Ação por um Acre sem fogo

Os ministérios públicos Federal e Estadual do Acre moveram uma ação civil pública para que, a partir de 2011, não sejam mais permitidas queimadas florestais e de pastagens em todo território do estado. A ação, divulgada hoje (14), envolve todos os órgãos encarregados de elaborar políticas públicas e realizar a fiscalização ambiental no Acre, como Ibama, Instituto Chico Mendes (ICMBio), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o governo estadual. O Ministério Público já havia sugerido a adoção de medidas que minimizassem o uso do fogo e seus impactos na Amazônia acreana, mas não obteve sucesso, por isso a ação agora impetrada.Do Instituto de Meio Ambiente do Acre, por exemplo, a ação pede que seja negado, a partir de 2011, qualquer tipo de autorização para queima em todo o território do Estado. Ao Incra o pedido foi de que o Instituto preste, entre 2009 e 2011, suporte técnico a todos os assentados. Ao Estado do Acre a ação determina que, entre 2009 e 2011, sejam disponibilizadas políticas públicas a todos os produtores rurais para garantir a eles a produção agrícola de subsistência por meio de técnicas alternativas ao fogo. Ao ICMBio, o pedido foi que que o órgão realize fiscalização efetiva das queimadas ocorridas e realize a devida punição.Como trata-se de uma ação com pedido de antecipação de tutela, o que os procuradores almejam é eliminar, imediatamente, a prática de queimadas, com imposição de severas multas para quem desobedecer as regras. Vale lembrar que em 2005 o Estado do Acre sofreu o maior incêndio florestal de sua história, quando o fogo consumiu 250 mil hectares de floresta. A ação ainda será analisada. O Blog da Amazônia, do jornalista Altino Machado, traz mais informações sobre o assunto. Confira.Leia maisRisco de incêndio

Por Salada Verde
14 de abril de 2009

Rios investigados por satélites

Uma parceria entre a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento da França pode levar mais hidrelétricas à Amazônia. A partir deste ano, os rios da região serão monitorados por sinais de radares em órbita. Depois, os dados serão cruzados com a velocidade do leito e a profundidade local para determinar o volume de água. O principal objetivo, segundo reportagem do Globo Amazônia, é analisar o potencial para plantar novas usinas. Não custa lembrar que é justamente na maior floresta tropical do planeta onde estão os rios com altos potenciais de barramento, enquanto estudos ambientais são raros por lá.

Por Salada Verde
14 de abril de 2009

Ação corretiva, não preventiva

A chuva que castiga o Acre desde o início de abril já fez o nível do rio que dá nome ao Estado subir 15,43 metros, chegando quase à sua marca histórica, alcançada em 1984, quando as águas atingiram 16,13 m. Dez bairros da capital, Rio Branco, entraram em “situação de emergência” ontem (13) e o poder público se mobiliza para atender as famílias desabrigadas.  As ações emergenciais do governo estampam as páginas dos jornais acreanos, mas o que quase ninguém tem dado importância é para o fato de que a degradação ambiental na região tem grande importância no agravamento deste quadro.  Desmatamento de encostas, ocupação irregular em áreas sabidamente alagadiças e despejo de lixo e esgoto não tratado no leito do rio e igarapés são apenas algumas deles.

Por Salada Verde
14 de abril de 2009

Prejuízos em vários níveis

Além dos danos ao meio ambiente e à população, as enchentes na região de Rio Branco também trouxeram prejuízos à política ambiental  acreana. O 2º Acre Ambiental, evento que reuniria durante quatro dias governo, instituições ligadas à preservação do meio ambiente e os prefeitos de todos os municípios do Estado em discussões ligadas ao tema, foi cancelado ontem (13), em função das cheias dos rios.  O evento estava previsto para começar hoje. Ainda não há uma nova data para sua realização.

Por Salada Verde
14 de abril de 2009

Surfista midiático

Ele já foi chamado de Carlos Mídia e de Morcego Verde pelo grande apreço às páginas de periódicos e espaços na telinha. Agora, o ministro do Meio Ambiente quer lançar em nível federal um projeto semelhante ao programa Nas Ondas do Ambiente, lançado por ele próprio em 2007, quando era secretário estadual de Meio Ambiente do Rio de Janeiro. O programa é veiculado por rádios comunitárias e pretende a capacitação de professores e alunos de escolas públicas na produção de spots de rádios com conteúdo ambiental. Segundo o ministro, o governo enviou ao Congresso um projeto de lei que regulariza rádios comunitárias. Assim, poderão receber dinheiro para a veiculação de campanhas públicas ambientais.

Por Salada Verde
14 de abril de 2009

Nativas por eucalipto?

Com a sanção do "Código Ambiental" catarinense pelo governador motosserra Luiz Henrique da Silveira, alguns veículos endossaram a medida ilegal veiculando o xororô de pequenos agricultores ávidos para desmatar o que lhes resta de verde. Carlos Minc prometeu até cadeia para quem desmatar margens de rios e outras áreas protegidas pela lei federal. Até podem existir casos onde "pequenos produtores" compraram ou ocuparam lotes em áreas parcial ou totalmente bloqueadas pela legislação, enquanto outros querem desmatar para agricultura, inclusive para lavouras de eucaliptos, como ocorre em Itaiópolis (SC), como na imagem acima. Esperam lucrar depois de alguns anos com a venda da madeira exótica, herdando a terra pobre e cheia de tocos que essa prática deixa.

Por Salada Verde
14 de abril de 2009

Novas exigências para termelétricas

O Ministério do Meio Ambiente informou ontem que as licenças de operação para novas usinas a carvão ou diesel, já responsáveis pela emissão anual de 14 milhões de toneladas de CO2, dependerá do plantio de árvores. A medida vale também para renovação de licenças. Estimativas oficiais apontam que uma usina capaz de gerar 100 MW/h, operando durante um quarto de ano, deve plantar até 600 árvores. A medida seria publicada hoje no Diário Oficial da União. Não foi.

Por Salada Verde
14 de abril de 2009

Prévia para Belo Monte

A estatal Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás) pediu ao Ibama a licença prévia para a polêmica usina de Belo Monte, no Rio Xingu. A obra é prevista para os municípios paraenses de Altamira, Vitória do Xingu e Brasil Novo.

Por Salada Verde
14 de abril de 2009

Código Ambiental de SC é sancionado

Luiz Henrique da Silveira, governador de Santa Catarina, tinha seis meses para sancionar para o novo Código Ambiental do estado. Não precisou sequer de quinze dias. Nesta segunda-feira pela manhã, o político assinou o documento aprovado pela Assembleia Legislativa no município de Campos Novos, um dos principais pólos agropecuários da região. Segundo a assessoria de imprensa do governo, Silveira não teme os possíveis processos judiciais contra a decisão. "Nós estamos dando um exemplo ao Brasil, que precisa ouvir o recado dos Brasis e ver que ele não pode ser governado apenas de Brasília", disse durante o discurso. Agora, o Partido Verde entrará com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a nova determinação que, entre outros absurdos, diminui as matas ciliares de trinta (como determina o Código Florestal brasileiro) para cinco metros, dependendo do tamanho da propriedade.

Por Salada Verde
13 de abril de 2009

Consumo inconsciente

O ‘Cientistas do Brasil’, programa que estréia nesta terça-feira, às 23:10, na TV Cultura, o climatologista Carlos Nobre dá um recado: é necessário mudar radicalmente os padrões de consumo da humanidade. Além disso, o impacto do aquecimento global na agricultura, as conseqüências do desmatamento da Amazônia para as mudanças climáticas e o derretimento do Pólo Norte também entraram na pauta da edição. A jornalista Mônica Teixeira recebe o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, e o botânico Marcos Buckeridge, do Instituto de Biociências da USP.

Por Salada Verde
13 de abril de 2009