O Supremo Tribunal Federal deve, finalmente, retomar o julgamento do imbroglio sobre a presença de não-índios dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, no norte de Roraima. Até agora, o placar está favorável aos nativos. →
Funcionários da FMC Agricultural Products registraram o Cerrado em 86 cliques reunidos no livro Olhos do Cerrado. A publicação traz várias imagens do ameaçado bioma, de plantações de soja, cachoeiras, animais e flores, e outras como esta acima, onde um avião para aplicação de agrotóxicos sobrevoa uma lavoura próxima à mata nativa. Segundo nota da empresa de inseticidas, herbicidas e fungicidas, o objetivo foi "gerar estímulos para que os profissionais sejam sempre capazes de gerar idéias cada vez mais criativas e inovadoras". Além disso, destaca que "a maior riqueza do trabalho não está, sobretudo, na beleza que o Cerrado tem para mostrar, mas na forma inspirada como cada um o vê e sente, e que resultou em imagens tão belas". →
A Amazônia, todos sabem, é considerada uma das maiores "esponjas" naturais de carbono de que se tem notícia. Uma árvore adulta na maior floresta tropical do globo terrestre, por exemplo, chega a sequestrar em sua biomassa cerca de 120 trilhões de quilos de carbono. Não tem idéia do que isso significa? Bom, é muito. Pelo menos é o que diz o relatório Sensibilidade à seca da floresta Amazônica (em tradução livre), escrito por mais de 50 cientistas de diferentes países e publicado esta semana pela Science. O texto, no entanto, não fala sobre a importância da região para combater as mudanças climáticas. Pelo contrário. Ele explica os riscos decorrentes da savanização do bioma, com base na seca medonha de 2005. Na ocasião, a perda de massa da floresta fez com que o balanço de seus ciclos naturais fosse negativo para o meio ambiente: ou seja, a floresta liberou mais CO2 para a atmosfera do que absorveu. E isso, afirmam os pesquisadores, pode voltar a acontecer em breve. Confira o estudo aqui. →
Será lançado hoje, em Manaus (AM), o Fundo Gradual Amazônia Viva FI Renda Fixa. O projeto é fruto de uma parceria corporativa entre o WWF-Brasil e a Gradual Investimentos e tem como principal objetivo gerar recursos para ações de conservação da natureza. Qualquer pessoa, física ou jurídica, pode participar, inclusive estrangeiros. O capital inicial adquirido será usado para a compra de equipamentos para unidades de conservação na Amazônia. →
Os objetivos dos produtores rurais, ao menos no Brasil, são às vezes diametralmente opostos aos dos ambientalistas, certo? Para a Câmara dos Deputados, errado. Em 2009, a Comissão de Meio Ambiente da casa será dominada pela bancada dos ruralistas. A intenção é levar os interesses do agronegócio a dominar as reuniões sobre ecologia em Brasília. A tarefa será facilitada pelo desligamento de alguns reconhecidos defensores da natureza no debate, como o petista Iran Barbosa (SE) e os tucanos Ricardo Trípoli (SP) e Nilson Pinto (PA). →
Foi emitida ontem, pelo Ibama, a licença para construção da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto - Unidade 3, ou Angra 3. Quando pronta, a usina localizada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ), poderá gerar 1.350 MW. Junto com as outras duas angras, produzirá energia suficiente para uma cidade como o Rio de Janeiro, diz o governo. Há 44 condicionantes, mas a construção do depósito-final de lixo nuclear foi adiada para além de 2014.Saiba mais:Para o lixo de Angra 1 e 2Lá vem Angra 3Semeadura nuclear →
O Mato Grosso do Sul encerrou 2008 com pouco mais de 284 mil hectares com lavouras de eucalipto e de pinus. Quarenta mil hectares foram plantados ano passado. Para 2009, o ritmo deve ser mantido, inclusive com apoio do Sebrae. Segundo notícia veiculada no chamado Painel Florestal, as lavouras de árvores exóticas, insistentemente chamadas de florestas por seus promotores, devem crescer 1/3 em todo o mundo nas duas décadas que seguem. Usar essas árvores para fazer papel e outros produtos é sempre melhor do que usar matas nativas, mas seu crescimento precisa de controle rígido pelos impactos ambientais que provocam. →
Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Secretaria de Meio Ambiente de Teresópolis (RJ) e Instituto Estadual do Ambiente lançaram hoje, no centro daquela cidade serrana, a campanha Pássaro Legal é Pássaro Solto. A idéia é informar sobre os impactos e evitar o aprisionamento de aves silvestres. A prática, além de tudo, é crime. Para marcar de forma contundente a iniciativa, 500 gaiolas apreendidas em atividades de caça, venda e guarda ilegais de aves foram queimadas. Comerciantes e outros cidadãos receberão informações sobre entrega voluntária de pássaros silvestres. Isso poderá ser feito junto aos órgãos ambientais, sem penalidade. Segundo a chefia do parque, os animais passarão por tratamento com vistas à sua reintrodução no habitat natural. →
O grupo de conservação marinha Oceana, baseado em Washington (Estados Unidos, publicou um relatório curioso nos últimos dias: Oceanos famintos: o que acontece quando seus alimentos acabam? O texto explica que a pesca excessiva, a criação de espécies exóticas em águas salinas e o aquecimento global estão exaurindo os recursos marítimos. Isso significa que golfinhos e outros animais que têm nos peixes sua principal dieta podem passar fome graças às práticas insustentáveis da humanidade. “Nós pegamos todos os grandes peixes, e agora estamos indo atrás de suas comidas”, diz a cientista Margot Stiles, chefe da pesquisa. Era só o que faltava. A notícia é da Science News e também está no site oficial da Oceana. →
É brasileiro um dos cinco vencedores do prêmio Seed 2008, iniciativa das Nações Unidas para promover parcerias em prol do desenvolvimento sustentável. O projeto Pintadas Solar, que leva o nome de um município baiano, conquistou o prêmio ao promover o uso de tecnologias apropriadas de irrigação e de bombeamento de água. O objetivo é assegurar a agricultura familiar em pequena escala na cidade de apenas 11 mil habitantes. →
