotografias de Luciana Napchan. Ao longo das 200 páginas, o leitor poderá conhecer exemplos bem sucedidos desse tipo de unidade de proteção. Entre os escolhidos estão o chileno Torres del Paine, o argentino Nahuel Huapi e os brasileiros Chapada dos Veadeiros e da Tijuca. Para adquirir um exemplar basta entrar em contato com a autora pelo e-mail [email protected] ou telefone: 0xx11-47770231.

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29 de novembro de 2007

Irrisório

Mesmo com todas as discussões acerca do aquecimento global e os acordos internacionais para reduzir as emissões de gases estufa, o lançamento de carbono dos Estados Unidos só havia aumentado desde 2001. Mas esse acréscimo constante parou, disse um relatório divulgado pelo governo de Bush. Em 2006, a nação liberou 1,5% de toneladas a menos do que no ano anterior, um número bastante inexpressivo considerada a influência histórica americana para as mudanças climáticas. Notícia do Los Angeles Times deixa ainda mais claro o tamanho da ineficiência e da falta de compromissos da terra do Tio Sam quando o assunto é reduzir a concentração de CO2 na atmosfera: comparado aos níveis de emissão de 1990, usados como base pelo Protocolo de Quioto, o aumento superou os 15%.

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29 de novembro de 2007

Correndo contra o tempo

A Indonésia, país que vai receber, em dezembro, os principais líderes mundiais para um rodada de negociações sobre o clima, possui extensos corais. O problema é que a pesca predatória e a poluição, que já degradam o ecossistema da área, acabam de ganhar mais um aliado: o aquecimento global. Reportagem do Planet Ark conta que o acréscimo na temperatura das águas está ajudando a destruir as espetaculares cadeias de recifes no litoral de Sulawesi e Bali, lar de espécies raras. Entre elas estão os peixes pedra e palhaço, este último personagem do filme “Procurando Nemo”. Caso nada seja feito para controlar a situação, afirmam ambientalistas, o arquipélago pode perder muitos de seus recifes já nas próximas décadas.

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29 de novembro de 2007

Parece tabuada

Agora é mais do que oficial. O Brasil não vai aceitar metas obrigatórias de redução das emissões de gases estufa para os países em desenvolvimento nas reuniões de Bali. A afirmação é de Everton Vieira Vargas, subsecretário de assuntos políticos do Ministério das Relações Exteriores, e rejeita a proposta feita pelo PNUD de que as nações do Terceiro Mundo deveriam cortar em 20% seu lançamento de carbono até metade do século. O Itamaraty continua com o discurso de que as metas devem ser estipuladas de acordo com as responsabilidades históricas de cada um. A notícia é da Folha de São Paulo.

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29 de novembro de 2007

Imagem é tudo

Uma das maiores pretensões da Europa é assumir a liderança na luta contra o aquecimento global. Mas apesar de, em parte, já exercer este papel, é preciso fazer muito pela frente para mantê-lo. O recado foi dado pela chanceler alemã Angela Merkel durante o conselho do país para o desenvolvimento sustentável. Em reportagem do site espanhol Ecoticias, ela diz que os países do velho continente precisam reduzir suas emissões de carbono caso desejem permanecer com credibilidade perante as outras nações. Os maiores atacados foram os membros da União Européia que estão longe de cumprir as metas estipuladas pelo primeiro compromisso do Protocolo de Quioto.

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29 de novembro de 2007

Radical e Polêmica V

De Júlio Pieroni Se eu fosse um leigo e lesse tudo que há neste site sobre corrida de aventura, provavelmente estaria convencido de que as...

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28 de novembro de 2007

Supra-sumo

Agora, pérola mesmo está no artigo 44 do texto do parlamentar Homero Pereira. “Art. 44-E Os detentores de imóveis rurais, nos Estados que compõem a Amazônia Legal, a qualquer título, que se cadastrarem nos termo desta lei, usufruirão dos seguintes benefícios: I – cancelamento de multas relativas a eventuais autuações relacionadas a inobservância de cumprimento do código florestal, até a publicação desta Lei;” Anistia pouca é bobagem.

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28 de novembro de 2007

Sugestão ruralista

Já está disponível para quem quiser conhecer uma pérola ruralista: o relatório do deputado Homero Pereira (PR-MT) sobre o projeto de lei 6424 (2005), que altera o Código Florestal. O texto foi elaborado para votação da lei na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. Em seu substitutivo, o parlamentar aceita todas as sugestões feitas pela bancada ruralista de liberar a recomposição de reserva legal na Amazônia com espécies exóticas, como dendê, teca, eucalipto e cacau. Além disso, propõe que produtores não tenham mais a obrigação de fazer o plantio de árvores no mesma bacia em que houve a degradação.

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28 de novembro de 2007

Tiro pela culatra

Não por mero acaso, o relatório de Pereira exclui todas as sugestões que vieram do Ministério do Meio Ambiente. Não custa lembrar, que os ambientalistas da Esplanada viram na alteração do Código Florestal a chance de introduzir algumas medidas de controle e por isso sentaram na mesa dos ruralistas. Mas o relatório não acatou a sugestão de criar uma moratória de um ano ao desmatamento em regiões já degradadas. O texto também sustenta que não serão precisos estudos de paisagem (considerados importantes para a conectividade de áreas preservadas) para a definição de áreas de reserva legal.

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28 de novembro de 2007

Economia da degradação

As alterações têm como alvo a chamada Zona 1 do ZEE acreano, que ocupando um quarto do estado. É lá onde estão propriedades rurais de todos os portes, projetos de assentamentos e pólos agroflorestais. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a proposta do Conama “pretende levar ao melhor aproveitamento econômico de áreas já degradadas”, e ficariam excluídas Áreas de Preservação Permanente, corredores ecológicos e outras áreas com valor ecológico. Quer dizer, um ótimo desestimulo a recomposição florestal de áreas degradas.

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28 de novembro de 2007

Redução aprovada

Não bastasse o apoio velado do Ministério do Meio Ambiente e de algumas Ongs às negligentes alterações ao Código Florestal propostas pelo PL 6424/2005, do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) sinalizou nessa terça que pode baixar o nível de proteção ambiental no Acre. Para o estado da ministra Marina Silva, o conselho recomenda uma redução de 80% para 50% da reserva legal nas regiões submetidas ao Zoneamento Ecológico-Econômico Estadual, aprovado em dezembro do ano passado pela Assembléia Legislativa.

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28 de novembro de 2007