Nos últimos dois meses, 300 mil filhotes de tartarugas nasceram na Reserva Biológica do Abufari, no Amazonas, durante a mais recente desova na região. O número é alto, mas não surpreendente. O curioso na história é que, entre eles, estavam duas tartarugas albinas. Elas serão criadas por um ano em cativeiro, para que fiquem menos aparentes e vulneráveis aos predadores. Confira na foto acima. →
Uma foto tirada na Amazônia foi a vencedora da categoria Notícias Gerais do World Press Photo 2009, prêmio mundial de fotojornalismo. A imagem premiada foi publicada no jornal A Crítica, de Manaus (AM), em 10 de março de 2008. Ela não mostra as matas exuberantes do bioma, mas sim uma indígena enfrentando um batalhão de policiais em uma disputa por terras. Um retrato do cotidiano da Amazônia. O instantâneo é do fotógrafo Luiz Vasconcelos. A entrega dos prêmios ocorre no dia 3 de maio em Amsterdã, na Holanda. Confira a imagem aqui. →
Nesta sexta (13), o Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) do Rio Grande do Sul se reúne com um intuito para lá de sinistro: permitir a entrada do setor imobiliário em Áreas de Proteção Permanentes (APPs) urbanas. A idéia é de que dunas, matas ciliares, banhados e matas de encosta não sejam mais empecilho para novas construções. Caso dê certo, será o primeiro estado brasileiro a, assumidamente, legislar contra o Código Florestal Brasileiro. A data não poderia ser mais emblemática. →
Alagados, charcos, brejos, várzeas ou banhados são áreas de grande importância ecológica. Além de ajudar na contenção de cheias e na purificação de águas, são lares permanentes ou temporários de várias formas de vida, incluindo belas aves migratórias. Todo esse valor, no entanto, não impede a destruição desses locais. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a maioria deles foi drenada para produção de arroz ou sucumbiu frente à urbanização irresponsável. Remando contra essa corrente, a Fundação Zoobotânica do Estado promove uma mostra fotográfica sobre áreas úmidas entre os dias 16 e 20, em Barra do Ribeiro. No calçadão local, serão exibidas imagens como esta aí acima. Em setembro de 1993, o Brasil assinou a chamada Convenção Internacional de Ramsar, comprometendo-se a preservar esse tipo de formação.Saiba mais:Áreas úmidas protegidasUm parque para o Lavrado de RoraimaRefúgio bagunçadoPantanal na cheiaQue venham as aves →
Desenvolvido pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), o Programa Desmatamento Evitado acaba de adotar a 15ª propriedade no Paraná, em Bocaiúva do Sul, para preservar remanescentes intactos de Mata Atlântica com araucárias. Ela tem 155 hectares e uma centena deles foi adotada pelo Seguro Verde do banco HSBC. A cada contratação ou renovação de seguros, o cliente ganha um bônus para preservar 88 m2 (seguro veicular) ou 44 m2 (seguro residencial). Segundo estimativas da SPVS, um carro de médio que rode cerca de 50 quilômetros diários com gasolina produz por volta de 4 toneladas anuais de CO2. Para residências, o cálculo médio de emissões de poluentes (gás, eletricidade, geração de lixo etc) é de 2 toneladas anuais de CO2. →
Conforme a entidade, já foram adotados quase 3% da mata nativa do estado, que, em 2001, era de ínfimos 66 mil hectares. As porções adotadas estão nas cidades da Lapa, Bocaiúva, Fernandes Pinheiro, São João do Triunfo, Guarapuava, Prudentópolis, Castro, São José dos Pinhais e Tibagi, no Paraná, e Itaiópolis e Alfredo Wagner, em Santa Catarina. Ainda em fevereiro, serão assinados contratos para mais duas áreas, em São João de Triunfo e Alfredo Wagner, somando 78 hectares. →
E por falar em Paraná, uma das mais belas porções de seu litoral, a Reserva Natural Salto Morato completa este mês 13 anos de vida. Criada e mantida pela Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, foi uma das primeiras propriedades particulares do estado a obter o título de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). →
Prefeitos de 36 municípios no Pará, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas, que mais devoram a floresta tropical, reuniram-se ontem com Carlos Minc e membros da Casa Civil e do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Na conversa encomendada por Lula, os gestores municipais receberam imagens de satélite com alta definição e "descobriram" que as derrubadas seguem a galope em Nova Ubiratã (MT) e São Félix do Araguaia (MT). Nesses, o desmate cresceu 618% (142km2) e 400% (208km2), respectivamente. A situação também preocupa em Altamira (PA) e Novo Repartimento (PA). Brasil Novo (PA) e Porto Velho (RO) foram os que mais reduziram o desmatamento, sendo as taxas de redução de 84% e 51%, respectivamente. Talvez porque já não tenham mais o que botar abaixo. →
Com esses dados na mão, o governo federal espera que os prefeitos regularizem pendências ambientais e fundiárias e deixem a lista negra do desmatamento. Para isso, têm que georreferenciar oito em dez hectares de seu território e reduzir as derrubadas. Em março, nova edição da lista deve ser publicada. →
No fim de janeiro, famílias bloquearam os acessos à base da multinacional do alumínio Alcoa em Juruti (PA). Era um protesto contra a falta de diálogo da empresa sobre impactos sócio-ambientais oriundos da mineração na área. Só depois da gritaria, os ribeirinhos foram atendidos. Esta semana, foi decidido que os envolvidos no imbrolgio estabelecerão um "termo de referência" para que seja calculada e paga uma indenização aos moradores. A avaliação de quanto deve a mineradora àquelas famílias caberá a um grupo escolhido por moradores, empresa e ministérios públicos Federal e Estadual, até o fim de março. Pagam-se os locais, ficam os impactos. →
