Mais peripécias de Eike

O empresário Eike Batista continua criando inimizades pelo Brasil afora por conta de seus projetos mirabolantes. Ontem (5), moradores da Reserva Extrativista Mãe Grande de Curuaçá, no nordeste do Pará, decidiram rejeitar os estudos de impacto ambiental (feitos pela empresa) para a construção de uma estação flutuante que a MMX Mineração e Metálicos pretende instalar na região para escoar o minério de ferro extraído no Amapá. O local escolhido fica dentro da reserva, uma unidade de conservação marinha com 37 mil hectares com importantes manguezais. O argumento dos moradores para a rejeição dos estudos é de que não houve participação popular durante a elaboração do Termo de Referência e do Estudo de Impacto Ambiental do empreendimento. Os cerca de 4 mil residentes da reserva pedem que o Ibama reinicie o processo de licenciamento.

Por Salada Verde
6 de fevereiro de 2009

Limpeza geral

Agora é oficial: foi criada a Agência Internacional de Energia Renovável, primeiro órgão internacional exclusivo para o fomento de energia limpa ao redor do planeta. A expectativa de seus mentores é de que ela ajude os governos e indústrias a aumentarem o uso de fontes como vento, sol ou biomassa. Como? A partir de informações corretas acerca das tecnologias adequadas e subsídios iniciais para seu aproveitamento. Diversos países já fazem parte do quadro técnico da agência, como Alemanha, Espanha, Dinamarca, França, Índia e Quênia. O Brasil, para variar, preferiu ficar de fora. A notícia é do Environmental News Network.

Por Salada Verde
6 de fevereiro de 2009

Ecoando no Orkut

Há quase cinco anos no ar, já havia passado da hora de O Eco ter seu espaço em outras paragens do vasto mundo da Internet. Por isso, criamos nossa comunidade oficial no Orkut e, em breve, estaremos usando e abusando de novos meios para distribuir informações. No espaço virtual, divulgaremos nossos boletins e outras notícias e, sempre que possível, participaremos diretamente dos debates que lá forem propostos. Acesse a página no Orkut aqui.

Por Salada Verde
6 de fevereiro de 2009

Termômetro das renováveis

O Brasil está debatendo seu Plano Decenal de Expansão de Energia 2008/2017 e, para o governo e outros que ainda fazem pouco da energia eólica e aqueles que preferem termelétricas e megahidrelétricas de futuro duvidoso, vale uma olhadinha nos três monitores da Associação Européia de Energia Eólica. O primeiro, indica quantos megawatts de eletricidade eólica estão sendo gerados por segundo; o seguinte, quantas toneladas de CO2 são poupadas com essa geração; o terceiro, os investimentos em Euros que a energia eólica está atraindo. Os contadores só crescem. Confira aqui.

Por Salada Verde
6 de fevereiro de 2009

A outra Noruega

Tão distante da realidade tupiniquim, a Noruega chegou ao noticiário nacional com a doação bilionária que fez à preservação da Amazônia. Todavia, reportagem publicada pela revista britânica The Economist revela novas facetas do gelado país. Apesar de várias iniciativas verdes, suas emissões de gases-estufa cresceram 15% desde 1991, e devem seguir em alta pelo menos 2012. O país ainda é o terceiro maior exportador mundial de gás natural e o quarto maior de petróleo. Todo esse combustível é queimado mundo afora, ampliando as emissões de poluentes. Confira essas e outras informações aqui (em inglês).

Por Salada Verde
6 de fevereiro de 2009

Mais Ciência na Amazônia

O Amazonas acaba de ganhar dois centros de pesquisas, com aval do Ministério da Ciência e Tecnologia. São eles o Instituto Energia, Ambiente e Biodiversidade, da Universidade do Estado do Amazonas, e o Instituto Brasil Plural- Novas Realidades Brasileiras - A Amazônia e o Sul do País, uma parceria entre Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade Federal do Amazonas. Com esses, o estado já participa de seis iniciativas do gênero e atinge cerca de R$ 29,3 milhões em investimentos no setor - R$ 17,8 milhões do CNPq, R$ 11,6 milhões da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas e R$ 600 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Santa Catarina.

Por Salada Verde
6 de fevereiro de 2009

Dinheiro para áreas protegidas

Em comunicado distribuído ontem (5), o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) lembra que é de R$ 3,3 milhões o custo médio para se criar e estruturar uma área protegida federal. O cálculo inclui infra-estrutura e equipamentos, plano de manejo e pessoal, não conta a regularização fundiária. É com base nessa avaliação que o governo promete R$ 75 milhões anuais até 2010 para consolidar unidades de conservação. O estudo do Funbio, todavia, traz uma meta para o governo de regularizar 60 áreas protegidas e investir em outras 50, nos próximos seis anos. Também recomenda possíveis fontes para cobrir esses gastos, como compensações ambientais, multas, taxas de visitação e concessões de exploração florestal. Para as quase 300 unidades de conservação federais, o custo de manutenção médio anual (sem gastos com pessoal) calculado pelo Fundo é de R$ 570 mil por área, ou de R$ 171 milhões anuais.

Por Salada Verde
6 de fevereiro de 2009

Só para lembrar

Um estudo coordenado pelo braço nacional da ONG The Nature Conservancy (TNC), em 2007, mostrou que, só as unidades de conservação federais, precisavam de nove mil servidores (6,7 mil em campo) e de até R$ 1 bilhão em investimentos. A análise pode ser conferida aqui.

Por Salada Verde
6 de fevereiro de 2009

O pires do BNDES

Saiu na Folha de S. Paulo. O banco estatal BNDES confirma que vai liberar nos próximos dias a maior fatia do financiamento para a barragem da hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), aquela que recebeu uma "licença parcial" de Carlos Minc. A expectativa da empresa Suez é de que a ajudinha chegue a R$ 7,3 bilhões, ou 69% do empreendimento. Saiba mais:Hidrelétricas e modus operandi governista Incoerências do executivo Cheiro de podre no rio Madeira Improbidade administrativa em Jirau Da pressa no licenciamento de Jirau

Por Salada Verde
6 de fevereiro de 2009

Justiça com as próprias mãos

Insatisfeitos com a demora da justiça em retirar os garimpeiros que exploram os minérios de suas terras ilegalmente, a tribo indígena Yanomami declarou que pretende expulsá-los com seus métodos e armas. Eles deram um prazo para os mineradores saírem de suas terras e pediram urgência nas ações da Polícia Federal, Fundação Nacional do Índio, Ministério Público Federal e Ibama. O vice-presidente da Hutukara Associação Yanomani, Anselmo Xiropino Yanomami, declarou que o problema existe desde a década de 1970 e foi parcialmente resolvido em 1992, quando a Polícia Federal agiu na região. Dezessete anos depois, nenhuma outra medida foi tomada. Não custa lembrar que extrair este tipo de recurso de solos indígenas está previsto na constituição nacional, mas nunca foi regulamentado.

Por Salada Verde
5 de fevereiro de 2009