Sai um, entra outro

Como O Eco adiantou no início de fevereiro , Antônio Carlos Hummel assume mesmo o cargo de diretor do Serviço Florestal Brasileiro, substituindo Tasso Azevedo. Sua posse será amanhã (7), em Brasília. Saiba mais:Deixando o Serviço Florestal Brasileiro Reintrodução deveria ser centro do debate Preparem os anzóis Animais contra a fome

Por Salada Verde
6 de abril de 2009

Três boas idéias do leitor

O leitor Paulo Saponga teve ótimas idéias comentado nota de O Eco sobre Educação Ambiental? Como correta aplicação de políticas educativas, sugere colocar na grade curricular a Educação Ambiental como matéria obrigatória,nos mesmos moldes da Educação Artística, Educação Física, Geografia, História e outras; criar a Justiça Ambiental, semelhante à Justiça do Trabalho; e ainda criar uma Loteria Ambiental, como já existe uma loteria dos clubes. “São propostas para que o Meio Ambiente seja respeitado, caso contrário faremos reunião para marcar outra reunião”, disse.

Por Salada Verde
6 de abril de 2009

Animais na telinha

Preocupado com a exibição excessiva ou torta de animais em programas televisivos, reportagens e na publicidade, O Ibama/SP lançou uma série de propostas para melhorar esse relacionamento, evitando multas de até R$ 500 mil para emissoras e desincentivando o comércio e tráfico. Conheça aqui as sugestões do órgão federal.

Por Salada Verde
6 de abril de 2009

O declínio da vida no Iguaçu

Em reportagem do dia 2, O Eco mostrou que a população de onças caiu vertiginosamente na áreas de parques nacionais brasileiro e argentino na região do Iguaçu. E não apenas o grande felino vem desaparecendo nos últimos dez anos, também queixadas (Tayassu pecari) e catetos (Tayassu tajacu). É o que mostra estudo feito pelos pesquisadores Fernando Cesar Cascelli de Azevedo e Valéria Amorim Conforti, ambos ligados à não-governamental Pró-Carnívoros. Como soluções, recomendam esforços para se reduzir o trânsito de veículos e a caça ilegal dentro do parque nacional mais visitado do país. Em entrevista concedida no início deste ano ao site H2Foz, o diretor do parque Jorge Pegoraro informou que a arrecadação de dinheiro pela área protegida federal vem da cobrança de ingressos, de taxas de filmagens e de concessões a serviços privados, como o de hotelaria. Ano passado, ficou em torno de R$ 12 milhões. Cerca de um quarto da receita retorna à unidade de conservação. Ele considerou os recursos "insatisfatórios pela atual administração para a implementação de projetos ambientais (entorno), pesquisas e proteção da unidade".  Saiba mais:Tragédia anunciada no Parna do Iguaçu

Por Salada Verde
6 de abril de 2009

Não sou pró-carvão

Na edição desta semana da revista Época, a senadora Ideli Salvatti (PT/SC) nega (de novo) que seja lobista do carvão. Quando assumiu a presidência da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas no Senado, em março, também presidia a Frente Parlamentar em Defesa do Carvão Mineral. E carvão é um dos combustíveis que, quando queimado, libera gases que ampliam o aquecimento do planeta. “Não posso ter preconceito ao carvão. Em primeiro lugar quero colocar que o carvão existe e faz parte da nossa matriz energética. Inclusive não há, no Plano Decenal de Energia do Ministério de Minas e Energia, nenhuma intenção de eliminar esse combustível da nossa matriz energética. Por isso nossa tarefa é fazer com que o carvão tenha a utilização mais adequada. Meu Estado tem carvão, e ele é uma questão importante na economia de Santa Catarina. O carvão gera empregos em nosso Estado”, disse à revista.

Por Salada Verde
6 de abril de 2009

Braços abertos à poluição

Salvatti está correta quando citou que o Plano Decenal de Energia do Ministério de Minas e Energia não pretende eliminar o carvão da matriz energética nacional. Quer, aliás, mandar ainda mais sujeira para a atmosfera. O Estado de S. Paulo comenta hoje que pelo menos 40 termelétricas movidas a óleo ou carvão estão projetadas para o Nordeste, região que mais deve sofrer com as mudanças climáticas. É o desenvolvimento sujo e sem criatividade patrocinado pelo governo.

Por Salada Verde
6 de abril de 2009

Semana do (de)gelo

Na animação acima: ´Wilkins Ice Shelf' é ligada ao continente pelas Ilhas Chacot e Latady. O centro negro das imagens indica o derretimentoA semana está começando com muitas notícias preocupantes sobre o ritmo de derretimento das calotas polares do planeta. A Agência Espacial Européia divulgou imagem de satélite que mostrou o colapso de uma ponte de gelo que havia entre a península Antártica e a placa de Wilkings.  Esta geleira, localizada no lado oeste do continente, tem o tamanho da Jamaica e está reduzindo desde os 1990s. A avaliação de cientistas é de que a quebra da ponte pode ter sido o sinal do colapso, ou seja a placa vai se despregar do continente. Também nesta semana, estudo da Universidade de Washington (Leia Aqui) revela que o Ártico deverá ter verões sem gelo já nos próximos 30 anos, ritmo três vezes mais rápido que o esperado. 

Por Salada Verde
6 de abril de 2009

Fora de sintonia com a conservação

Usando os dados que lhe convêm e ignorando a necessidade global de se recuperar e manter todas as florestas possíveis frente aos perigos concretos do aquecimento global, o presidente do Sindicato Rural de Joinville (SC), Jordi Castan, publica hoje um artigo no jornal A Notícia defendendo o polêmico “Código Ambiental” aprovado pela Assembléia Legislativa de seu estado. Chama o ecologismo e juvenil e romântico e atesta que o fato da maioria dos brasileiros residirem em cidades  seria motivo para um descolamento entre as realidades urbana e rural, como se a primeira jogasse na segunda a responsabilidade pela preservação. Assim, ele procura criar uma dicotomia conservacionista, como se todos, em qualquer região do país, não estivessem diretamente envolvidos com a necessidade de se cumprir a legislação e proteger o meio ambiente.Também usa dados oficiais estaduais questionáveis para mostrar que quase 42 % do território catarinense seria coberto por “floresta nativa” e afirmar que ninguém quer desmatar um metro a mais. Curiosamente, isso é justamente o que o “Código Ambiental” defendido por ele promete: mais devastação. E os números são bem superiores aos verificados pelo Inpe e SOS Mata Atlântica, que apontam menos de 24% do estado com matas nativas.   Santa Catarina e Paraná realmente abrigam os maiores remanescentes de Mata Atlântica, mas a desculpa velha de que a preservação inviabiliza pequenos produtores não cola mais. Cabe aos governos criar mecanismos para viabilizar a produção sem mais desmatamento e sem demagogia.

Por Salada Verde
4 de abril de 2009

Catarinenses miram na Mata Atlântica

Não por acaso, os catarinenses parecem querer acabar também com o que resta de Mata Atlântica. A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou essa semana um projeto de lei do deputado federal Celso Maldaner (PMDB/SC) que permite ao “pequeno produtor rural” derrubar árvores primárias para uso próprio. Isso o Código Florestal Brasileiro permite, no entanto, a proposta também dá espaço, “em caráter excepcional”, ao corte de matas em recuperação, inclusive em campos de altitude. É a moda de se levantar questões sociais associadas à pequena produção para, assim, permitir a devastação das florestas e outras formações.

Por Salada Verde
4 de abril de 2009