Prevenção

O Instituto Estadual de Florestas do Rio de Janeiro investirá no salvamento e prevenção de acidentes no Parque Estadual da Serra da Tiririca, nos municípios de Niterói e Maricá. Um plano foi elaborado em parceria com o Corpo de Bombeiros e o Clube Niteroiense de Montanhismo. Cerca de quatro mil montanhistas visitam a unidade de conservação todo mês.

Por Redação ((o))eco
15 de agosto de 2007

Revelação

Duas expedições realizadas este ano mostraram que a região entre os rios Purus e Madeira pode ser considerada a mais biodiversa entre todas as divisões ecológicas da Amazônia. E é, ao mesmo tempo, uma das menos exploradas pelos especialistas. Ao longo de meros três meses (abril, maio e julho), os cientistas que fizeram parte da empreitada encontraram pelo menos quatro novas espécies de aves, três de mamíferos e outros aracnídeos desconhecidos. A riqueza biológica, no entanto, está em perigo. Os projetos de pavimentação da BR-319 (que liga Porto Velho a Manaus) e a construção de um gasoduto entre Urucu (AM) e Porto Velho passam pela área e são sérias ameaças à perpetuação da biodiversidade nos cerca de 40 milhões de hectares. Isso sem contar com as hidrelétricas do rio Madeira. A notícia é da Folha de São Paulo.

Por Redação ((o))eco
15 de agosto de 2007

Esforço

O Rio Pinheiros, no estado de São Paulo, receberá em breve um sistema de flotação para a limpeza de suas águas. A operação estava impedida de se realizar por uma decisão judicial, que foi contornada através de um acordo entre o governo de São Paulo e o Ministério Público. A técnica ainda é um pouco controversa porque forma flocos de poluição, que são retirados. Há quem diga que a medida não passa de tratamento estético. Também segundo a Folha, a secretária de Saneamento e Energia do estado, Dilma Pena, disse que durante os seis primeiros meses de trabalho será feito um teste, assim como um estudo de impacto ambiental. Neste período, 10 metros cúbicos por segundo de água passarão pelo tratamento. Caso dê certo, o montante passa para 50 m3/s e pode ajudar a gerar mais energia na usina Henry Borden e aumentar a disponibilidade de água para consumo humano em Guarapiranga e Billings.

Por Redação ((o))eco
15 de agosto de 2007

Impróprio para consumo

O despejo de água poluída num rio na cidade de Chongan, na China, causou a morte de aproximadamente quarenta toneladas de peixes. Notícia do Planet Ark afirma que oitenta oficiais do governo avisaram de casa em casa para os moradores não consumirem ou comercializarem as espécies, provavelmente contaminadas com flúor, fosfato e arsênio jogado por indústrias localizadas na beira do curso. Problemas do tipo têm se repetido com freqüência no país, apesar dos esforços do governo para diminuir a poluição das fábricas, responsáveis pelo frenético crescimento econômico chinês.

Por Redação ((o))eco
15 de agosto de 2007

Cercando nuvens

Uma grande cerca construída em 1907 no Oeste da Austrália para impedir que coelhos (uma praga por aquelas bandas) invadissem a zona rural do país tem sido alvo de diversos estudos. Tudo porque a grade, ao invés de segurar apenas os animais, também interrompe a passagem da vegetação nativa. Com isso, um estranho fenômeno acontece: enquanto o céu acima da mata é rico em nuvens, na faixa agrícola ele permanece constantemente limpo e azul. Os pesquisadores trabalham com algumas teorias, que levam em conta temperatura, dinâmica atmosférica, cor das folhas e gases aerosóis. Ainda não chegaram a uma conclusão definitiva. A notícia é do The New York Times.

Por Redação ((o))eco
15 de agosto de 2007

Ingresso verde

Em entrevista para a revista americana Grist, o músico John Buttler, nascido na Califórnia e naturalizado australiano, contou algumas das medidas tomadas por ele e sua banda (o John Buttler Trio) em favor do meio ambiente. Buttler lembrou que sua última turnê pelos Estados Unidos foi realizada com dois ônibus movidos a biocombustível e a produção teve grande preocupação em reciclar tudo o que era possível nos bastidores. Nos shows na Austrália, eles ofereceram a possibilidade dos fãs comprarem um ingresso verde, que garante a neutralização das emissões de carbono de seus compradores no caminho até o show. “Nós realmente queremos deixar as pessoas saberem que eles podem fazer uma opção pela causa”, diz ele.

Por Redação ((o))eco
15 de agosto de 2007

Novo olhar

O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, disse ao jornal O Estado de São Paulo que a próxima fase do plano de combate ao desmatamento do governo não vai mais se concentrar tanto nas ações de repressão, mas investir também em alternativas econômicas para a floresta. “A fiscalização tem que ser a exceção”, diz ele. A idéia é estimular a comercialização de produtos beneficiados a partir da matéria-prima local, como móveis, artesanato, doces e geléias. “Só fornecer matéria-prima é muito pouco; queremos transformar a Amazônia numa exportadora de produtos manufaturados”, explica. O climatologista Carlos Nobre, que prepara uma avaliação independente do plano, tem um pezinho atrás. “Não há uma base de ciência e tecnologia para aproveitar a biodiversidade da Amazônia. É um esforço que caminha a passo de tartaruga.”, diz ele.

Por Redação ((o))eco
15 de agosto de 2007

Mesma tecla

Pesquisadores que participaram do primeiro dia do seminário técnico-científico sobre as atuais taxas de desmatamento, em Goiás, notaram que o governo federal ainda dá todo credito das recentes reduções às ações de fiscalização. Ou seja, a debilidade do agronegócio na safra passada parece ser ignorada.Nas apresentações do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama, nenhum dos dois fez uma análise profunda sobre o desmatamento e o ritmo da economia na Amazônia. A apresentação da Embrapa foi a única a mostrar que pelo menos na última safra, as atividades agrícolas não ocuparam novas áreas. A análise da Embrapa foi baseada em estudos na região de Santarém, no Pará.

Por Carolina Elia
15 de agosto de 2007

Tocando na ferida

Nesta quarta-feira, as análises sobre as causas da redução do desmatamento vão se tornar mais densas no seminário organizado pelo governo, em Goiás. Vão ocorrer apresentações de institutos de pesquisa independentes, como o Imazon, e de ONGs que trabalham com o pacto pela soja sustentável na Amazônia. Os dados mostram que há razão para se preocupar com a recente retomada de fôlego do agronegócio.

Por Carolina Elia
15 de agosto de 2007

Em retirada

A Polícia Militar cumpriu na semana passada a ordem judicial de reintegração de posse de Linharinho, no município de Conceição da Barra, no norte do Espírito Santo. Desde o dia 23 de julho, a área, de propriedade da Aracruz Celulose, foi ocupada por quilombolas, que se diziam donos da terra. A saída dos invasores foi considerada tranqüila. A empresa vai precisar de quatro dias para retirar toda madeira cortada indevidamente no local.

Por Carolina Elia
14 de agosto de 2007

Escravidão no parque

Uma operação concluída na semana passada envolvendo Ibama e Polícia Federal apreendeu motosserras, material para topografia, facões, foices, correntes e lâminas dentro do Parque Nacional dos Campos Amazônicos, na divisa entre Rondônia, Amazonas e Mato Grosso. Três caminhões toreiros e uma madeireira foram autuados porque não comprovaram a origem da madeira com que trabalhavam. A empresa também perdeu sua licença para executar o plano de manejo, que na prática acontecia no interior da unidade de conservação. Na linha de frente do desmatamento na área os agentes encontraram trabalhadores em condições análogas à escravidão, que recebiam cerca de vinte reais por hectare colocado abaixo e ainda precisavam pagar pelos equipamentos usados e alimentação.

Por Redação ((o))eco
14 de agosto de 2007

Muita calma nesta hora

Mais uma organização convidada a participar do seminário montado pelo Ministério do Meio Ambiente em Goiás para analisar dados referentes ao desmatamento da Amazônia deixou claro que ainda é cedo para comemorar quedas nas taxas de desflorestamento. Para a WWF, os índices acumulados no governo Lula são alarmantes. “No primeiro mandato, foram desmatados cerca de 85 mil km quadrados. Comparado aos governos anteriores, esse número ainda é recorde” afirmou em carta aberta.

Por Redação ((o))eco
14 de agosto de 2007